segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tudo bem, obrigado!?


O rápido e (para mim) esperado desfecho da crise interna do PS, confesso que me agradou, mas ficou longe de me deixar tranquilo, no respeitante à necessidade de o PS se afirmar como um partido forte, donde resulte um Governo capaz e competente, que substitua estes “tarefeiros” do capital especulador.
Quando ouço falar os “intervenientes” cheira-me logo a hipocrisia e fico com a sensação que a “contenda” está longe do seu desfecho, porque não tenho conhecimento que haja paz em qualquer capoeira onde vivam raposas. Raposas e aves podem “conviver”, mas em compartimentos separados! Tudo misturado, com as raposas a deitarem a cabeça de fora, para verem se o vento não lhes corre de feição, é impossível.
Para velhas raposas só há um lugar no PS: na prateleira! (como fez Passos Coelho, que abomino, mas neste particular, elogio).
Basta olhar para o que se passou no interior do PSD e do PS nas últimas duas décadas, para ver que, relativamente às guerras de baronetes, as realidades são idênticas e delas não tem resultado nenhum bem para os Portugueses, à exceção de uns quantos que, em jogadas de bastidores, de poder e contra poder, veem as contas bancárias subir vertiginosamente…

Tenho cá para mim que nas elites políticas se escondem finórios corruptos que são o elo de ligação às elites financeiras de igual calibre, que se “divertem” a especular e a infernizar a vida dos Portugueses. Obviamente que não sei quem são, nem o que fazem, mas de uma coisa estou certo: - Não há corrupção sem corruptos e se são as elites políticas que fazem e aplicam as Leis, têm que albergar corruptos, pois como é reconhecido internacionalmente, em Portugal a corrupção é preocupante!
E onde começa essa corrupção? Precisamente nos Partidos, nesses jogos de poder e contra poder que obriga, de vez em quando, à contagem de “espingardas” para ver se é possível o “domínio das hostes” que permita chegar ao Governo, onde os eleitos ou os nomeados não são cidadãos livres, mas simples reféns. Este tráfego de influências ao mais alto nível está a minar a nossa sociedade e não tardará que liquide os nossos valores e princípios humanistas.
Ou os Partidos, particularmente o PS, se desamarram deste cerco, livrando-se dos oportunistas que gravitam na sua “auréola” ou acabarão por ser vítimas da sua “desgovernada pluralidade”.
Para fazer parte da elite política não basta ter sido Jota, falar bem, gritar alto ou ser “lambe botas”… É preciso competência e honestidade!
Não vejo que algo esteja a ser feito no PS para eliminar este “cancro” e é por isso que não estou confiante e muito menos… tranquilo!
Acho que o PS não vai resistir à autodestruição!
Oxalá esteja errado.


Post Scriptum
Se me permite, José Seguro, traga para a mesa de cabeceira “O Príncipe” de Maquiavel, leia ou releia e esteja atento aos próximos “episódios”.
Lacraus… só há dos maus!
Falam de paz… mas sempre com um pé atrás!


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