terça-feira, 15 de novembro de 2011

D. Justiça

Enquanto a Ministra da Justiça, o Bastonário da Ordem dos Advogados e os Meritíssimos Juízes se “divertem” em acusações mútuas e troca de mimos de muito mau gosto (às vezes), Portugal continua como dantes, isto é, a (des)esperar que a Justiça funcione em tempo útil e que seja justa…
O cidadão comum, não especialista em leis e questões de direito, não compreende este “desacato” permanente, na praça pública, entre os principais intervenientes na administração da Justiça.
Se perdurar esta confusão reinante há vários anos, não haverá falta de trabalho para os gabinetes de advogados…Estarão também “justificados” os elevados gastos e salários dos Tribunais e a sua fraca produtividade…, mas isso só ajudará à ruína que paira sobre o nosso horizonte!
Entre nós, são muitos os que se queixam da (in)Justiça!
Se não fossem os radares e os soldados da GNR, da PSP e da Polícia Municipal a “zelar”pelo pagamento de multas de velocidade, de minutinhos de atraso a meter a moeda no parcómetro e de esquecimento do cinto de segurança, quase nem se dava conta que vivemos num Estado de Direito, onde as Leis se aplicam e são cumpridas!
Não me parece que seja (ainda) desta vez que o nosso sistema judicial vai ganhar credibilidade interna e externa e ajudar a resolver os graves problemas com que nos debatemos…
Em Portugal há corrupção, mas não há corruptos; há roubos, mas não há ladrões; há crime mas não há criminosos… há de tudo, menos Justiça!
Deliberadamente ou não, os processos amontoam-se! Demora-se uma eternidade, que faz prescrever uma parte deles e tira todo o sentido a muitos outros.
Os magistrados são assim uma espécie de principezinhos sindicalizados, com “salvaguardas” à medida… Quando vestem a meritíssima veste, nem sempre ficam bem na fotografia…
Muitos advogados limitam-se a encontrar “pintelhos” processuais (para citar o Dr. Catroga, de má memória) que permitam lavar “as faltas” dos seus clientes.
A Senhora Ministra da Justiça parece-me mais apostada no “verniz” e no “markting” do que em tomar decisões.
Assim, obviamente, não vamos lá!


PS- Por favor, senhores pinóquios do governo: Se for preciso comprar mais uns “topo de gama” para os “chefões”da Justiça, não se acanhem! Lancem um “desconto” (para não ser imposto) de 5 euros a cada cidadão (menos aos ricos, coitados!) para pagamento dos mesmos. Somos macambúzios, mas não somos forretas, nem capazes de ver sofrer quem nos fofofofaz “bem”!

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