Andamos há não sei quanto tempo a “disfarçar”(à espera da altura própria para anunciar o aumento dos impostos, para muitos inevitável). Algumas afirmações irreflectidas dos nossos políticos no calor das campanhas eleitorais e a hipocrisia partidária, (tanto do partido do governo como das oposições) que tem caracterizado a nossa (já nem tanto assim) jovem Democracia, dificultam muito a nobre arte política de governar, com os prejuízos que se conhecem para os Portugueses que, geralmente, têm que contentar-se em ser a “cauda” de quase tudo o que é bom! (com honrosas excepções que se registam, mas que ocorrem com pouca frequência para quem, como eu, considera Portugal um País de sonho, generoso e hospitaleiro, em que merece a pena investir)
Sinceramente devo ser daqueles poucos portugueses que não se apercebeu da “baixa de preços” quando o IVA desceu um ponto percentual. Não discuto, porque não sei, a sua importância em termos de Economia, mas para a minha economia representou zero (e como devem concordar, essa também me interessa, porque, como diz um amigo meu, estamos fartos de Economia saudável e o povo com os bolsos vazios! O que eu sei é que a subida de impostos só por si nada resolve se o Estado continuar a esbanjar, se os corruptos continuarem a engordar e se os políticos continuarem a pensar que os sacrifícios são apenas para os “cidadãos comuns” (dos quais dizem fazer parte, mas donde se auto excluem).
Acho muito bem que se aumente tudo aquilo que é pago pelos portugueses na exacta medida dos seus rendimentos e da sua riqueza, mas se tivermos que continuar a assistir “a poucas vergonhas” (judiciais, parlamentares, governativas, especulativas, desumanas, etc., etc.,mais vale que estejamos quedos, porque, assim, não há salvação possível.
Se a “população ministerial e de serviços” continuar a ser exagerada e a gastar à grande, se as parcerias público/privadas continuarem a ser para enterrar o Estado e salvar os “espertalhões; se as grandes obras públicas continuarem a ser concluídas com custos escandalosamente acima dos valores de adjudicação; se continuarem as “encomendas” de prestação de serviços (com custos que são muito superiores ao ordenado dos funcionários públicos que mandais embora ou deixais de admitir); se for para comprar submarinos, bombardeiros e contra bombardeiros e outros”adereços” sofisticados de guerra; se for para “alimentar vaidades e matar saudades “se…se…se…se…se …se…se…se…se…e se as prisões continuarem a ser apenas para os pobres; permitam-me que lhes peça, senhores políticos, que assumam a vossa incompetência e regressem “às lides” que tinham antes de serem políticos, (sem subsídios de reintegração) mesmo tendo todos nós de suportar os subsídios de desemprego (que, penso eu, são muito inferiores ao que muitos de vocês desbaratam.
Que se apresente essa Nobre Dama, Sua Alteza, A SUBIDA DE IMPOSTOS (que a tantos pruridos obrigou). Que venha o mais elegante possível, bem vestida e sem maquilhagem. Que não traga sapatos altos, porque é difícil caminhar num país com tantos buracos!
Pessoalmente recebê-la-ei o melhor que souber, mesmo sendo praticamente analfabeto em Economia e Finanças, complicadas ciências onde tantos “experts” não conseguem ir além do papel de parolos e nos meteram nestas andanças e se abotoam com as nossas poupanças!
Quem fala (escreve) assim, não é gago!
ResponderEliminarEstas recentes medidas, aparentam serem adequadas .... a ver vamos.
Para já, e em relação às mesmas, fico um pouco de pé atrás.... é que na prática, há os tais escalões de IRS, mas a dúvida que tenho, é: será que aquela malta toda (a tal nata....) declara aquilo que recebe? E no declarar, está muita diferença ....