sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sarkozydo…

Mais um político de peso e respeito, o 23º Presidente da República Francesa, Nicolas Sarkozy se vê envolvido num escândalo que envolve milho sem espiga… O Eliseu apressou-se a desmentir a “intentona”, dizendo tratar-se de acusações "infundadas, mentirosas e escandalosas", mas segundo rezam os cronistas Sarkozy teria recebido dinheiro da milionária Liliane Bettencourt, como financiamento oculto para uma campanha eleitoral antes de ser eleito Presidente, em 2007.
Verdade ou mentira, da fama já ninguém o livra, esperando-se que o tempo e a Justiça esclareçam este caso, para bem da Democracia que, coitadinha é tal mal tratada por muitos em quem, erradamente, acreditámos.
Parece não haver famoso sem mancha de pecado! Em quem podemos ainda acreditar? (vá lá responda depressinha)
A necessidade de os políticos de topo terem que promover campanhas gigantescas para poderem ser eleitos leva a estas “situações”, que são simultaneamente manifestações da “doidice” humana que acredita mais no “folclore eleitoral” do que nos princípios e ideias dos candidatos. Mesmo com a máquina partidária a todo o gás, os candidatos não dispensam “triturar” milhões, venham eles donde vierem… ( e neste aspecto creio não haver grandes diferenças entre comunistas, socialistas, sociais democratas, democratas cristãos, trabalhistas, conservadores e outros odores!)
Quando se zangam as comadres lá vem a lume um escândalo, mesmo sabendo todos nós que a contabilidade eleitoral é uma espécie de papel higiénico depois de utilizado… São e serão sempre muitos, os que à socapa ajudam” o seu ou todos os candidatos, na mira de um posterior “merecido reconhecimento”.
Um dos males do dinheiro é ser surdo e mudo e mesmo que saltem à vista avultados gastos que os orçamentos não contemplam, todos são cúmplices no fingimento que as contas estão certas. O poder dos eleitos encarrega-se de evitar que alguém dê com a língua nos dentes e o regabofe continua… porque não é difícil descredibilizar os “arrependidos” na opinião pública e poucos se atrevem a responsabilizá-los, para não agitar as águas !
“Negócio” em que todas as partes envolvidas beneficiam é garantia de segredo e êxito
Agora foi Sarkozy o escolhido para ser kozido, pelos vistos por alguém muito descontente com ele, amanhã será outro qualquer, mas tudo continuará a ser como dantes, porque o mundo é dos farsantes! Quem atirar a 1ª pedra, cuide que ela não lhe caia na cabeça!
Parecem-me imorais e desnecessários os sumptuosos gastos em campanhas eleitorais, mas se o Povo gosta, quem sou eu para questionar tal prática corrente? Com honrosas e comprovadoras excepções, cada um tem aquilo que merece… e os franceses, tal como nós, não merecem muito!

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