sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

AcrobaCIAs

Não consigo perceber a necessidade de se mentir sobre os voos da CIA em território Português. Na altura, José Sócrates e Luís Amado, (like virgins) afirmaram com o ar mais sério deste mundo que nada aconteceu e que tudo não passava de mais uma tentativa de denegrir a (casta) imagem do Governo. Sir Amado disse mesmo que se demitiria no dia seguinte em que fosse provado que ele estava a mentir…
Como sei pouco de política e muito menos de segurança e segredos de Estado não consigo avaliar a importância e a necessidade, ou não, de tal ter acontecido, mas sinceramente fico preocupadíssimo quando vejo altas figuras da Nação mentirem com a mesma naturalidade com que falam verdade e se confessam ao Deus em quem crêem.
Vai sendo tempo de os portugueses deixarem de acreditar que tudo o que dizem os políticos, os jornais, a rádio e as televisões é verdadeiramente verdade verdadinha, mas quando se trata de mentiras para responder a questões relacionadas com direitos humanos, em que nos arvoramos campeões, mentir parece-me arrogantemente mesquinho, de muito mau gosto e que não pode deixar de ser punido, em nome dos mais elementares princípios!
Quem parar para pensar acerca das mentiras com que temos sido brindados nos últimos vinte anos (para não recuar muito no tempo) facilmente verifica que o mundo é dos bem falantes, dos mentirosos, dos falsos, dos ricalhaços velhos e novos (muito piores que os velhos), dos oportunistas e seus lacaios e de alguns sortudos a quem saiu o euromilhões (que não devem ser confundidos com os outros… Acabaram os princípios, a ética foi varrida para o canto, a competência deixou de ser um bem precioso e reconhecido, e, com raríssimas excepções , no sector público o trabalho só estorva a quem quer voar mais alto. Mentir e “esticar a corda” transformou-se na mais eficiente ferramenta política, para desgraça de quem ousa falar verdade!
Quando olho para o actual “naipe” dos nossos políticos distritais e o comparo os “hábeis artistas” que temos que ouvir todos os dias (quantas vezes a mentir?) compreendo melhor o estado em que se encontra o nosso distrito! Pelo pouco que conheço de alguns deles, estou convicto que precisam de aprender muito e depressa, antes que seja tarde demais, com a vinda de uns quaisquer reformadores que decidam retirar o distrito de Viseu do mapa, juntamente com todos os outros, excepto Lisboa, garantidas que estejam as ajudas de custo e outras alcavalas que lhe assegurem a sua prosperidade e as suas idas à grande cidade…
Mais uma vez apelo aos deputados e governantes do Distrito para que se mantenham alerta e façam uso da sua criatividade para, sem mentir, incarnarem a defesa dos nossos interesses e ajudarem a expulsar da cena política os vendilhões do templo.
Basta de mentiras!

Sem comentários:

Enviar um comentário