Algures numa reserva de Índios, no Reino dos Feiticeiros, era dia de Juramentos… Paxus, o grande chefe, ornamentado com vestes de seda barata laranja, permanecia sentado e pensativo, no trono das decisões. Ao seu lado estava Portus, vestido com uma túnica azul, a imitar seda. Estava também com ar meditativo, mas de vez em quando soltava um risinho cínico para a “plateia”, onde se podiam ver algumas destacadas figuras da tribo.
À hora anunciada entraram no recinto Xezarius e Macedus, aprendizes de feiticeiro, que foram sentar-se no banco dos julgamentos a trocar olhares cúmplices de embaraço, provavelmente provocados pelas últimas novidades vindas a lume, muito comprometedoras do seu bom porte…
Com algum atraso, chegaram o ministro dos impostos e o ministro das falências, lá do sítio, para os apadrinharem e testemunharem o seu juramento…
Chegado o momento próprio, com ar muito virgem, o grande chefe perguntou: Renunciais a Satanás? E a todas as suas obras? E a todas as suas seduções?
Com ar cândido e envergonhado os dois futuros feiticeiros” responderam, em simultâneo: Renunciamos!
Paxus insiste. Renunciais ao subsídio de residência, a que teríeis direito se morásseis a mais de 100Km de Lisboa?
Os dois responderam: Renunciamos!
Porque fizestes semelhante tal, meus fiéis súbditos?
Cabisbaixos, Xezarius e Macedus não tugiram nem mugiram.
Passados instantes Paxus retomou a palavra para dizer: Compreendo e aceito o vosso silêncio… Deus vos cubra com o seu manto de perdão! Por mim estais perdoados, porque eu conheço a tentação do dinheiro e sei que estais arrependidos pela mentira que agora quereis transformar em verdade. Nunca desanimeis! Ide em frente na difícil cruzada contra quem trabalha! Ajudai-me a sugar-lhe o tutano em nome da TROIKA, do FMI e do BCE.
Seguiu-se um silêncio sepulcral de alguns segundos, interrompido pelo ministro dos impostos para dizer: Tendes que repor o dinheirinho recebido!
Ambos responderam: Assim faremos, com o que estava para vir e com o que já recebemos!
O ministro das falências exclamou de seguida: Esse dinheiro é para os empresários!
Certamente, retorquiram… Não voltaremos a ser falsários!
Em seguida Paxus perguntou: Como pudestes aspirar a tamanha benesse?
Oh… grande chefe: Nunca esperámos que isto se soubesse!
Alguns índios da plateia, incomodados com a resposta, esfregaram os rabinhos nos bancos mas tudo se manteve caladinho perante o olhar ameaçador de Paxus, que em alta voz anunciou:
Declaro-vos nobres feiticeiros!
Repitam comigo:
Prometemos não voltar a mentir… e juramos cumprir o nosso dever…de extorquir ao Povo o que puder ser! (e assim fizeram!)
Só me ocorre um adjectivo: Pulhas!
À hora anunciada entraram no recinto Xezarius e Macedus, aprendizes de feiticeiro, que foram sentar-se no banco dos julgamentos a trocar olhares cúmplices de embaraço, provavelmente provocados pelas últimas novidades vindas a lume, muito comprometedoras do seu bom porte…
Com algum atraso, chegaram o ministro dos impostos e o ministro das falências, lá do sítio, para os apadrinharem e testemunharem o seu juramento…
Chegado o momento próprio, com ar muito virgem, o grande chefe perguntou: Renunciais a Satanás? E a todas as suas obras? E a todas as suas seduções?
Com ar cândido e envergonhado os dois futuros feiticeiros” responderam, em simultâneo: Renunciamos!
Paxus insiste. Renunciais ao subsídio de residência, a que teríeis direito se morásseis a mais de 100Km de Lisboa?
Os dois responderam: Renunciamos!
Porque fizestes semelhante tal, meus fiéis súbditos?
Cabisbaixos, Xezarius e Macedus não tugiram nem mugiram.
Passados instantes Paxus retomou a palavra para dizer: Compreendo e aceito o vosso silêncio… Deus vos cubra com o seu manto de perdão! Por mim estais perdoados, porque eu conheço a tentação do dinheiro e sei que estais arrependidos pela mentira que agora quereis transformar em verdade. Nunca desanimeis! Ide em frente na difícil cruzada contra quem trabalha! Ajudai-me a sugar-lhe o tutano em nome da TROIKA, do FMI e do BCE.
Seguiu-se um silêncio sepulcral de alguns segundos, interrompido pelo ministro dos impostos para dizer: Tendes que repor o dinheirinho recebido!
Ambos responderam: Assim faremos, com o que estava para vir e com o que já recebemos!
O ministro das falências exclamou de seguida: Esse dinheiro é para os empresários!
Certamente, retorquiram… Não voltaremos a ser falsários!
Em seguida Paxus perguntou: Como pudestes aspirar a tamanha benesse?
Oh… grande chefe: Nunca esperámos que isto se soubesse!
Alguns índios da plateia, incomodados com a resposta, esfregaram os rabinhos nos bancos mas tudo se manteve caladinho perante o olhar ameaçador de Paxus, que em alta voz anunciou:
Declaro-vos nobres feiticeiros!
Repitam comigo:
Prometemos não voltar a mentir… e juramos cumprir o nosso dever…de extorquir ao Povo o que puder ser! (e assim fizeram!)
Só me ocorre um adjectivo: Pulhas!
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