sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Preservativamente…

Chamar “mera fixação no preservativo que significa uma banalização da sexualidade” ao que tem sido feito, em todo o mundo, para divulgar e recomendar o seu uso nas relações sexuais que possam envolver ou envolvam risco declarado para os seus autores e insistir na tecla que ”é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias", não passa de uma fuga para a frente de quem, embora sabendo que o uso do preservativo é o único meio eficaz contra a propagação da SIDA e de outras doenças, não quer assumir responsabilidades e reconhecer que tudo o que, a este propósito, a Igreja Católica defendeu, até há dias, é contra a Lei de Deus e contra a Humanidade.
Esta “abertura” do Papa para o uso do preservativo, peca por tardia e está manchada pela hipocrisia de muitos padres, bispos, (cardeais e outros que tais?) que pregavam a abstinência enquanto no segredo e silêncio das sacristias, dos claustros e dos locais de culto, violavam crianças e jovens e se exercitavam em práticas homossexuais.
Sinceramente espero que a admissão do uso de preservativo pelos católicos não seja “um erro de tradução” das palavras de Sua Santidade, porque algumas análises que já ouvi parecem indiciar que os preservativos a que o Papa se referiu têm que estar equipados com um dispositivo anti-prazer e com um detector de amor conjugal (aquele amor que eles tinham pelas crianças?!) para poderem ser utilizados no acto sexual católico.
À sombra da Cruz, foram muitos os que contribuíram (e alguns hão-de tentar continuar a contribuir) para o obscurantismo causador de tantos males, nos quais se inclui o aparecimento de novos casos de doença que provocam desajustamentos familiares e sociais gravíssimos e irreparáveis…
Para reparação dos pecados “vindos a lume ” e recentemente reconhecidos, está na altura da Igreja acrescentar um bom exemplo a outros que tem dado, começando por reconhecer que o Mundo de hoje não é igual ao de há dois mil anos e muito menos ao que o antecedeu. Sinceramente espero que a Igreja seja suficientemente forte para defender os valores intemporais e catequizar aqueles que não querem uma modernidade humanizada.
Esta decisão foi tomada tarde demais, mas como diz o ditado: Mais vale tarde que nunca!
Claro que a velha e caduca ortodoxia para não dar o braço a torcer, “preocupadíssima” com a moral alheia (não com a sua) vai certamente invocar: Atençãoe meuses senhoreses, a autorizaçãoe Papale não incluie sexorale nem anale!

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