No passado dia 1 de Maio (eu,em sinal de protesto contra o trabalho que não permite enriquecer em contraste com a especulação bolsista que rende que se farta e permite construir impérios financeiros) meti-me no meu “dois cavalos” e juntei-me a cerca de uma centena de “bi cavalistas”, num passeio organizado pelo Clube de Mangualde, cuja actividade aqui se enaltece.
O destino escolhido foi o concelho de Resende, onde almoçámos e visitámos diversos locais dos quais destaco o Museu Municipal, as Igrejas Românicas de Santa Maria de Cárquere, Barrô e S. Martinho de Mouros. As Caldas de Aregos foram outro local visitado, antes de nos dirigirmos para a Régua, onde saboreámos o farnel que levámos. Regressámos a casa sãos e salvos, com o sentimento de que havia sido um dia bem passado e que vale a pena visitar Resende. (Parabéns à Organização do passeio, apesar de pequenos senãos que sempre acontecem nestas coisas).
Falando de Resende, (um dos motivos desta pequena crónica), sem querer desvalorizar o trabalho de muitas pessoas, permito-me destacar a acção do actual presidente da Câmara, Engº António Borges, cujo empenho e competência política e técnica provocaram nos últimos anos uma “reviravolta” no concelho. Resende é hoje uma boa mostra do poder local, daquilo que ele pode fazer pelo bem-estar das populações. Quem conheceu o concelho de Resende há uns anos e o visita agora, facilmente verifica que a algum imobilismo da actividade municipal sucedeu o progresso e a modernidade, a pulsar em vários locais do concelho, com destaque para a sua sede.
Resende é um símbolo de organização e iniciativa, requisitos necessários para que a auto-estima dos seus habitantes se mantenha alta e para que as pessoas que visitam o concelho fiquem motivadas a voltar. A disponibilidade e simpatia das suas gentes assentam como uma luva no coração dos visitantes. Estão de parabéns todos os Resendenses (?), muito particularmente aqueles que diariamente promovem e concretizam o desenvolvimento.
Mas… este esforço local em prol do desenvolvimento e da qualidade de vida da população está seriamente prejudicado pela qualidade dos acessos, que em nada correspondem ao esforço autárquico feito. É lamentável que o poder central, em termos de vias de comunicação dê prioridade absoluta aos grandes centros para onde as populações do interior são obrigadas a fugir, com todos os problemas que a sua fixação aí levanta, mas que servem perfeitamente os interesses especulativos de alguns. Poder-se-á argumentar que a A24 é a negação do que disse anteriormente (e eu em parte concordo) mas falta muito para que as vias de comunicação, que dela podem derivar, tornem Resende (e outros concelhos) um local com acessibilidades minimamente satisfatórias, promotoras da fixação de pessoas e empresas. (Convém não esquecer que a vida também é feita de PEQUENAS coisas… e não apenas de grandes obras)
Um aspecto pelo qual já não culpo tanto o poder central é a total ausência de sinalização na A24 a indicar Resende. Neste particular, se o Engº Borges me permite, com todo o carinho de fã da sua obra como presidente da Câmara, direi que tem andado distraído. Que bem lá pareciam umas plaquinhas a indicar as saídas para Resende, e, se os senhores das Estradas de Portugal permitirem, entre parêntesis :“ em permanente luta pelo desenvolvimento”.
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