terça-feira, 27 de dezembro de 2011

República dos totós

Com o habitual ar patético, os nossos governantes continuam a anunciar medidas de combate à crise a que nos vamos habituando, ultrapassando frequentemente os limites que o mínimo de decoro e bom senso exige… É um autêntico cantar de poleiro da família política e dos seus compadres no poder, muito cientes da invencibilidade das suas teses…
Muitos dos argumentos que os suportam à tona devem-se ao modo como o PS analisa a situação atual. (Seria bem melhor pedir desculpa aos portugueses pelas peripécias socretinas e mandar o dito cujo definitivamente para o “lixo”).
A forma como alguns grupos sindicais se comportam perante os portugueses da classe média e baixa, é mais um prego no caixão e apenas serve para reforço das teses da direita! Esses tais “de maquinistas” e “de pilotos” estão a precisar que os ponham a empurrar os comboios e os aviões, que é para aprenderem a ter respeito pelos pobres, que ajudam a suportar os seus gordos salários!

Das medidas “emblemáticas” anunciadas pelo governo para combater a crise, destaco a criação de uma comissão nacional de apoio à emigração!!! Isto sim, é talento!
Desconheço quais vão ser os objectivos e as medidas a tomar no âmbito dessa comissão, mas desde já sugiro a criação de um Instituto ou (a)Fundação para fabrico de malas de cartão, sob a égide do ministro dos negócios estrangeiros, com assessoria de Linda de Susa (em apuros, tanto quanto sei) e de destacados elementos da JSD e da JP.
Sugiro também a criação de um gabinete de apoio à importação de prostitutas férteis destinadas a “produzir portugueses de qualidade extra, para emigração”! Machões temos cá os nossos políticos, que passam a vida a f -nos!
Assim, a médio prazo aumentarão em muito as nossas exportações, concretizando-se os desígnios de Cavaco Silva e outros economistas de nomeada (mesmo sem obra feita) que passam a vida a dizer que temos que exportar mais, enquanto as empresas encerram a um ritmo alucinante!
Os portugueses, postos na prateleira da desgraça, interrogam-se sobre o que virá a seguir. Muitos já foram em demanda de outras paragens e outros lhes seguirão as passadas… (tudo por obra e graça do governo da Nação)
Não me surpreende que em breve seja anunciada a criação de uma equipa especializada no ensino de técnicas de fazer “hamburgers of shit and grass”( estou a aprender Inglês com os discursos dos nossos governantes na estranja) sob alçada directa de Passos e Relvas, ambos com sobejas provas dadas no campo da criatividade bacoca e repugnante, apanágio do seu douto primitivismo e da sua cultura titã de satélites do capital especulativo…
O maquiavelismo, o mau cheiro… o nojo que caracterizam a actuação do sorridente Portas (desaparecido das lides governativas, que trocou as feiras pelo conforto das viagens, dos hotéis de luxo, das recepções, dos banquetes e sabe-se lá de que outros prazeres carnais) é o maior atentado à dignidade dos portugueses pobres e remediados que trabalham para tentar garantir o futuro das próximas gerações.
Em vez de pedirem desculpas por nos terem enganado para alcançarem o poleiro, os sem vergonha aparecem nas televisões cinicamente a rir-se, numa provocação inqualificável, como que a querer dizer-nos: O “nosso” já cá canta e vai continuar a cantar e os “nossos” estão safos! O ministro dos impostos sabe da poda! Aguentem ou morram… a escolha é vossa!

Porca miséria!
Se não trocarmos esta gentinha sem escrúpulos por pessoas íntegras, sensatas e competentes que pautem a sua ação por princípios e valores, não tardará muito que Portugal seja um País das Arábias!
Somos uns totós! Autêntica vergonha dos nossos egrégios avós!


Post scriptum
Venha de lá outra troika
Mesmo que seja do outro mundo
Já que meteram os cães à moita
Levem-nos até ao fundo!

As mercearias dos Belmiros

Entrei numa das mercearias do Belmiro e tal como nas mercearias de outros Belmiros, vi lá aquelas máquinas automáticas de desempregar pessoas! Dando “tiros” em si próprias, simpáticas jovens sorridentes tentavam explicar aos utilizadores como efectuar o pagamento das suas compras. Muito segura e altiva uma senhora esforçava-se por demonstrar que aquilo para ela era canja, provavelmente com o ego muito em cima por ter entrado, feito as compras e saído sem ter que falar com ninguém… Numa caixa próxima três clientes esperavam que a menina passasse uma fatura a um cliente que a solicitou.
Confesso que este “cenário” me irritou solenemente e senti um forte desejo de soltar uma blasfémia, atirar as compras ao chão e partir as geringonças do pagamento automático, mas como se o fizesse o mais certo era ter que pagar os prejuízos e ir parar à esquadra, optei por refrear os meus apetites e dirigi-me a uma caixa onde já estavam dois clientes, que não pediram factura.
Enquanto esperei para pagar dei comigo a magicar na “complicação” que é entregarem-nos a fatura a que temos direito. Senti uma revolta imensa e pensei na quantidade e tamanho dos “cabazes políticos de natal” que a dita complicação pode representar e, obviamente na barriguinha dos tios Belmiros de Portugal, com o IVA a ser cobrado a 23%, sem fatura!!!
Como não tenho uma imaginação muito fértil não consegui atinar nos motivos que levam o senhor ministro dos impostos a não encontrar as formas de, nesta e noutras mercearias, se acabar definitivamente com o ticket da máquina, que apenas serve para acerto e controlo das contas dos Belmiros deste País.
Já disse e repito que sinto vergonha de ser governado por aldrabões que, talvez por isso, estão fartos de saber como se foge ao fisco, mas nada fazem para acabar com esta chaga social. A única “saída” que até gora encontraram para o Estado ter dinheiro para pagar os seus luxos e mordomias foi o corte dos salários e das pensões e a redução dos direitos de quem vive do seu trabalho.
Ouvi há dias o bastonário da Ordem dos médicos dizer que bastava taxar a economia paralela para não serem necessários estes cortes todos… Ele lá saberá do que fala, mas estou inclinado para que está a falar acertado, pois em muitos casos o IVA e outros impostos só servem para aumentar o lucro dos larápios que os cobram sem nada pagarem!
Comprar sem e vender com IVA, ao preço do mercado, sem fatura, é um negócio do caraças! E, pelos vistos, dá para calar muita gente, começando pelos fazedores das leis!
A rede está (bem) montada, mas não há rede que resista a um bom alicate de corte!
Se não queremos caminhar a passos largos para o abismo, temos que escancarar as portas carunchosas, para deixar entrar ar puro.
É bom não esquecer o exemplo da Islândia que volta a encarar o futuro com otimismo, triplicando o seu crescimento em 2012, depois de meter atrás das grades os políticos e banqueiros responsáveis pela crise que lhes bateu à porta.

Post Scriptum
Portugal está enfermo
Mas continua a brincadeira
Só sabemos que há governo
Quando nos vão à carteira!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Prostitutos políticos

José Sócrates, tal como uma qualquer prostituta experiente, com a esperteza que o caracteriza e que lhe permitiu licenciar-se ao domingo, muito provavelmente sem ler, sequer, as sebentas, pensou: Eu baixo as cuecas, exibo, de perfil, o meu “capital” e os capitalistas (especuladores ou não) do mundo inteiro não resistem ao meu charme, descem as calças até aos sapatos e eu fujo, sem pagar!
Passos e Portas, não menos conhecedores da profissão mais antiga do mundo, hábeis e cultos demagogos, aproveitaram o irrealismo doentio da doutrina socretina para, pouco a pouco, construírem uma imagem de salvadores da Pátria e de defensores da razão, do rigor e da verdade!
Com a mesma “receita” que fez crescer o nariz de Sócrates, convenceram o Povo a votar neles, o que não foi difícil, porque os Portugueses estavam fartinhos… (Só os mentores do PS é que não viram isso!)
Estes e outros “prostitutos políticos”,” aldrabicedependentes”, depois de terem conquistado o estatuto de “lacaios dos grandes senhores”, cada um à sua maneira, empenharam-se numa luta titânica contra a classe média. Tudo começou com uma campanha atroz e indigna contra o funcionalismo público orquestrada com suporte nos “malvados” dos professores e a partir daí tudo se acelerou, até chegarmos ao estado calamitoso atual.
Surdos a todas as opiniões alheias, Sócrates, Passos e Portas conduziram Portugal a este miserabilismo, mantendo intactas as mordomias dos escolhidos para a “rede” que nos espoliou e teima em prosseguir a sua “criminosa” cruzada de promoção da pobreza como salvação! Com a habitual arrogância o nosso primeiro afirmou que temos que empobrecer para depois sermos ricos! Sendo Portugal um dos países mais pobres da Europa não deixa de ser tristemente curiosa esta estratégia de desenvolvimento…
Apetecia-me chamar nomes muito feios a esta “corja” que tomou conta de nós, mas como teria que encher três páginas, digo apenas: Palhaçada!
Enquanto o Povo morre à míngua, graças às políticas de austeridade para salvar os corruptos e os ladrões do BPN, os prostitutos (velhos e novos) tentam convencer-nos que o sistema capitalista é algo perfeito e acabado e que as medidas adotadas são justas e necessárias para bem do nosso futuro e da Humanidade em geral. Para os pilha galinhas é sempre amanhã…
Os Portugueses com o Humanismo que os carateriza vão tolerando, e muito bem, estas afrontas, porque sabem que o Zé é o primeiro a ser vítima da violência. Só que um dia destes a paciência acaba e corremos o risco de entregar de bandeja as justificações que estes “prostitutos” precisam para, depois de nos roubarem direitos e dinheiro, nos roubarem a liberdade.
Já estou a imaginá-los de palitinho na mão a mexer e a esvaziar para a carpete a taça do “espumante marado” para juntamente com os colegas da TROIKA e do FMI, pedirem para servir mais, mais, mais, mais e mais!
Miseráveis de espírito abundam por aí. Espero que José Seguro tenha coragem e resistência para não deixar Portugal afundar-se nas mãos de Governos como o atual.
Antes que as ruas se encham de famintos, mendigos e ladrões temos que nos livrar dos doutos aldrabões!
Prostitutos políticos ao mar, mas sem o Povo se magoar!


Post scriptum
Nós queremos pão, eles pedem sangue
Nós queremos Paz, eles querem guerra
Acordemos antes que alguém mande
Matar os filhos pobres desta terra!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Eles comem tudo…

Enquanto os nossos governantes gastam à fartasana e “embrulham” à tripa forra, o Povo Português resigna-se à “desgraça” desprovido de esperança…
Tudo isto é péssimo para o País e muitas vezes quase nos esquecemos que o País… somos nós!
São cada vez mais aqueles têm que procurar fora de portas o seu sustento e dos seus familiares, mas, quanto se trata de altas, médias e até baixas “esferas do poder”, não há limites para nada, como é exemplo paradigmático a recente deslocação de FALCON à Mauritânia, do ministro da Defesa, Aguiar Branco.
A Troika que também ensaca muito bem, não está preocupada com isso, para não “comprometer” os seus elevados honorários.
Para a casta de vampiros que nos governa, todos os luxos se justificam, enquanto ocupam uma boa parte do seu tempo (que lhes pagamos a peso de ouro) a inventar formas de nos “saquearem” o último tostãozito e de colocarem em lugares chave os amigalhaços…
Nada mudou relativamente a “escândalos” herdados… antes pelo contrário!
Encontrar soluções que promovam o nosso desenvolvimento económico e social não é nada com eles. Cada um ou não pensa ou pensa em si…
Numa “tirada” de muito mau gosto, o senhor primeiro-ministro seguiu as pegadas do “liquidatário” de Estado da Juventude sugerindo aos professores desempregados que aproveitem as oportunidades no mercado de trabalho nos países lusófonos…
Uma afirmação destas leva-nos a concluir que Portugal não é um País… é um charco pantanoso!
O que é que este senhor anda a fazer de nós? Para onde é que nos está a conduzir? É isto que nós queremos?
Sinto vergonha quando um governante aponta a emigração como solução para Portugal. No terceiro mundo é assim, mas eu pensava que não era para esse nível que nos queriam levar…
As tão faladas “gorduras do Estado afinal eram os gastos com Saúde e Educação e meia dúzia de freguesias rurais e não os gastos nos “fatos por medida” das (a)Fundações, Institutos, mordomias e compadrios da classe política… Por aí tudo vai bem!
Enquanto o Zé tiver uma pinga de sangue, não vão faltar as morcelas, para eles e para elas (por força da paridade!)
Não sei quem nem quantos são os filhos dos nossos governantes que estão emigrados, mas disponibilizo-me para pagar mais um imposto por cada um que esteja e outro por cada um que esteja empregado em Portugal a ganhar um salário de acordo com as habilitações académicas e profissionais.
Esta declaração pública do nosso governante máximo é vergonhosa, mas assenta-lhe como uma luva, pois é o símbolo da sua incompetência para liderar um governo que saiba ouvir e fazer. Se tudo continuar como até aqui, a única saída é mesmo emigrar, mas antes disso acho que merece a pena atirar “borda fora” estes mentirosos de m que nos prometeram uma coisa e fazem outra completamente diferente!
A Democracia permite e exige que haja mais vida para além da austeridade insuportável.
Todos, salvo raras excepções, estamos conscientes que temos que honrar os nossos compromissos e pagar a dívida, mas temos direito de não permitir que os nossos credores, perante um País democrático, ordeiro e trabalhador, se transformem em avarentos especuladores!
É preciso e urgente compreender e combater o que está por detrás desta crise!
O servilismo de Passos Coelho e a ausência de uma estratégia produtiva para Portugal vão acabar por afundar-nos. O melhor seria que emigrasse já e fosse fazer companhia a Durão Barroso e Sócrates. Se levasse com ele o ministro dos impostos, Cavaco Silva, Santana Lopes, João Jardim, Dias Loureiro, Duarte Lima, alguns líderes partidários, alguns dirigentes sindicais… melhor seria!
Confesso que para mim seria um alívio ver substituir estas “maquinas trituradoras” por gente competente e séria, com coração!
Fazer pior do que aquilo a que temos assistido, é impossível! Isto não é propriamente gente… mais parece veneno de serpente!
Na “cartilha” de Passos e Portas, os pobres que se resignem, as crianças que sofram, os adolescentes que aprendam com elas, os jovens que emigrem e quem estiver velho que morra!
Assim não, porra!!!


post scriptum
Anda tudo em desatino
É o Guiness da calinada
Se os outros valiam pouco
Estes não valem mesmo nada!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Estavas tão bem… caladinho!

A avaliar pelas afirmações proferidas pelo ex-primeiro ministro Sócrates numa conferência em Poitiers, onde “botou faladura”, os “ensinamentos” colhidos na Universidade que frequenta não vão muito além dos que adquiriu na “famosa” licenciatura, terminada naquele malfadado domingo na universidade que bem sabeis…
Por mais tolerantes que sejamos, não podemos admitir que um “injinheiro filósufo” se arme em economista para solenemente afirmar que “ a ideia de que agora é preciso pagar a divida é ideia de crianças”! Muito menos podemos tolerar que depois venha tentar “desculpar-se” da forma como o fez… alegando que estava a referir-se ao pagamento da dívida este ano!
A trapalhada em que nos meteu com a sua maneira de gerir a dívida é elucidativa do seu saber nesta matéria…
Este “Pinóquio”, que já fez de nós parvos demasiado tempo, em vez de meter o rabinho entre as pernas e estar muito bem caladinho, ousa opinar sobre um assunto que envolve e prejudica muitos de nós e do qual tem muitas culpas no cartório. É certo que não foi o único culpado pela situação em que vivemos, tendo recebido dos governos anteriores uma pesada herança, mas cabe-lhe uma boa dose de culpa assim como a todos os que o apoiaram na sua doente teimosia de, não apenas querer resistir aos escândalos, como ainda candidatar-se às eleições que perdeu, como já toda a gente sabia… (menos o aparelho!)
Não sei, ao certo, o que pretende Sócrates com este tipo de atoardas, mas não me admira que seja mais uma “diarreia” para tentar aparecer nas “manchetes”, que (muito bem) não lhe tem passado grande cartão. Pode, também, ser a ala que sempre lhe foi fidedigna e que agora está com José Seguro, a tentar fazer das suas, numa primeira investida para lhe preparar os caminhos para uma aventura presidencial que, em minha opinião, será mais um verdadeiro desastre… Se isto for verdade, José Seguro que se acautele…
Uma vez que em Portugal não há enriquecimento ilícito o melhor que este “menino” fazia era gozar os “tostões” num qualquer paraíso, bem longe de nós, mas pelos vistos ele pensa que ainda nos fez pouco mal e quer “vingar-se”…
Espero que não surja um novo ciclo no PS com este “caramelo” como protagonista. Se tal vier a acontecer, só nos resta ter que suportar Passos, Portas e outros “linhas tortas” até que eles, bem gordinhos, entreguem o poder de bandeja!
Oh Sócrates, livra-nos do teu Fado, mantém-te quedo e calado!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Palpite

Tenho cá um palpite que se nada for feito para obrigar o senhor primeiro ministro e o senhor ministro dos impostos a olhar noutras direcções, não tardará muito que os portugueses estejam a comer pregos e a beber água do rio!
As tão faladas gorduras do Estado, afinal, eram os bolsos de quem cumpre e trabalha e, pelos vistos, nada têm com o rol indeterminado de benesses de que continuam a gozar a “casta” eleita e nomeada para uma série de tachos para lugares e funções de que ninguém descortina utilidade.
Sabe-se que a corrupção está na origem da nossa dívida soberana, mas ninguém nos diz onde estão os corruptos e os corruptores. Acerca desta temática os Partidos parecem preferir o silêncio. (sabe-se lá por quê!) O governo, para não destoar, fica também de bico calado. Os Tribunais são o que são, os grandes gabinetes de advogados são o que sempre foram…
A corrupção, claro está, continua a viver em parte incerta… Atrás das grades só vemos “pequenos nadas”…
Gostava de saber como e onde é que vamos buscar dinheiro para pagar a dívida sem haver desenvolvimento económico. Claro que os “sábios” já descobriram a maneira: temos que ficar pobres para depois sermos ricos! Santa hipocrisia!
Vergados às oscilações mentais dos líderes europeus que não sabem o que querem e às “diarreias” da srª Merkel, os nossos governantes disponibilizam-se para nos obrigar a vender os anéis e os dedos, para agradar aos especuladores, tenteando convencer-nos que se formos bem comportados, eles nos darão uma esmolinha…
Estes ricos meninos continuam a preparar-nos para o pior para o Zé Povinho e para o melhor para eles… e nós vamos em frente embalados pela cantiga! Eles sabem perfeitamente que, até um certo limite, quanto mais pobre for a generalidade dos portugueses maiores são as possibilidades de umas dúzias puderem ser muito ricos. É a direita em todo o seu esplendor a alargar os caminhos abertos por Sócrates (de má memória)! Caluniam as pessoas que trabalham quando, no seu instinto maléfico, comparam leis laborais, regalias e subsídios sem referir os salários que auferem aqueles com quem querem comparar-nos, para nos retirar um qualquer direito adquirido. Esta gente não é gente! Não serve!
É um escândalo olhar para o regabofe reinante nas empresas públicas, em termos de salários das chefias e assessorias. Em termos de eficácia nada melhora, os compadrios continuam.
Palpita-me que isto está a começar mal!
Felizmente nunca vivi numa situação deter filhos menores ou desempregados em casa, sem dinheiro para lhes dar de comer, pagar a renda , a água, a luz e a prestação do carro… Imagino como, numa situação destas, dever ser difícil suportar o cheiro das mentiras dos nossos políticos, que em vez de assumiram a sua condição de políticos assumem a função de servidores do capital especulativo em benefício próprio, muitas vezes.
Se nada mudar, palpita-me que quando mexerem nos salários e subsídios dos privados (tarefa seguinte) isto vai acabar mal!

Os “pitopatas”

A minha prima Eleutéria telefonou-me muito aflita dando-me conta de um fenómeno que viu lá na terra dela, onde umas aves estranhíssimas se passeavam pelas ruas cantando cocorocuá cocorocuá, cocorocuá, cocorocuá… Disse-me também que, de tempos a tempos, as estranhas aves se alinhavam umas atrás das outras para cheirarem os respectivos cus e depois de o fazerem três vezes abriam as asas e levantavam altivamente as cabeças para reiniciarem a cantilena… Terminou a conversa informando-me que lá no sítio diziam que aquelas aves resultavam do cruzamento de patas com pintos e que tudo tinha começado nos poleiros de uns tais Passos e Portas, gente abastada, que gosta de brincar aos ensaios e que dedica muitos do seus dias a invenções macabras. Assim num dia de festim, em louvor de S. Valentim permitiram que o filho da pita do Passos acasalasse com a filha da pata do Portas! Passadas umas semanas surgiram dos ovos uns horrendos animaizinhos - os “pitopatas”- como lhes chama a minha prima.
Se a moda pega, e, parece que já pegou, dentro de pouco tempo, os “pitopatas” serão aos milhares, espalhados de norte a sul. Passear-se-ão naquele ritual macabro pelas ruas das nossas cidades e vilas, à mistura com pobres, pobrezinhos e famintos, que passarão a alimentar-se dos seus cocorocuás!
De uma forma simples o filho da pita de Passos e a filha da pata de Portas, transformaram-se em Salvação Nacional. Os “pitopatas”para além de acautelarem as benesses e mordomias dos que habitam no paraíso, solucionaram o problema do desemprego e da segurança social, porque, alimentadas só de “cocorocuás” (cânticos para os mais eruditos) as pessoas têm natural tendência para durar menos…
Para glória futura, na História de Portugal há-de ler-se um dia que estas “aves” acabaram com os pobres em Portugal! Foi através de morte prematura, é certo, mas com a dignidade que os “cânticos” emprestam às cerimónias fúnebres, outrora só reservados às pessoas importantes…
Mesmo que estes novos seres, criados à rebeldia de Deus, um dia se transformem em aves de rapina, não há grande problema, pois o mais certo é que, então, já não haja nada para rapinar…
Nessa altura para glória e Justiça do Pai matar-se-ão e comer-se-ão uns aos outros, enquanto na Poltrona do Céu o Povo assiste ao seu Piedoso castigo!
Que assim não seja! Amen!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vende-se jardim

Vendo por um euro o Jardim
Que herdei por testamento
Tem muita erva ruim
E é muito caro o sustento!

Se o quiserem sem pagar
Podemos falar sobre isso
Já ninguém o quer comprar
Parece que tem enguiço

Mesmo que tenha que pagar
A quem o queira comprar
Eu aceito de bom grado

Não estou mais para trabalhar
Para ter que o adubar
Estou a ficar cansado!

Vende-se Quinta

Vendo a quinta do Governo
Que herdei de uns “parentes”
Que hão-de arder no inferno
Por mentirem com todos os dentes!

São dois passos daqui lá
Até às portas da entrada
Mas é para vender já
Porque amanhã não vale nada!

Vão de graça as governantas
Os animais, os feitores…
E as alfaias já caducas

Também ofereço as mantas
Para embrulhar alguns mandadores
Que são umas “ganda” malucas!

Vende-se Quinta

Vendo a quinta do Governo
Que herdei de uns “parentes”
Que hão-de arder no inferno
Por mentirem com todos os dentes!

São dois passos daqui lá
Até às portas da entrada
Mas é para vender já
Porque amanhã não vale nada!

Vão de graça as governantas
Os animais, os feitores…
E as alfaias já caducas

Também ofereço as mantas
Para embrulhar alguns mandadores
Que são umas “ganda” malucas!

Prece

Especuladores: virai-vos para França e Alemanha
Que têm dívida astronómica e pilim à fartasana
Deixai-nos, porque já estamos depenados
Quase que só nos falta ser crucificados!

Deixai de extorquir os nossos bens
O que ganhais com quem já só tem vinténs?
Metei na ordem os “boches da raça pura”
Ide depressa sacar o milho… enquanto dura!

A vergonhosa hipocrisia de Merkel e Sarkozy
É um conto de vigário como eu nunca vi
Vergai-os até que percam os sentidos!

Fazei-os sentir medo até fazerem xixi
Sugai-lhes a medula, deixai-os sem álibi
Fazei-os pagar os crimes cometidos!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Bailinho

Ó Alberto duma figa
Por mais que o Passos te diga
Que a dívida é para pagar
Tu manda-lo bugiar!

Ao ministro dos impostos
Tu destróis os “pressupostos”
E ao seu ar simplório
Respondes com foguetório!

És o espelho do (des)governo
Que tenta dar-nos a volta
Para proteger os amigos!

Portugal está enfermo
Andam os vampiros à solta
Já só se ouvem gemidos!

MERKELITE…

A Europa padece de uma forte inflamação que quase a impede (e a nós, também) de andar. Vivemos permanentemente ameaçados por uma pandemia global e isso tem sido uma boa desculpa para não cuidarmos da epidemia com epicentro em Berlim, por obra e graça da Srª Merkel, que nada faz para evitar a contaminação dos países da periferia e tudo faz para se manter imune ao vírus do “mercado” que teima em manter activo.
Não faço ideia de quanto a Alemanha já ganhou com a crise, mas tenho a certeza que já foi muito e há-de ser, ainda, muito mais durante uns tempos… o período suficiente para encher bem o saco, até um bocadinho antes de rebentar! Só nessa altura mudará de política e fará o que hoje justa e sensatamente se reclama, isto é, trabalhar afincadamente para a formação de uma verdadeira União solidária de Países e cidadãos.
A Alemanha sempre foi, é e será hipócrita! Quer agora conquistar através do dinheiro aquilo que não conseguiu pela guerra: a hegemonia do velho continente, para impor as suas leis e gerir tudo a seu belo prazer, apenas fiel aos seus exclusivos interesses.
Se nada for feito para travar a Merkelite, não tardará muito que uma grande parte dos Países Europeus, com Portugal à cabeça, tenha que andar de joelhos a mendigar o pão nosso de cada dia, que deixará de ser rezado nas Igrejas e passará a ser chorado nas ruas…
Alguém saberá, por acaso, o montante dos depósitos em bancos alemães feito por magnatas portugueses, espanhóis, italianos e dos Países que estão diariamente a ser ameaçados com a bancarrota? Uma enormidade!
Até quando é que os políticos vão admitir que os especuladores lhes defequem nas ocas cabecinhas sem pestanejar, quais guardas da rainha, limitando-se a dizer YES a tudo o que lhes ordenam os que têm por missão fazer-nos beijar o chão que eles pisam? Muito provavelmente até serem corridos, porque esta geração de políticos ou morrem ou têm que ser empurrados pela janela…nunca sabem onde é a porta de saída!
Esta crise em que estamos mergulhados, na sua essência e génese, tem alguma coisa a ver com o “mundo do trabalho”? É claro que não, mas diariamente insistem em fazer-nos ver o contrário!
O que fazem os outros primeiros ministro e os ministros das finanças quando se encontram para reflectir, estudar, analisar, propor, inventar, encontrar soluções…? Nada, que se saiba! A única coisa que fazem, é ir pelas costas, armados em chicos espertos, “negociar” um favorzinho da Srª Merkel!
É evidente que isto só podia ter como resultado esta Merkelite que nos contagia até à morte!

PS - (Felizmente?) Os especuladores, que sabem onde está o dinheiro, já se preparam para apertar o cerco à França e à Alemanha, porque os países que estão nas lonas, como nós, já pouco têm para dar… Pode ser que, quando sentir o “rabinho” quente, a Srª Merkel desça do seu pedestal e se torne digna de liderar o projecto europeu com que sonhávamos quando entrámos neste comboio…
Oxalá nessa altura, não seja tarde demais!
Se a Merklite se transforma em Merdlite, não há esgoto que resista!

domingo, 20 de novembro de 2011

O “senhor” que se segue…

Tal como qualquer cidadão minimamente “avisado” previa, o próximo objectivo da troika é baixar os salários dos privados…
Como é que havemos de suportar os chorudos salários que eles auferem para nos lixar, se as medidas até agora tomadas se mostram, ainda, insuficientes para nos colocar na “rota da desgraça”, que permita que aceitemos mudos e quedos tudo o que esses energúmenos decidam fazer?
Somos uns miseráveis! Continuamos a acreditar que, quando “mexem” nos bolsos dos outros pobres e remediados, isso não nos diz respeito e, portanto, alheamo-nos do assunto, acenamos que sim com a cabeça ou batemos palmas…
Quando o Governo decidiu “brindar” os funcionários públicos, os reformados e pensionistas (que descontaram uma vida inteira e não meia dúzia de anos) com os cortes que todos já conhecemos, muitos foram os trabalhadores e pequenos empresários privados que louvaram tal atitude, convencidos que “ o capital selvagem” alguma vez fica saciado…!

Tive oportunidade de dizer a alguns deles: “Espera e logo verás…” e fiquei com a sensação que muitos, quando lhes virava as costas, ficavam a dizer para os seus botões: “Este caramelo está ferido de asa e anda a cuspir veneno para desabafar”…
Passado este pequeno período de “interregno privado” o que vejo são os pequenos empresários a sucumbir (porque quem não tem dinheiro não consome) e os trabalhadores privados a serem “convidados” a ganhar menos e trabalhar mais!
Muito sinceramente confesso que a muitos deles, esta situação assenta-lhes como a esmola a um pobre e só não me rio, porque considero que estamos perante uma tragédia que até o senhor presidente (louvado seja Deus) já denunciou!
Vai sendo altura de deixarmos de ser macambúzios e de encostar o dedo ao nariz dos “troika tintas” e das “melgas” que elegemos para nos governar e que, em vez disso, só pensam no seu conforto!
Não sei o que vai ser exigido pela troika, depois do abaixamento dos salários dos privados (certinho e em breve), mas que há-de ser uma coisa do género de suprimir uma refeição a quem comer mais de uma vez por dia…Seja o que for que esses fdp sugiram o melhor é não bater palmas, mesmo que isso não nos afecte directamente, no imediato…
Quando os vampiros saem à rua, mais tarde ou mais cedo acabamos por ser suas vítimas!


PS - A Europa, a que pertencemos, tem meios para”domesticar” os especuladores. Se os quer manter selvagens, tem que nos explicar por quê! Que União é esta? Ninguém ousa “aromatizar” Merkel e Sarkosy?
E já agora: Este modelo de capitalismo é justo e está perfeito? Nasceu para ser eterno? Temos que aceitá-lo como imutável?
Vão à rua… ver se estão em casa!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Genericamente…

Senhor doutor
Tenho uma dor
Quando me dá, quase perco o juízo
Receite-me algo, que eu bem preciso!
Ora essa amigo Alfredo!
Não vai morrer! Não tenha medo!
Vou receitar-lhe um medicamento
Que é topo de gama, neste momento!
Mas quando aviar o receituário
Não vá na treta do boticário!

Boa tarde senhora farmacêutica
Venda-me aqui esta terapêutica
Respeite a vontade do meu médico
Dê-me do mais caro, não quero genérico!
Esses doutores são uns “lérias”
Só pensam em Congressos de férias!
Leve este que é baratinho
E até pode tomá-lo com um copinho!
Nem me diga semelhante tal…
Já nem me sinto tão mal!
E não há nenhum ainda mais barato
Que também me ponha apto?
Há sim senhor, mas é muito fraquinho!
E tem que ser tomado “sozinho”!
Desse não quero, não!
Pode fazer-me mal ao coração!
Traga lá desse, que se lixe!
Barato… é fixe!
Eu só não quero morrer!
E o médico nem precisa de saber!

Como estás ó Joaquim?
Venho ali do botequim
Fui lá com uma receitazinha
E aviaram-me outra, mais baratinha!
Santa Madre padroeira…
Não será uma rasteira?
Cheira-me a mais uma aldrabice
Igual às muitas que o Passos disse!
Todos querem é … prendas e passeios
E estão-se nas tintas para os nossos anseios!
Férias, descontos, congressos, colóquios…
Temos que estar atentos aos pinóquios!

Andam larápios e cães de vila
A lixar-nos à má fila!
Insensíveis aos nossos ais
Só querem ganhar cada vez mais!
E nós quedos, mudos e moucos
Vamos sucumbindo aos poucos!
Genericamente,
A gente sente
Que Portugal está doente!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

D. Justiça

Enquanto a Ministra da Justiça, o Bastonário da Ordem dos Advogados e os Meritíssimos Juízes se “divertem” em acusações mútuas e troca de mimos de muito mau gosto (às vezes), Portugal continua como dantes, isto é, a (des)esperar que a Justiça funcione em tempo útil e que seja justa…
O cidadão comum, não especialista em leis e questões de direito, não compreende este “desacato” permanente, na praça pública, entre os principais intervenientes na administração da Justiça.
Se perdurar esta confusão reinante há vários anos, não haverá falta de trabalho para os gabinetes de advogados…Estarão também “justificados” os elevados gastos e salários dos Tribunais e a sua fraca produtividade…, mas isso só ajudará à ruína que paira sobre o nosso horizonte!
Entre nós, são muitos os que se queixam da (in)Justiça!
Se não fossem os radares e os soldados da GNR, da PSP e da Polícia Municipal a “zelar”pelo pagamento de multas de velocidade, de minutinhos de atraso a meter a moeda no parcómetro e de esquecimento do cinto de segurança, quase nem se dava conta que vivemos num Estado de Direito, onde as Leis se aplicam e são cumpridas!
Não me parece que seja (ainda) desta vez que o nosso sistema judicial vai ganhar credibilidade interna e externa e ajudar a resolver os graves problemas com que nos debatemos…
Em Portugal há corrupção, mas não há corruptos; há roubos, mas não há ladrões; há crime mas não há criminosos… há de tudo, menos Justiça!
Deliberadamente ou não, os processos amontoam-se! Demora-se uma eternidade, que faz prescrever uma parte deles e tira todo o sentido a muitos outros.
Os magistrados são assim uma espécie de principezinhos sindicalizados, com “salvaguardas” à medida… Quando vestem a meritíssima veste, nem sempre ficam bem na fotografia…
Muitos advogados limitam-se a encontrar “pintelhos” processuais (para citar o Dr. Catroga, de má memória) que permitam lavar “as faltas” dos seus clientes.
A Senhora Ministra da Justiça parece-me mais apostada no “verniz” e no “markting” do que em tomar decisões.
Assim, obviamente, não vamos lá!


PS- Por favor, senhores pinóquios do governo: Se for preciso comprar mais uns “topo de gama” para os “chefões”da Justiça, não se acanhem! Lancem um “desconto” (para não ser imposto) de 5 euros a cada cidadão (menos aos ricos, coitados!) para pagamento dos mesmos. Somos macambúzios, mas não somos forretas, nem capazes de ver sofrer quem nos fofofofaz “bem”!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

“Isaltai”!

De recurso em recurso
Vai seguindo o seu percurso
Ele não é nenhum urso!
Não é nenhum zé ninguém
Daqueles que o Estado mantém
Nas prisões, aqui e além!
Com ele piam fininho
Porque é um reizinho
E sabe que não está sozinho!
Tem com ele a finess
Faz tudo o que lhe apetece
Sabe que nada lhe acontece!
E quem se mete com este “amigo”
Arrisca-se a um castigo
Ouçam bem o que eu vos digo!
Não se lhe acaba o dinheiro
Porque está no estrangeiro
Num “offshore verdadeiro”!
Não vivam na ilusão
De que vai parar à prisão
Mesmo sendo um aldrabão!
Pertence a famílias “nobres”
Está-se nas tintas para os pobres
Só lhe interessam os “cobres”!
O erário público é um filão
Que está sempre ali à mão
E que não existe em vão!
Meterá a mão no pote
Mesmo que isso se note
Enquanto o Povo nele vote!
Está protegido por lei
Qual… isso eu não sei
Porque nunca a vislumbrei!
Tem um grupo de doutores
Que são os seus defensores
E lavam os seus horrores!
À inocência dos seus “males”
Eles dão os seus avales
E dizem-lhe: não te rales!
Recorrerá ao tribunal divino
Já está a compor o “hino”
Que será um “verdadeiro desaltino”!
E se não for ouvida a sua voz
Criará um concilium de tótós
Que absolva, de vez, os seus cocós!
Continuará até que a mão lhe doa…
Porque é rapaz de vida boa
E nunca faz as coisas à toa!

PS – Exalto ao Senhor meu Deus que nos livre destes fariseus!

Quem quer calçar as pantufinhas rosa?

No conforto do Largo do Rato, o PS vai tentando encontrar formas de contabilizar a seu favor algumas “oportunidades” resultantes da crise que ajudou a construir, é certo, mas que este governo de mentirosos e charlatães, na ânsia de proteger os mais abastados, agravou significativamente!
No quartel-general azul laranja procura-se a todo o custo empurrar a responsabilidade da crise para os ombros do PS, enquanto se prepara o assalto final aos bolsos dos funcionários públicos, reformados e pensionistas, colocando “de reserva” uma legião de desempregados que possam servir os seus propósitos de exploradores de mão-de-obra barata.
Constituem um anedotário hilariante as opiniões e promessas de Passos Coelho antes de ser chefe do Governo. È um autêntico compêndio de mentiras, que vai certamente ficar tristemente célebre, porque, com “gente” desta envergadura, Portugal não pode ir longe… Sempre ouvi dizer e oxalá assim seja, a mentira tem a perna curta!
José Seguro, na perspectiva de ganhar eleitorado, calçou as pantufinhas para não “atamancar” os “privados” e depois de fazer um pequeno tabu orçamental, anunciou, com alguma pompa e circunstância, que o PS vai propor a manutenção de um dos subsídios, o de Natal ou o de Férias, para os funcionários públicos, reformados e pensionistas.
De uma só cajadada, o PS quis matar dois coelhos: granjear a simpatia dos funcionários públicos, reformados e pensionistas (que assim receberão um “presente” de que já não estavam à espera) e simultaneamente “piscar o olho” aos “privados” a quem (tal como o PSD e o PP) isenta de participar no esforço colectivo para vencer a crise em que estamos mergulhados até aos “queixos”…
É o que pode chamar-se “entrada de pantufas na caça aos gambuzinos”, por parte do PS, a contrapor à “entrada de chancas na caça ao euro”, do PSD/PP!
Pé ante pé, de zig zag em zig zag, “sempre no interesse nacional”, as chefias partidárias (todas) continuam a confundir o que é justo com aquilo que é menos penoso para os seus interesses… No que ao PS diz respeito, trata-se de uma jogada estratégica de muito mau gosto, que nada dignifica o Partido e os seus dirigentes.

Meu caro José Seguro:
Por mais voltas que dê ao texto, está a defender uma barbaridade, completamente alheia aos princípios do partido que lidera (?). Está a deixar-se iludir com as palmas e as palmadinhas da “herança” do seu antecessor, que teve que aceitar…
Com muita mágoa, tenho que lhe dizer que a posição que anunciou nada tem de socialista e tem tudo de oportunista! Socialismo seria todos pagarmos na exacta medida dos nossos rendimentos, independentemente de pertencermos ao sector público ou ao sector privado, reformados ou no activo.
Os funcionários públicos e os pensionistas não precisam de favores! Precisam de Justiça e é por ela que o maior partido da oposição deve pugnar!
Deixe-se de idiotices! Mesmo que saia vitorioso… é a vitória da mediocridade!

Parabéns Rui Rio!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ínclita (de)Ge(ne)ração

Os governos presididos por ministros socialistas deram à luz alguns “artistas” de grande gabarito na “nobre arte de surripiar, mas a ”Ínclita (de)Ge(ne)ração” provém de governos presididos por Cavaco Silva, que acredito, apesar daquelas acçõezitas que não me saem da cabeça, que seja um homem impoluto.
Na altura em que foi 1º ministro entrava dinheiro a rodos em Portugal, que em vez de ser aplicado no desenvolvimento do País, era consumido em megalomanias, iates, carros e vivendas de luxo ou posto “a coberto” em offshores.
Grande parte dos projectos que justificavam a vinda do dinheiro não passavam do papel, o que permitia “chorudas negociatas” em que todos ganhavam e só perdia o País…
Reinava a “sensação nacional” que os prejuízos causados ao Estado não prejudicavam todos e cada um de nós. Ninguém estava preocupado com o “surripanço” do alheio… Sirvam-se à vontade que o dinheiro não é meu, pensavam e diziam muitos!
Com o decorrer do tempo vieram a lume a rede de “nobres falsários” que se instalou e algumas negociatas que se fizeram, mas… atrás das grades continua a não se avistar ninguém e, pelos vistos, assim vai ser por todo o sempre!
O Povo, estúpido, triste e macambúzio, deixou de se preocupar com “isso” e cada um no seu “xicoespertismo” continua a espreitar uma oportunidade de (também) ludibriar quem puder, legitimando assim a velha máxima “negócio é negócio, só se deixa enganar quem quer ou quem é burro”, o que facilita a “lavagem” de toda a sujidade ao nível em que os milhões gravitam!
É a degeneração total da democracia, por ausência do seu indispensável sustentáculo económico, do qual diariamente é espoliada!
A “corrida ao ouro” já começou!
De olhos (fechados) postos em Oliveira e Costa e Dias Loureiro como exemplos de “cidadania” aguardemos em silêncio, como faz Duarte Lima (refugiado em casa, a contas com a justiça brasileira) o resultado das “negociações” entre cowboys e marechais!
Conheço um “fora de prazo” que, provavelmente, para justificar o enriquecimento de alguns à sombra da política, costuma dizer que a gamela (de porco, onde come) não dá para todos!
Conheço outro que, talvez com a mesma finalidade, diz que muitos são os eleitos, mas poucos são os escolhidos!
Eu persisto em dizer: As prisões continuam vazias!

PS - Repousai tranquila D. Filipa! Os vossos filhos Duarte, Pedro, Henrique, João e Fernando nada têm a ver com esta pandilha.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Kag kilomilhões

Noticiam alguns jornais que o asteróide 2005 YU55 irá passar junto à Terra no dia 8 de Novembro. Segundo a NASA passará a uma distância de 325 mil quilómetros, ficando mais próximo da terra do que a lua… (mais milímetro menos milímetro, digo eu.)
Com os milhões, os mil milhões e os kag kilomilões de euros com que somos bombardeados todos os dias, pelos mais diversos motivos, perdemos a noção da realidade e até ficamos com a sensação que o dito asteróide vai passar ao lado das nossas cabeças (tontas)… Em termos cósmicos trezentos mil quilómetros é um pontinho, mas dizer “passar junto” para se referir a algo que passa a 325.000 Km, parece-me um exagero, até pelo pânico que pode causar no comum dos mortais, como eu.
Será provavelmente esta relação cósmica que leva a que alguns “iluminados”confundam com a maior das naturalidades “milhões” com “milhares de milhões” de euros, como se da mesma coisa se tratasse…
Quando da invasão de Portugal pelo dinheiro da Europa, (que agora temos que pagar com língua de palmo, depois de muito dele ter regressado à proveniência, em compras de inutilidades), perdeu-se a noção dos valores e das medidas. Com o euro, o problema agravou-se havendo até há bem pouco tempo (e ainda haverá) muito boa gente que relacionava 1 euro com cem escudos e outra que confunde euros com contos de reis…
Quando olhamos para trás até parece que já foi há séculos que mil escudos era dinheiro e que mil contos era uma fortuna… Hoje tudo o que não seja milhões ou milhares de milhões, (nem que seja de esfomeados) já nada diz a uma grande parte dos nossos políticos, governantes e outros endinheirados.
Estamos em plena época dos kag kilomilhões! Ninguém sabe muito bem quanto será, mas todos sabemos que é muito.
Os nossos políticos, com o ar mais inocente e sério deste mundo, atiram-nos para os ouvidos com números astronómicos de dívida, ao mesmo tempo que nos querem fazer acreditar que um euro é um euro e que um aumento de vinte e cinco euros no ordenado mínimo nacional seria uma tragédia… (Quando se trata de falar para a arraia miúda, metem-se os milhões no saco e vinte euros transformam-se numa fortuna!).
Enquanto o nosso dinheirinho (algumas vezes ganho com sangue, suor e lágrimas) estiver a entrar no poço sem fundo dos kag kilomilhões) todos nos dizem que estamos no bom caminho e que o futuro há-de sorrir-nos… Se trabalharmos cada vez mais, ganharmos e gastarmos cada vez menos, os nossos (des)governantes prometem-nos o paraíso terrestre ! (sempre adiado.)
Estranhamente, desde há poucos dias, das palavras do troca-tintas do líder dos sociais-democratas, começa a depreender-se que “finalmente” descobriu que sem financiamento e poder de compra a economia não funciona. O facto de produzirmos muito, nada conta, se não houver quem compre! E para comprar é preciso ter dinheiro! E para ter dinheiro é preciso ter emprego! E … é preciso haver bom senso!
O “cancro” da sociedade actual são os especuladores e as offshores, mas aí, os governantes (adivinhem os motivos) não estão interessados em mexer!!!!! Preferem lançar e aumentar impostos que sustentem as suas faustosas vidas e as dos seus apaniguados.
Estamos endividados (arruinados, digo eu), mas a Presidência, o Governo, a Assembleia e os “escolhidos” continuam a viver à grande e à francesa.
As benesses continuam, o regabofe aumenta a cada dia que passa! Das gorduras do Estado deixámos de ouvir falar! Os Institutos, as aFundações e as outras aberrações… foi chão que deu uvas! (caladinhos como ratos!)
Pobre sorte a nossa!

domingo, 30 de outubro de 2011

O “ticketzinho” da máquina…

Os deputados da Assembleia da República empolgam-se a produzir um emaranhado de leis que ninguém tem tempo de cumprir, porque vão sendo alteradas a um ritmo que o comum dos cidadãos não tem hipótese de seguir. Os nossos governantes em vez de zelarem pelo cumprimento da lei, sempre que estão em dificuldades, lançam ou aumentam impostos…
O recente aumento de IVA para o sector da restauração, que tanta polémica tem causado, é um exemplo paradigmático da falta de conhecimento do País real dos nossos governantes. Fechados em gabinete para “profundas reflexões” sobre quem vão lixar a seguir, em vez de viajarem pelo país, nos carros que nós lhes comprámos, para verem o que realmente se passa , portam-se como autênticas múmias paralíticas, comandadas pelos donos do grande capital especulativo.
Na quase totalidade das compras de bens e serviços que fazemos, ou não nos dão qualquer papelinho comprovativo, ou nos dão o “ticket da máquina”. Em alguns locais (poucos) perguntam-nos se queremos factura…, como se isso seja coisa do nosso querer e não da sua obrigatoriedade. Normalmente dizemos que não é preciso, porque a factura não vai ter qualquer repercussão nos impostos que pagamos.
Bastava que se acabasse com o “ticket da máquina” e se punisse severamente quem não nos entrega a factura/recibo do que pagamos, para que o montante do IVA subisse em flecha, na restauração e em muitos outros sectores, onde as fugas são muitas e grandes. Se alguém nos vende coisa pouca pela porta do cavalo é porque alguém vende, pela mesma porta, coisa enorme!
Gostava que o senhor ministro das finanças explicasse aos portugueses por que é que os gastos que fazemos ao longo do ano não afectam o nosso IRS. (Estou convicto de que o pequeno benefício que teria cada um de nós, ajudaria a apanhar muitos faltosos e que faria crescer substancialmente o bolo, mas pelo vistos isso não interessa a muito boa gente!)
O “ticket da máquina”, já vulgar em muitos locais, tanto quanto sei, só serve para as empresas, grandes e pequenas, controlarem as suas contas internas e evitar que metam, muito, a pata na poça… Cresce a economia paralela, mas os nossos governantes (não sei por quê) até parecem gostar dela!
Sinto-me indignado com o roubo do subsídio de férias e do 13º mês. Muitos, como eu, sempre contaram com ele para equilibrar a vida que planearam com base em que os Governos Democráticos são pessoas de bem, que cumprem os compromissos assumidos pelos seus antecessores.
Tudo isto saiu furado, porque um escol de trafulhas tomou conta de Portugal e fez dele aquilo que se vê, sem que nenhum repouse atrás das grades e muito poucos gozem o merecido descanso no cemitério. (Estão “vivinhos da costa”, a rir-se de nós!)
Tenho a certeza que três grandes “pilares” da nossa ruína são: esses energúmenos, a obesidade do Estado (de que já não se fala) e o “ticket da máquina”!
Comparados com estes três “pilares”, o subsídio de férias e o 13º mês dos funcionários públicos não passam de pequenos nadas! É claro que estão mais ali à mão, mas como aconselha, agora!!! Cavaco Silva, convém não ultrapassar os limites.

Que bem falava Sá Carneiro quando dizia que os subsídios de férias e de Natal são inalienáveis e impenhoráveis. Mas este bando de tecnocratas politicamente analfabetos, embora continue a reclamá-lo como símbolo, nunca, pelos vistos, estudou os seus ensinamentos.
Miseráveis!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Renunciais a Satanás?

Algures numa reserva de Índios, no Reino dos Feiticeiros, era dia de Juramentos… Paxus, o grande chefe, ornamentado com vestes de seda barata laranja, permanecia sentado e pensativo, no trono das decisões. Ao seu lado estava Portus, vestido com uma túnica azul, a imitar seda. Estava também com ar meditativo, mas de vez em quando soltava um risinho cínico para a “plateia”, onde se podiam ver algumas destacadas figuras da tribo.
À hora anunciada entraram no recinto Xezarius e Macedus, aprendizes de feiticeiro, que foram sentar-se no banco dos julgamentos a trocar olhares cúmplices de embaraço, provavelmente provocados pelas últimas novidades vindas a lume, muito comprometedoras do seu bom porte…
Com algum atraso, chegaram o ministro dos impostos e o ministro das falências, lá do sítio, para os apadrinharem e testemunharem o seu juramento…
Chegado o momento próprio, com ar muito virgem, o grande chefe perguntou: Renunciais a Satanás? E a todas as suas obras? E a todas as suas seduções?
Com ar cândido e envergonhado os dois futuros feiticeiros” responderam, em simultâneo: Renunciamos!
Paxus insiste. Renunciais ao subsídio de residência, a que teríeis direito se morásseis a mais de 100Km de Lisboa?
Os dois responderam: Renunciamos!
Porque fizestes semelhante tal, meus fiéis súbditos?
Cabisbaixos, Xezarius e Macedus não tugiram nem mugiram.
Passados instantes Paxus retomou a palavra para dizer: Compreendo e aceito o vosso silêncio… Deus vos cubra com o seu manto de perdão! Por mim estais perdoados, porque eu conheço a tentação do dinheiro e sei que estais arrependidos pela mentira que agora quereis transformar em verdade. Nunca desanimeis! Ide em frente na difícil cruzada contra quem trabalha! Ajudai-me a sugar-lhe o tutano em nome da TROIKA, do FMI e do BCE.
Seguiu-se um silêncio sepulcral de alguns segundos, interrompido pelo ministro dos impostos para dizer: Tendes que repor o dinheirinho recebido!
Ambos responderam: Assim faremos, com o que estava para vir e com o que já recebemos!
O ministro das falências exclamou de seguida: Esse dinheiro é para os empresários!
Certamente, retorquiram… Não voltaremos a ser falsários!
Em seguida Paxus perguntou: Como pudestes aspirar a tamanha benesse?
Oh… grande chefe: Nunca esperámos que isto se soubesse!
Alguns índios da plateia, incomodados com a resposta, esfregaram os rabinhos nos bancos mas tudo se manteve caladinho perante o olhar ameaçador de Paxus, que em alta voz anunciou:
Declaro-vos nobres feiticeiros!
Repitam comigo:
Prometemos não voltar a mentir… e juramos cumprir o nosso dever…de extorquir ao Povo o que puder ser! (e assim fizeram!)

Só me ocorre um adjectivo: Pulhas!

O altruísta

Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, vai formalizar a ”renúncia ao subsídio de alojamento", com efeitos extensíveis à data da atribuição, que foi em Junho do ano passado.
Com o ar mais cândido do mundo afirmou que deixará de receber um valor que a lei lhe atribuía para "acabar com a polémica e para não ficar condicionado por ela”!
Que lindo discurso de ocasião, dirão alguns. Que gigantesca falta de vergonha, dirão outros. Que cinismo, dirão muitos. Que lata, digo eu.
O seu ar de “anjo”faz-me lembrar alguém que tinha como hobby malhar na oposição! Quer a um quer a outro nunca compraria uma bicicleta em segunda mão, mas parece-me bem mais grave “iludir” a lei do que malhar na oposição…
Afinal onde reside o senhor ministro? Alguém me disse que em Braga não é certamente, porque ninguém o vê por lá! A renúncia ao “subsidiozinho” indicia (para mim) que o senhor ministro não tem muita certeza de “residir” em Braga… É pena que, a ser assim, só agora tenha decidido que mora em Lisboa ou lá perto, para calar as “más línguas”, como se depreende das suas palavras de fuga em frente!
É certo que a hipocrisia não tem limites definidos, mas é muito feio dizer uma coisa e fazer o contrário. Apelar ao nosso aperto de cinto e aumentar o dele, foi o que fez este senhor desde Junho, e, agora que foi apanhado com as calças na mão, decidiu armar-se em altruísta e “oferecer” ao País uma das benesses de que injustamente (ilegalmente?) usufruía. Mesmo com a residência fiscal em Braga, se mora em Lisboa, se fosse uma pessoa coerente, nunca devia ter aceitado receber esse “ condenável acrescento feudal”.
Gostava que os senhores governantes me explicassem por que é que, em tempo de profunda crise, não lhes chega o ordenado a que têm direito, à semelhança do que acontece com o comum dos cidadãos. Não tenho nada contra quem tem ou quer ter várias residências, carros topo de gama e uma vida de luxo, desde que não prejudique o erário público…mas se o dinheiro sai do bolsinho de todos (como é o caso) tudo muda de figura!
O “altruísmo” do senhor ministro Macedo (que me mete medo) não passa de mais um remendo na esburacada “manta de retalhos” governamental. É mais uma tentativa de “lavar” procedimentos nojentos, atentatórios da dignidade de quem trabalha e recebe o seu salário no fim do mês, tendo que residir, viajar e comer dele…
Aponta-se (e eu estou de acordo) que um dos nossos males de Portugal é a subsídio dependência. Não será altura dos senhores governantes, senhores deputados da Nação, senhores Autarcas e tantos outros “Monarcas” darem o exemplo aos senhores que usufruem de rendimento de inserção social e não querem ouvir falar de trabalho?
Senhores governantes que tanto dizeis e tão pouco fazeis: Deixai-vos de falsos altruísmos e de tantos malabarismos! Lavai as mãos e sede “apenas” cidadãos!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vitalícias mordomias…

Se a Assembleia da República decidir que os antigos titulares de cargos políticos vão escapar ao esforço adicional de austeridade, exigido aos funcionários públicos e pensionistas que ganhem mais de mil euros, escusam os políticos de vir com blá blá blá justificativo, porque não passam de oportunistas que fazem leis em benefício próprio.
Os sacrifícios que temos que fazer (depois de estarem atrás das grades e serem despojados dos seus bens os larápios que nos arrastaram para esta situação) devem ser repartidos por todos na exacta medida das suas posses.
Explicando claramente aos portugueses a forma como seria possível equilibrar as nossas contas e resolver o problema do défice a Oposição tem que votar contra o Orçamento de Estado pelas injustiças e abusos que ele reflecte. Mais este atentado mostra bem o respeito dos políticos por todos aqueles que cumprem as suas obrigações.
Se a oposição não denunciar este “crime” mais vale que arrume a viola e vá tocar tangos para outra rua, porque já bem basta a maneira como essas pensões foram adquiridas, quanto mais dispensá-las de corte… É uma autêntica (falta de) vergonha, própria de um país que vive afastado dos seus problemas suportando uma classe política de “saqueadores” dos bolsos de quem trabalha ou trabalhou para ter uma vida equilibrada e digna.
Não prevejo nem desejo vida longa ao actual Governo! A ânsia de mostrar ao capital especulativo que é “bom menino”, levou-o a ultrapassar a troika a grande velocidade e está a conduzir o Portugal para um “estado de nervos” de imprevisíveis consequências. Vamos certamente viver os dias mais negros depois de Abril… Mesmo assim, espero que o senhor ministro dos impostos recupere daquele ar cansado com que aparece na televisão e que me preocupa, porque não desejo a morte aos meus inimigos.
Está em marcha um ajuste de contas dos “donos”do dinheiro… É o preço que estamos a pagar pela liberdade e pelos erros que cometemos quando escolhemos os nossos representantes, sem cuidarmos se eram pessoas de bem ou falsários! Fizemos uma Revolução, poupámos e perdoámos ao inimigo, depois adormecemos e fomos gastando… Foram aparecendo “profetas” e, quando falhavam as profecias, continuávamos à espera de D. Sebastião…
Acreditámos na bondade do capitalismo, que se foi tornando selvagem até se tornar num monstro. Chegámos a ter a ilusão de que um dia seríamos todos ricos. Muitos de nós convertemo-nos em cigarras, desrespeitando as formigas…
Está, quem sabe, na hora de fazermos outra Revolução, mas desta vez uma “coisa mais a sério”! Onde não haja lugar para corruptos, falsários e cães de fila e que a sede de justiça inunde os nossos corações!
Ai que lindo é… respeitar o Zé!

Arre! Toc, toc,toc!

Passos e Portas foram incumbidos pela alta finança, de confirmar as palavras de Barroso, antes de fugir para Bruxelas: “Portugal está de tanga!”
Diz-se por aí que quando o chefe da troika perguntou a Passos se Portugal estava mesmo de tanga, ele prontamente respondeu: Fique descansado, ainda não está mas garanto-lhe que vai ficar! Portas, terá apenas dito: Acredite, isto é “homem de palavra”!
Verdadeiro ou não este episódio, uma coisa é certa: vamos ter que aguentar a “serenata dos cortes”com língua de palmo e bolsos vazios, porque, como diz o PSD (e bem), os Governos do PS também “ajudaram à missa”, dando um inequívoco contributo para o desenvolvimento… da crise!
Cada vez mais, penso que vamos ser espremidos e nada vai resultar de positivo para Portugal, se a sra Merkel e o senhor Sarkozi continuarem a pensar que são os donos da Europa.
O nosso Governo devia ser menos exigente com quem trabalha e gastar mais do seu tempo a tentar fazer valer, nos lugares próprios, os direitos dos pequenos países.
O monstro da dívida continuará insaciável depois de nos sugar tudo… Se nada mudar na desUnião Europeia, estamos irremediavelmente condenados!
Está à vista que este aperto na economia vai levar à falência muitas empresas e provocar o desemprego de muitos, deixando assim de entrar nos cofres do Estado o dinheiro que ele precisa para pagar as dívidas. Esta pescada de rabo na boca em que estes “papalvos”estão a transformar a nossa economia para “mostrar serviço” vai levar-nos à ruína, como é defendido por pessoas de alta competência técnica na matéria.
Anestesiados pelas palmas da bancada parlamentar os açougueiros seguem em frente, guiados pelo ministro dos impostos, “a modos”que a querer dizer:
-Como consta na enciclopédia… para pagar temos a classe média!
-Que se lixe a rapaziada… que coma água e pão sem nada!
-É preciso pôr na linha esta malta… senão até para nós vai haver falta!
-Toc toc toc arre arre arre…quem tiver unhas que nos agarre!



Muito feio

Não conheço os contornos que poderiam ter levado Carlos Queiroz a afirmar que, com ele à frente da selecção, Portugal já estaria apurado e proferir aquele chorrilho de baboseiras relativamente a Paulo Bento…
Afirmações daquela natureza fazem-me pensar que Queiroz está bem longe da plenitude das suas capacidades … Provavelmente Queiroz estava apenas irritado quando lhe puseram o microfone na frente…
De uma maneira ou doutra, ficou muito mal na “fotografia” e vai ser muito difícil alguém esquecer este momento “infeliz”da vida de quem já tantas alegrias desportivas nos proporcionou, mas que corre o risco de sair do desporto português pela porta lateral pequena.
Claro que, como qualquer cidadão, tem o direito de dizer o que pensa, mas o seu prestígio obriga-o a não dizer a primeira coisa que lhe vem à cabeça!
Os resultados da selecção na era Queiroz são bem demonstrativos do ridículo das suas palavras. A sua pretensa comparação com Paulo Bento é leviana e até, talvez, intelectualmente desonesta. As palavras do ex seleccionador são uma ofensa a todos nós, que vimos a selecção ir ao fundo e renascer sob a batuta do seu sucessor.
Até admito a “raiva” de Queiroz aos dirigentes da FPF donde saiu de candeias às avessas (tão amigos que eles eram), mas relativamente a quem o substituiu com relativo êxito, o melhor seria estar bem caladinho… Ficava-lhe bem um pedido público de desculpas!
Espero que consigamos apurar-nos para o Europeu 2012. A imprensa não deve procurar “sangue” , deve sim dar o seu contributo para que as águas fiquem calmas. Não é tempo de ajuste de contas.
A maré deve ser de união, motivação e apoio. Queiroz, tal como qualquer cidadão que gosta de desporto, não está dispensado de entrar nesta onda!
Instabilidade no grupo de trabalho já basta aquela que os adversários que temos que defrontar sempre tentam criar!
Um contributo negativo por parte de Queiroz é altamente reprovável.
Haja bom senso!




sábado, 15 de outubro de 2011

… da Madeira

Continuo a questionar-me se Alberto João devia andar de “fato às riscas transversais”, algures no continente, para respeitar a lei e aprender quem manda… Continuo inclinado para o sim, mas se ele continua como e onde está, a culpa não é dele e não tenho outro remédio senão aguentar… (a ele e a outros que por aí circulam).
Mas, por favor, não me digam que ele “perdeu”, porque isso provoca-me náuseas!
Quem ganha com maioria absoluta nunca perde, por muito que isso custe àqueles que não ganham. Mesmo que não conseguisse maioria absoluta era ele o vencedor, embora neste caso a situação fosse muito diferente.
Os dirigentes políticos são férteis a “descortinar” vitórias nas suas derrotas e mais uma vez não resistiram à tentação de “ignorar” os seus resultados e analisar os dos outros.
Parece-me que os madeirenses voltaram a escolher Alberto João, porque pensaram que é a pessoa indicada para negociar a melhor forma de sair do buraco em que estão metidos.
Aquilo que o PS disse já os madeirenses estavam fartos de saber… Certamente estavam à espera que O PS apontasse caminhos para evitar o “dilúvio”, mas o Largo do Rato preferiu basear a sua estratégia na crítica à falta de informação do PSD e do CDS quanto às medidas duras que iriam adoptar, como se isso resolvesse algum problema ao cidadão comum… Até parece que conhecer o mal na véspera pode fazer alguém feliz!
O PS Madeira parece viver noutra galáxia. Mete dó! Aquela máxima de Maximiano Martins, que a seguir ao desastre eleitoral, assumiu a derrota no Funchal como sua, para logo de seguida proclamar que “só perde quem desiste de lutar”, é bem demonstrativa dos princípios que animam muitos militantes do “novo PS” que de derrota em derrota prosseguem, impávidos e serenos, a sua carreira de dirigentes…
José Seguro, que parece ainda não se ter apercebido da “herança” que o rodeia, veio tentar segurar o “tapete”, cometendo um erro desnecessário. O que a Madeira precisa é de novas caras, uma nova estratégia alicerçada no dinamismo, na coragem e na capacidade de iniciativa, em novas formas de estar, de pensar e de fazer. Quem perde tem que dar lugar a outros e voltar à base! (quanto mais quem perde, perde, perde…!!!)
Custa-me, mas tenho que felicitar Alberto João pela sua VITÓRIA e pela louca coragem de ter lutado contra a estrutura nacional do seu partido, assumindo a responsabilidade pela dívida ocultada, que vai ter que agora assumir, negociar e liquidar com a vigilância da TROIKA (se fosse do Governo eram favas contadas). Com o aplauso de muitos, podia ter passado essa responsabilidade para outros e ir gozar “merecidas” férias para um país distante.
Estou ansioso para ver o que vai acontecer.
Ou muito me engano ou o 1º Ministro e o Ministro dos Impostos vão ter que destapar mais num canto para tapar mais um santo…!
… e tu, Alberto, se conseguires dar a volta à Troika, serás perdoado para sempre!

10 Out

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

…sempre a crise!

O governo, apenas empenhado em garantir a consolidação orçamental, sem qualquer estratégia para o crescimento de Portugal está a conduzir-nos por caminhos que não garantem o objectivo da consolidação e podem levar-nos a uma recessão económica de consequências políticas e sociais muito graves, de consequências dificilmente previsíveis.
São evidentes os sinais de um país parado, sem alma, sem iniciativa… à espera do pior ou da vinda de D. Sebastião! Os portugueses estão a perder a sua capacidade criativa e mobilizadora, sem motivação para o que quer que seja, “a modos” que a ver a banda passar… Os “falsários”continuam a gozar de prestígio e a merecer a admiração de muitos a quem a vida demonstrou que quem trabalha não tem tempo para enriquecer! Diz-se que é preciso combater a corrupção, mas até agora a única coisa que se viu foi prender e soltar o rei da sucata que dava uns robalos “de prenda” pelo Natal aos amigos… Não se nota qualquer dano na “barca” dos políticos que nos enchem os ouvidos e o estômago com mais, mais e mais sacrifícios, inúteis sob o ponto de vista prático, porque os donos do capital especulativo são monstros insensíveis cujo objectivo é o enfraquecimento do trabalho, para puderem sugar-nos o tutano…
Nunca ninguém me explicou como é que um país como o nosso vence o seu atraso estrutural se não lhe forem dadas condições de excepção relativamente aos países desenvolvidos. Está à vista de todos que os fundos estruturais não são suficientes, porque são essencialmente gastos na compra de bens (e muitas inutilidades) aos países que controlam a União. É certo que nos habituámos a viver à fidalga, mas este corte radical na circulação do dinheiro não vai resolver (penso eu) os nossos problemas. Na sua analfabeta simplicidade o meu pai sempre me disse que pedir dinheiro para pagar juros leva à ruína, mas pelos vistos estes senhores engravatados que percebem de economia e finanças descobriram “uma pólvora” para nos convencerem que ganhando menos, ficando com menos direitos, trabalhando mais, sendo bem comportados, ficando muito caladinhos e fazendo o que manda a troika é possível sair da crise! Prometem-nos o paraíso num futuro que nunca chega em troca do presente digno que nos negam… Sempre, sempre, sempre só temos direito a futuro! O hoje é só “eles”!
Estamos falidos, mas não podemos declarar falência, porque isso prejudica o FMI, a sra Merkel, o sr Sarkozi e Cª Lda. Os burros de carga, que são uma grande parte dos portugueses, cá estão para lhes salvar a vidinha, ficando desempregados e sem meios para viver em condições minimamente dignas!
Como já se previa, Passos Coelho é mais um bluf como foi Sócrates (de má memória). É um óptimo moço de recados, mas falta-lhe “estaleca” de estadista.
O Governo anda de viseiras! Em vez de dar prioridade às matérias relacionadas com o crescimento económico, afunda o país com cortes e mais cortes, para garantir que a legião de “vendilhões” que diariamente nos esvazia os bolsos (retirando-nos parte daquilo que honestamente ganhamos ou ganhámos) possa auferir “lindos” salários e “belas” alcavalas.
Enquanto houver burros, nunca há-de faltar quem os queira montar!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As (habituais) “tretas” de Cavaco

"Esperam-nos os maiores sacrifícios desta geração", afirmou Cavaco Silva no discurso que proferiu durante as Comemorações do 101º centenário da implantação da República.
"Acabou o tempo das ilusões" blá blá blá blá….
"Perdemos muitos anos na letargia do consumo fácil"blá blá blá…
Deve ser redescoberto"o valor republicano da austeridade digna" blá blá blá…
"Só produzindo mais e com mais qualidade é que podemos viver melhor"blá blá blá…
“Em momentos como este diminui a tolerância dos cidadãos para o despesismo público" blá blá blá…
"A disciplina orçamental será dura e inevitável"blá blá blá…
Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá Blá blá blá
Quando afirmou que os portugueses exigem uma "mudança profunda na ação política", quase me fez entrar em êxtase hilariante!
Senhor presidente:
Poupe-nos o esforço de termos que o ouvir, porque nós já sabemos isso tudo e muito mais e o que queríamos era vê-lo assumir a sua grande cota de responsabilidade na situação em que nos encontramos e ver os corruptos, os falsários, os ladrões e os especuladores na prisão!
Basta de tretas! Que interessa para Vª Exª e para o Governo o que os portugueses querem?
Por acaso já não se recorda do que fez quando em Portugal entrava dinheiro “a rodos” para preparamos o nosso futuro?
Quem destruiu a nossa Pesca e a nossa Agricultura e quase todo o nosso sistema produtivo?
Donde saiu a “corja”do BPN? Quem ganhou com as ações do “buracão”?
Se não fosse a crise financeira que (também) se abateu sobre mim, hoje tinha apagado a televisão e tinha atirado com um sapato ao ecrã…
Haja respeito!

sábado, 1 de outubro de 2011

Ai de nós!

Portugal continua a saque!
Na sua bem estudada forma de dizer o ministro dos impostos vai avisando que os próximos tempos vão ser muito difíceis. Disse-o com o mesmo ar que nos daria uma boa notícia, com a insensibilidade hipócrita de um autómato tecnocrata.
Não fosse a notícia da absolvição em 1ª Instancia desse arauto da Democracia e da Liberdade que é Dias Loureiro e nada de positivo havia para destacar neste breve escrito… Fez-se justiça! Um homem daqueles não merece ser condenado… quando muito, merecia ser preso! (Que diabo… ele já foi conselheiro de Estado e todos ainda nos lembramos do respeito que granjeava do Senhor Presidente da República)
O grave da situação é que, tal como já se vai ouvindo, o pior ainda está para vir e não se vislumbram formas de dar volta ao “texto” de Passos e Portas, que até teve 12,5 na avaliação que os Portugueses fazem do Governo, nos primeiros 100 dias.
Com o passar do tempo, por demérito de Passos Coelho (que já demonstrou ser um bom cabo de ordens, mas tal como Sócrates, um menino sem ideologia e sem estratégia para desenvolver Portugal, colocando-o na rota do crescimento) o Partido Socialista até pode vir a ser Governo num futuro não muito distante, mas isso de pouco ou nada nos valerá.
A “transferência” , com armas e bagagens, da maioria esmagadora dos apoiantes socretinos para a estrutura liderada por José Seguro amarra o País a mais do mesmo, impedindo que possamos sonhar com algo diferente, para melhor. Um Estado Social controlado e justo que impeça de prosperar os golpistas e oportunistas de toda a espécie tornou-se uma miragem.
Perante o descaramento e a falta de vergonha de muitos ”fieis” da altura, aqueles que tentaram chamar à atenção para as calinadas que o PS estava a fazer não têm condições para regressar aos trabalhos partidários, pois as velhas raposas soaristas, guterristas, socratistas… (verdadeiros artistas e novos fans de Seguro) em maioria nas estruturas concelhias e distritais, dominam completamente a “máquina”, em nome da unidade e do interesse nacional.
Penso que tal como eu, muitos cidadãos estão fartinhos de Jardins, Cavacos, Portas e Passos, mas o PS continua na rota do bem falante que usava fatos caros que, bem caladinho, assentou arraiais longe da crise! Não mudou o “ferro” dos chefes da “manada” e assim não vamos lá, ou se formos é para um regresso breve.
Mais do que agitar bandeiras, o PS precisa de fazer demonstrações. E, as que até agora foram feitas não são motivadoras e não primam pela qualidade, resultando daí o “estado de graça” do governo que sobrevive sem beliscar uma pontinha a grande finança. (ah grandes lacaios!)
Quem diz que é laranja o que ontem era encarnado, ou ficou daltónico ou está equivocado ou é mal intencionado… Seja o que for, provoca-me dor!
Coerência que linda és! Deixa-me beijar-te os pés!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bocas de incêndio de Sátão

Desconheço o projecto (e o autor) das bocas de incêndio a colocar na Avenida principal do Sátão , cujos trabalhos de completa remodelação (que aplaudo) prosseguem em bom ritmo, mas de uma coisa estou certo: - É alguém sabedor, com competência estética e técnica, pois o perfeito enquadramento urbanístico resultante e a cautela na escolha dos locais de colocação dos modernos caix(ot)ões escolhidos, são apanágio e dom que só alguém muito esclarecido e culto pode ter.
Parabéns pela “feliz “escolha e também pela raridade, que é sempre algo a ter em conta quando mexemos em zonas urbanas sensíveis, pertencentes a aldeias, vilas ou cidades de grande “potencial histórico e cultural”. (Convém não esquecer que o Sátão é a capital do míscaro, facto que, embora omitido no Foral de 1111 era já um desejo de D. Henrique e D. Teresa….
Verdadeiros ”mimos de arte”, as “guaritas” escolhidas para albergar as torneiras (trabalhadas e em metal raríssimo) vão (ao que consta) ser dotadas de moderno sistema de refrigeração (para manter a água fria no verão, de forma a melhor poder apagar eventuais incêndios) e de um sistema de radar e videovigilância permanente, ligado à protecção civil, para que nada escape em caso de tragédia …
Trata-se de uma obra de requinte e bom gosto que convém salientar… Felicitações ao executivo e a toda a vereação pelo cuidado com que tratam a vila de Sátão, visível a olho nu em cada esquina e nos mais ínfimos pormenores.
Peço-vos encarecidamente para que continueis a esmerar-vos e a dar o vosso melhor…
Se entenderdes por bem, proponho que mandeis pintar as “guaritas”com as cores do concelho, para que seja perpetuado o vosso inequívoco “bairrismo”!
Ah! Já agora… não vos esqueçais de ligar a água!

D. Frederico

Segundo o Jornal de Notícias, vive no concelho de Penafiel, aquele que parecia ser o maior porco de Portugal. Chamam-lhe "frederico" e também "besta", mede 2,12 metros de comprimento, 1,10 de altura e 53 centímetros de largura.
Não usa fato nem gravata, nem consta que tenha desempenhado qualquer cargo político, mas come que se farta e não parece muito preocupado com o facto de ir ser abatido no início do ano…
Pasmado com a “notícia” corri a casa da minha comadre Ludovina, pensando que ia fazê-la abrir a boca de espanto, mas como sempre a “desmancha prazeres” olhou para mim com a maior naturalidade do mundo abanou os ombros e limitou-se a dizer que conhecia em Portugal, pelo menos, duas centenas de porcos maiores que o ”frederico” com nomes muito mais pomposos, a comer em gamelas douradas e sem risco de serem abatidos num futuro próximo! Alguns deles, disse, nascidos em modestos currais, embora a maioria tivesse nascido em pocilgas!
Apressei-me a dizer “não acredito”, mas a malvada insistiu e desatou a falar numa linguagem que pouco entendi e depois de cinco minutos de ininterrupto “discurso” perguntou-me se já acreditava nela…
Confesso que, mesmo sem ter percebido tudo, num ápice, retirei metro e meio ao comprimento, meio metro à altura e trinta centímetros à largura do “frederico”, que assim se converteu num vulgar leitãozinho, por comparação com a “envergadura” de alguns dos “exemplares” citados, que penso ter conseguido “decifrar”…
Pensei cá para os meus botões que ainda bem que os donos do “frederico” não o candidataram a uma das sete maravilhas do Reino, porque teria sido um verdadeiro fiasco aquilo que, à partida, parecia ser êxito garantido.

Passado o espanto que a notícia do JN me provocou aqui fica o meu pedido ao “frederico” de Penafiel: - Não fiques triste, meu porco lindo! Pior aconteceu àquele maridão que se apresentou para a “cerimónia da noite de núpcias” de pijama amarelo e a mulheraça exclamou : - “ai pensavas que eras o primeiro?”
Deixaste de ser o maior para seres um entre outros, mas crrum crrum crrum… só tu és capaz de fazer! Vive feliz enquanto te deixarem! Tu és um porco a sério e a tua vida não é nenhum mistério!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um fato as riscas (transversais) para D. Alberto?

Ainda não são conhecidos todos os dados respeitantes à dívida da Madeira, mas já deu para ver que Alberto João e o seu governo fizeram batota da grossa e, em vez desse “rei mono”pedir desculpa aos portugueses, continua a refugiar-se bem lá no alto da sua arrogância a desafiar tudo e todos, numa total impunidade, que é bem a prova do miserabilismo nacional em termos políticos…
Cavaco Silva e Passos Coelho (prometi não voltar a falar de Sócrates, ausente algures no Paraíso) fazem-me lembrar as “costureiras” de antigamente, capazes de remendar e até de cerzir, mas incapazes de fazer um fato à/por medida. (Algumas atreviam-se a usar moldes universais, mas o fato nunca saía bem, porque o cliente ou era mais alto, mais baixo, mais magro ou mais gordo).
Estes dois dignitários da Nação parecem ignorar que o interesse nacional exige que se faça um fato novo para o soba da Madeira, (de boa fazenda e às riscas transversais) em vez de se continuarem a cerzir e a remendar os fatos que ele teima em vestir, mesmo estando num estado lastimável, completamente “fora de moda”.
O que se tem vindo a passar na Madeira é demasiado grave para ser “lavado”, pois significa que alguém que devia estar acima de qualquer suspeita, com a legitimidade do voto, usou o poder para fazer batota, como um qualquer trafulha de meia tigela que gasta o dinheiro que alguém lhe confiou e ainda por cima faz dívidas em nome dele…
Muito sinceramente penso que Alberto João e outros membros da governação madeirense deviam ser presos, tal como todos aqueles que adotaram, adotem ou venham a adotar procedimentos semelhantes, lesivos do interesse público. O nome de Portugal não pode ser manchado por “gentinha” deste quilate e os portugueses não podem andar sempre a pagar “facturas” de “compras” que não fizeram…
Fico (ficamos ) à espera de ver qual vai ser o comportamento dos Senhores Presidente da República, Primeiro Ministro e Ministro das Finanças no futuro próximo, anunciado para a conclusão da auditoria. Se nada for feito no sentido de responsabilizar os faltosos, mais valia que vestissem uns calçõezinhos e fossem a banhos para Cabo Verde no rizort do Loureiro e por lá se mantivessem … para sempre!
Com eles ou sem eles… Pior ???!!! É impossssssssssssssível!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Código de Ética

Venha daí e depressa esse código de ética para os dirigentes, anunciado em Congresso, meu caro socialista José Seguro!
Se, como penso que vai acontecer, criar um grupo de trabalho para tratar deste assunto, por favor cuide para que não inclua “directamente interessados” ou reformados. Abro parêntesis para dizer que nada tenho contra os reformados (sou reformado), mas quem se reformou foi, certamente, porque não pode, não precisa ou não quer trabalhar (remunerado).
A prática comum, indesejável, de o Estado aproveitar uma “legião” de reformados para servirem o Estado (se servirem?) impede que o mérito dos mais jovens se afirme e se coloque ao serviço do País. A “brigada do reumático” política e técnica tomou conta de Portugal e resiste estoicamente à mudança, dominando em vários setores de atividade, na Política e no Estado, através de uma “teia” construída ao longo dos anos, que alberga muitos dos corruptos e especuladores que nos conduziram à situação catastrófica em que nos encontramos. A experiência adquirida e os “conhecimentos” renegam para lugar secundário a competência, sendo prática corrente rejeitar quadros jovens, com classificações/qualificações excelentes, com o argumento da falta de experiência (que eu prefiro chamar não enquadramento na “rede”)…
Todos conhecemos casos “gritantes” motivados pelo “peso” de pessoas que desempenharam cargos políticos relevantes e que posteriormente foram (são) aproveitados como experts ou como “traficantes” de influência, pagos a peso de ouro, prata ou cobre, consoante o cargo que exerceram. (Para poder ser avaliada a pouca vergonha nacional seria interessante publicar o que aconteceu com a “nata” política das últimas décadas…)
É preciso curar esta chaga social, rapidamente! Espero que o PS não fique à espera de ser Governo para tomar uma iniciativa legislativa neste sentido… Todos beneficiaremos com uma lei que proíba estes abusos, não de forma vaga e subjectiva, mas sim clara, objectiva e desburocratizada, que não permita aos vampiros vaguear à solta e não passe ao lado dos “reformados no activo”!
Precisamos de gente jovem a gerir os nossos destinos! Alguém que saiba dizer sim e dizer não, que não faça parte da teia que nos amarra, que seja competente e livre para encontrar e tomar as decisões adequadas ao desenvolvimento do País. Alguém que não destrua o Estado social, mas que ajude quem realmente precisa e combata os oportunistas. Alguém que olhe para além do seu umbigo e que não seja “troca tintas”…
É preciso acabar com o “nojo” que são as “carreiras” de muitos dos nossos políticos! E não basta definir incompatibilidades; é preciso punir os prevaricadores e encontrar forma de acabar com os “arranjinhos”!
Mãos à obra…ontem já era tarde!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

(H)U(M)NIDADE…

Os socialistas portugueses reuniram-se em Congresso, tendo José Seguro, como se previa, metido o seu “amigo” Assis no bolso do colete ficando, aparentemente, com caminho aberto para proceder às reformas que permitam ao PS sonhar em ganhar as próximas eleições legislativas. (não me surpreende se antecipadas)
O problema é que muitos dos “fiéis incondicionais” do ex-líder fazem agora parte da estrutura de José Seguro. Outros como Assis e Costa (que a princípio sonharam ser os novos “donos”, apadrinhados por José (de Má Memória) Sócrates, estão bem longe de fazer aquilo que apregoam, ou seja, ajudá-lo a ser o novo 1º Ministro de Portugal. Todos sabemos que quer um quer outro é “inimigo” de Seguro e tudo farão para o derrotar (mesmo que mais tarde tenham que digladiar). Escondidinho atrás do roseiral, António Costa apenas espera o momento oportuno para avançar, depois de ter encorajado Assis a “queimar-se”… (com garantias, obviamente!)
Os”mimos”começaram por ocasião da visita de Seguro à Comunicação Social que fazia a cobertura do Congresso, quando Costa se ensaiava para ser “figura de destaque”.
Só mesmo quem é muito “militante” é que não vê que Costa e Seguro são inimigos figadais e que a vontade de Costa para que Seguro seja Primeiro-Ministro é a mesma que eu tenho de morrer amanhã...
Penso que o PS em vez de Unidade tem humidade e não tardará que uns quantos comecem a embuchar e façam rebentar os “arcos”… Cerrar fileiras em torno do novo líder não passa de uma conversa da treta, que já bem conhecemos!
É certo que José Seguro é um homem das Jotas e essa “preciosa qualificação” é sinónimo de sucesso quase garantido (que o diga Passos Coelho), mas em tempo de vacas magras os “barões e baronetes”do PS e do PSD hão-de encontrar caminhos e formas de cortar a crista aos “galos”, porque o “painço” não abunda…
Vamos aguardar o futuro com serenidade, mas parece-me que antes do fim da legislatura, Passos Coelho deixará de ser Primeiro-Ministro e o candidato do PS a esse cargo já não será José Seguro.
Pode não ser bom para o País, mas isso nunca me pareceu prioritário para os nossos partidos políticos… Com a crise de emprego, outros valores se levantam! Estes dois líderes (da Posição e da Oposição) não me parecem as pessoas mais indicadas para dividir os despojos da guerra contra o Trabalho!
A porta está aberta, o Portas alerta e o Povo não desperta!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os (modernos) caça níqueis

O que se passa nas nossas televisões e rádios com aquele conto do vigário autorizado (suponho eu) que “ilude” as pessoas a telefonar para um determinado número (chamadas de valor acrescentado) para poderem ganhar “uma pipa de euros” em nota, em viagens, em fins de semana, nisto ou naquilo… é antes de mais a prova irrefutável que vivemos num País que em muitos aspectos se caracteriza por um terceiro mundismo arrepiante.
Não é difícil de prever a quantidade de incautos (crianças, jovens e de todas as idades) que, com o telefone ou telemóvel ali à mão, não resistem à tentação de ganhar um dinheirinho fácil, que dá sempre jeito, principalmente aos mais necessitados, que me parecem ser a maior parte das vítimas deste “conto do vigário”!
Não vou aqui enumerar o rol de programas televisivos e da rádio que utilizam esta artimanha, nem o nome dos energúmenos que se disponibilizam para, através de sorrisos, poses e todo o tipo de “truques”, convencerem as vítimas, mas não resisto a fazer um breve relato do que ouvi, num programa da rádio renascença.
Tratava-se de uma viagem de sonho à Tailândia (salvo erro) que seria ganha pelo ouvinte que fizesse a chamada nº 100, depois de responder acertadamente a uma questão que lhe seria posta… Algum tempo decorrido foi posto no ar o autor da chamada nº 100 e a questão era só (!!! ) acertar numa série de cinco algarismos de zero a nove!!! Com uma voz que deixava transparecer nervosismo e muita vontade de acertar, o “pobre senhor” lá foi dizendo os algarismos, mas, claro, errou. Como consolação recebeu a informação que era um número superior, sendo convidado a telefonar de novo, para tentar acertar na próxima chamada nº 100 e ter mais possibilidades de acertar, pois já sabia que o número formado pelos cinco algarismos, era superior ao que tinha palpitado antes. Evidentemente que esta “preciosa “ informação motivou outros ouvintes que, tal como ele, não fazem a mínima ideia do que é acertar numa série de cinco algarismos… e a “vermelhinha” continuou de vento em popa… (digo eu, porque mudei de estação)
Na TV a “coisa” é ainda mais escandalosa, com aquelas “bichonas prostituídas ao facilitismo e à leviandade”, especialistas em marketing de imagem, a darem o melhor de si para convencerem os menos atentos a ir aos gambozinos…
Será que podemos chamar “roubo” a esta actividade ou temos que chamar-lhe “jogo” devidamente autorizado?
Os senhores governantes andam cegos, ou será que há peixe graúdo a beneficiar com este “negócio”?
E já agora, alguém me diz quem tem acesso à maneira como são encontrados os “sortudos” para entrar em directo e pularem de contentes com o pouco ou muito dinheiro que ganham? Será que não são amigos ou familiares dos donos da “burla”?
Ai Portugal, Portugal… não é (só) de dinheiro que estás mal! Tu não merecias estas mentes doentias!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sua Excelência, Dona Despesa…

Dona Despesa, personagem misteriosa, que ninguém conhece muito bem, tão badalada há uns meses por ser uma “senhora “de mau porte, condenada a cativeiro perpétuo pelo senhor Primeiro -Ministro e pelo senhor Ministro dos Impostos, foi absolvida pelo séquito governamental, passando a regime de prisão domiciliária, com fortes perspectivas de ser posta em liberdade, muito em breve.
Ao que consta, Dona Despesa já está a rechear o guarda-roupa para se voltar a apresentar faustosa e imponente, pois o despesismo, o compadrio, a negligência, a incompetência, o tráfego de influências (entre outros mimos) de que a acusavam, não eram mais, pelo que hoje se comprova na sociedade portuguesa, do que brejeiras intentonas ao Estado democrático.
Os pequenos arranhões de que foi vítima vão certamente ser pagos a preço de ouro, porque D. Despesa não brinca em serviço e gosta de ser tratada com respeito e carinho. Consta que a compreensão e absolvição dos seus “crimes” pelo senhor Ministro dos Impostos foram decisivas para que deixasse de ser inimigo público e passasse a ser aliada, pelos relevantes serviços que presta ao Ministério do Desemprego. Os mui competentes e qualificados “quadros” e outros especialistas anil laranja, têm que estar activos, ao serviço do Reino…Para a salvar o bom nome de D. Despesa o nosso ( des)Governo foi muito para além da Troika (como orgulhosamente afirma)e está determinado a não ficar por aqui no que respeita a sacrifícios, a exigir a quem trabalha.
Para não acabar com as mordomias de D. Despesa , D. Passos passou a falar em outras questões “cruciais”para o País, como seja a necessidade de fazer mais com menos dinheiro, poupar… ao mesmo tempo que, com hábeis verborreias, prepara ”gentios” para a vinda de mais impostos. Os institutos, as (a)fundações, os especialistas, os grupos de análise, as comissões, os popós, os assessores dos assessores, as secretárias das secretárias continuam a ser “esteios” fundamentais da nossa sociedade democrática.
Caminha-se agora num outro sentido: a casa de Dona Cortes. Fazem-se Cortes na Saúde, na Educação, na Segurança social, nos Salários, nas Pensões… isto é, nos direitos que pensávamos adquiridos, quando o considerávamos o Estado uma “pessoa de bem”.
Medidas estruturais contra o regabofe do despesismo: “zerinho”! Por mais que trabalhem e produzam os Portugueses, com esta dívida e estes luxos vão ter que sucumbir! Se tudo continuar na mesma, o pior está para vir!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sarkozydo…

Mais um político de peso e respeito, o 23º Presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy se vê envolvido num escândalo que envolve milho sem espiga… O Eliseu apressou-se a desmentir a “intentona”, dizendo tratar-se de acusações "infundadas, mentirosas e escandalosas", mas segundo rezam os cronistas Sarkozy teria recebido dinheiro da milionária Liliane Bettencourt, como financiamento oculto para uma campanha eleitoral antes de ser eleito Presidente, em 2007.
Verdade ou mentira, da fama já ninguém o livra, esperando-se que o tempo e a Justiça esclareçam este caso, para bem da Democracia que, coitadinha é tal mal tratada por muitos em quem, erradamente, acreditámos.
Parece não haver famoso sem mancha de pecado! Em quem podemos ainda acreditar? (vá lá responda depressinha)
A necessidade de os políticos de topo terem que promover campanhas gigantescas para poderem ser eleitos leva a estas “situações”, que são simultaneamente manifestações da “doidice” humana que acredita mais no “folclore eleitoral” do que nos princípios e ideias dos candidatos. Mesmo com a máquina partidária a todo o gás, os candidatos não dispensam “triturar” milhões, venham eles donde vierem… ( e neste aspecto creio não haver grandes diferenças entre comunistas, socialistas, sociais democratas, democratas cristãos, trabalhistas, conservadores e outros odores!)
Quando se zangam as comadres lá vem a lume um escândalo, mesmo sabendo todos nós que a contabilidade eleitoral é uma espécie de papel higiénico depois de utilizado… São e serão sempre muitos, os que à socapa ajudam” o seu ou todos os candidatos, na mira de um posterior “merecido reconhecimento”.
Um dos males do dinheiro é ser surdo e mudo e mesmo que saltem à vista avultados gastos que os orçamentos não contemplam, todos são cúmplices no fingimento que as contas estão certas. O poder dos eleitos encarrega-se de evitar que alguém dê com a língua nos dentes e o regabofe continua… porque não é difícil descredibilizar os “arrependidos” na opinião pública e poucos se atrevem a responsabilizá-los, para não agitar as águas !
“Negócio” em que todas as partes envolvidas beneficiam é garantia de segredo e êxito
Agora foi Sarkozy o escolhido para ser kozido, pelos vistos por alguém muito descontente com ele, amanhã será outro qualquer, mas tudo continuará a ser como dantes, porque o mundo é dos farsantes! Quem atirar a 1ª pedra, cuide que ela não lhe caia na cabeça!
Parecem-me imorais e desnecessários os sumptuosos gastos em campanhas eleitorais, mas se o Povo gosta, quem sou eu para questionar tal prática corrente? Com honrosas e comprovadoras excepções, cada um tem aquilo que merece… e os franceses, tal como nós, não merecem muito!

domingo, 28 de agosto de 2011

Erro (que pode ser) fatal...

Na sua doentia obsessão de redução do défice, o governo de Passos Coelho, (a reboque dos ricaços franceses que resolveram “dar uma de patriotismo” oferecendo os seus préstimos para ajudar a resolver a crise do seu país), já nos permitiu ver uma luzinha (lá longe, ao fundo do túnel) que nos permite ter dúvidas acerca da possibilidade de taxar esses “pobres, donos do dinheiro”, que à custa de tanto suor e lágrimas (não deles, mas de outros) conseguiram amealhar fortunas “misteriosas e avultadas” (total ou parcialmente transferidas e bem guardadas em offshores).
Será que os nossos governantes estão doidos? Perderam as estribeiras? Não conseguem enxergar o enorme erro que estão a cometer? Já pensaram nas consequências que daí podem resultar? Já imaginaram a possibilidade dessa rapaziada entrar em stress? (já nos basta o stress bancário!).
Oh meus senhores: qual é o motivo que vos leva a querer acabar com os ricaços? Acabem primeiro com os “ricos” que criam empresas e emprego, esses sim verdadeiros perigos públicos. Salvem os endinheirados que só “trabalham”com o dinheiro. São eles que lhe conferem e salvaguardam o ar sagrado que muitos lhe atribuem…
Atrevem-se a fazer este “sacrilégio” porque eles são uma pequena parte da sociedade Portuguesa. Se fossem tantos como aqueles a quem brindastes com abaixamento de salários, congelamento de carreiras, assaltos ao 13º mês, diminuição de comparticipações na saúde, aumento de impostos, congelamento de pensões de reforma… eu queria ver se eram capazes de lhes fazer uma patifaria destas!
Não nos façam passar pela vergonha de taxar os rendimentos do dinheiro dos especuladores e outros que tais…
Já imaginaram o pânico que eles devem sentir, só com o medo de serem assaltados ou que alguém os obrigue a justificar a fortuna? Poupem estes “miseráveis” sem direito à justiça, porque se o tivessem, tinham que ser presos (coitados!).
Entrem todos os dias nos bolsos dos pobres e remediados, criem um grupo de trabalho de supra sumos e obriguem-nos a um brainstorming permanente para inventarem formas de nos lixar, mas mexer nessa gente, nunca! Eles são a esperança de muitos portugueses que sonham ficar ricos, investindo na bolsa, não pagando a quem devem, “surrupiando”, jogando no euromilhões, no totoloto, no loto espanhol, na lotaria, nos casinos, nos tascos e em casas particulares.
Senhores governantes, membros da Assembleia e restantes excelências: Por favor não roubem o sonho de tantos e tantos portugueses! Lembrem-se que o sonho comanda a vida e que esses ricalhaços são o “modelo” de muitos.
Não perturbem quem nunca conseguiria justificar a “proveniência do milho”…
Quem com ferros mata, com ferros morre e… amanhã pode calhar-vos em sorte!
Acabem mas é com os pobres! Já viram a poupança que seria se os não endinheirados morressem uns anos antes?! (não me digam que ainda não pensaram nisso!) Tenho a certeza que sim, quando analiso o tipo de cortes na despesa, do Ministério da Saúde.
Porca miséria, que é como quem diz: PQVP! «Peço (a Deus) Que Vos Perdoe!», para citar a minha avozinha.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

I(responsáveis)

Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, denunciou que foram "encontradas numa sala" do Instituto do Desporto de Portugal, facturas não contabilizadas, no valor de 6,78 milhões de euros
O ex-presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Luís Sardinha, negou que existam facturas não contabilizadas, garantindo que não há facturas nem dívidas escondidas no IDP.

Sem necessidade de grandes análises, qualquer mortal conclui que um deles está a mentir com quantos dentinhos tem na boca, preferindo eu que seja Relvas o mentiroso, porque sempre é menos uma dívida que temos que pagar e sempre é menos um rombo na nau do Partido Socialista, a que pertenço, contra a baixa política, os golpistas e os oportunistas…

Desconheço os motivos pelos quais este assunto veio para a praça pública sem ser esclarecido entre os anteriores e os actuais responsáveis (digo esclarecido e não camuflado ou sem consequências, se for verdadeiro). Sei, sim, que situações destas, em nada dignificam a imagem dos nossos políticos e consequentemente, do nosso país, interna e externamente, o que vai afectar a nossa credibilidade com o muito provável aumento dos problemas com que nos debatemos junto daqueles que nos financiam… e não só!

Seja como for, a notícia já correu mundo e agora só resta apurar responsabilidades dos anteriores e/ou dos actuais governantes e agir em conformidade, sendo implacáveis com os “encobridores” e/ou com os “caluniadores”. O que não pode acontecer é aquilo a que já quase nos habituámos… nada passou de um mal entendido e fica tudo em águas de bacalhau!

Que venha de lá essa tão proclamada Verdade e que essa tão malfadada Justiça comece a funcionar de uma vez por todas. Cada um tem que assumir aquilo que faz e o que diz… para que o triz, que nos separa do abismo, não morra de reumatismo!

Como se diz em futebol “Colem a bolinha à relva e honrem a camisola”!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Special zero

As “fitas”com que o ex-special one nos tem brindado ultimamente só podem ser devidas a um qualquer problema de saúde que lhe está a afectar drasticamente a capacidade de raciocínio. O patamar que atingiu exige que seja um gentleman e que demonstre fair play em todos os jogos, pois só assim será um bom exemplo para os milhões de admiradores que conquistou em todo o mundo. (maus exemplos já temos demasiados)
Para continuar a merecer admiração e respeito, Mourinho tem que colocar a sua formação e a sua competência técnica ao serviço do futebol para que ele se aperfeiçoe cada vez mais como jogo e como espectáculo, que as pessoas possam usufruir em tranquilidade e com prazer…

Apesar de nos últimos anos o Real se ter entretido a comprar “vedetas” (nem sempre de futebol) enquanto o Barça cuidava da formação de jogadores e da suar organização interna, é inegável a “enormidade”do clube madrileno… e são já muitas as atitudes de Mourinho que revelam uma pequenez que, não é compatível com a grandeza do clube e podem colocar em risco a sua carreira de treinador de topo.
Penso que se Mourinho teimar em continuar a barafustar contra tudo e contra todos e só “cuidar” do seus “meninos”, brevemente ficará isolado, sem aceitação e sem reconhecimento, passando a ser um treinador vulgar… As escadas da fama são as mesmas das do fracasso, a diferença é estar a subi-las ou descê-las!
A estratégia de se vitimizar perante o rival Barcelona, culpando as arbitragens pelos seus maus resultados não está a resultar e se, em vez de se concentrar no seu trabalho, continuar a agitar fantasmas e a lutar contra ventos e marés, a situação tem tendência a agravar-se.
Mourinho fez subir o nível de jogo do Real, mas por muito que lhe custe o futebol do Barça está num nível ainda superior, que salta à vista cada vez que as duas equipas se defrontam. Só lhe resta continuar a trabalhar e tentar enfraquecer a estrutura do rival, que é muito, muito, muito forte.
O comportamento de Mourinho no jogo da segunda mão da Supertaça espanhola foi (mais uma vez) vergonhoso, impróprio de quem quer que seja.
O mundo do futebol está a ser negativamente afectado com estes seus desvairos e penso que muitos portugueses se sentem envergonhados com estas atitudes do seu herói recente.
Não sei se Mourinho anda a fazer “tudo” para o mandarem embora ao aperceber-se da sua espinhosa missão em Madrid… Se for esse o caso o seu comportamento não é menos reprovável, antes pelo contrário!

Aquilo a que temos vindo a assistir é muito feio. Mourinho, em minha opinião, precisa de parar para pensar, se não quer sair pela porta pequena lateral. Será bom que assuma os seus próprios erros, mas isso ele não faz… A sua exagerada auto estima e a falta de auto controlo das suas emoções, serão apenas dois deles, pois outros comete, que não interessam para aqui agora…
No dia em que o vir pedir desculpa pelos seus comportamento reprovável voltará a ser o meu special one, (porque ele é excelente em muitas coisas) que o futebol precisa.
Até isso acontecer: zerinho para ele!