segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sua Excelência, Dona Despesa…

Dona Despesa, personagem misteriosa, que ninguém conhece muito bem, tão badalada há uns meses por ser uma “senhora “de mau porte, condenada a cativeiro perpétuo pelo senhor Primeiro -Ministro e pelo senhor Ministro dos Impostos, foi absolvida pelo séquito governamental, passando a regime de prisão domiciliária, com fortes perspectivas de ser posta em liberdade, muito em breve.
Ao que consta, Dona Despesa já está a rechear o guarda-roupa para se voltar a apresentar faustosa e imponente, pois o despesismo, o compadrio, a negligência, a incompetência, o tráfego de influências (entre outros mimos) de que a acusavam, não eram mais, pelo que hoje se comprova na sociedade portuguesa, do que brejeiras intentonas ao Estado democrático.
Os pequenos arranhões de que foi vítima vão certamente ser pagos a preço de ouro, porque D. Despesa não brinca em serviço e gosta de ser tratada com respeito e carinho. Consta que a compreensão e absolvição dos seus “crimes” pelo senhor Ministro dos Impostos foram decisivas para que deixasse de ser inimigo público e passasse a ser aliada, pelos relevantes serviços que presta ao Ministério do Desemprego. Os mui competentes e qualificados “quadros” e outros especialistas anil laranja, têm que estar activos, ao serviço do Reino…Para a salvar o bom nome de D. Despesa o nosso ( des)Governo foi muito para além da Troika (como orgulhosamente afirma)e está determinado a não ficar por aqui no que respeita a sacrifícios, a exigir a quem trabalha.
Para não acabar com as mordomias de D. Despesa , D. Passos passou a falar em outras questões “cruciais”para o País, como seja a necessidade de fazer mais com menos dinheiro, poupar… ao mesmo tempo que, com hábeis verborreias, prepara ”gentios” para a vinda de mais impostos. Os institutos, as (a)fundações, os especialistas, os grupos de análise, as comissões, os popós, os assessores dos assessores, as secretárias das secretárias continuam a ser “esteios” fundamentais da nossa sociedade democrática.
Caminha-se agora num outro sentido: a casa de Dona Cortes. Fazem-se Cortes na Saúde, na Educação, na Segurança social, nos Salários, nas Pensões… isto é, nos direitos que pensávamos adquiridos, quando o considerávamos o Estado uma “pessoa de bem”.
Medidas estruturais contra o regabofe do despesismo: “zerinho”! Por mais que trabalhem e produzam os Portugueses, com esta dívida e estes luxos vão ter que sucumbir! Se tudo continuar na mesma, o pior está para vir!

2 comentários:

  1. Gostei de ler estas Donas Verdades no seu post.
    Quem terá coragem de afoitar a dona Cortes nesses "esteios" que têm sido intocáveis!

    Cumprimentos
    maria guida

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  2. Caro Sr. Celso Neto.
    Gostei do seu texto e publiquei-o no meu blogue,as minhas desculpas.
    www.olimpiofernandes.blogue spot. Abraço
    Olimpio fernandes

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