Confesso que tive alguma dificuldade em encontrar um título para este meu escrito, feito em jeito de desabafo (porque a revolta não cabe dentro de mim).
Optei por escreve-lo em linguagem “macarrónica” para condizer com a qualidade de uma obra de ampliação em altura, erguida no coração do Centro Histórico da Cidade de Viseu. Desconheço quem foi o autor do projecto, mas consigo enxergar que ele só avançou com a aprovação do mui conceituado corpo técnico urbanístico da Câmara Municipal e com o aval do não menos competente e digníssimo poder político, presidido por Fernando Ruas, autarca de mérito e valor, que muito (bom e mau) tem feito pela cidade, mas que com aquele mamarracho borra a escrita todinha, de alto a baixo e para os lados, não se conseguindo compreender como é que caiu nesta patetice .
Ninguém acreditaria que em pleno coração do Centro Histórico alguma vez alguém se atrevesse a edificar uma monstruosidade assim, mas uma coisa é certa: a obra está feita, parece estar segura, não consta que tenha sido clandestina e como tal, em nome do interesse público, alguém tem que explicar como é que aquele aborto ali nasceu.
Viseu já era conhecida como a cidade do “prédio alto da Caixa”, erguido e mantido graças ao poder corporativo que se borrifou e continua a borrifar para a cidade, sempre que isso colida com os seus interesses. Ficou também tristemente famosa pelo arrancamento das lajes graníticas carregadinhas de história, que umas más línguas dizem (mas eu não acredito e o leitor certamente também não) terem ido para paragens estrangeiras a “custo zero”e outras dizem que a autarquia só teve que pagar o transporte…
Admito que a criatividade urbanística que fertilizou o génio dos arquitectos e engenheiros da autarquia em harmonia com a inovação que caracteriza as decisões do poder político tenham parido aquela imbecilidade para a cidade de Viseu andar nas bocas do mundo e atrair visitantes, mas não me parece que essa seja a forma adequada para divulgar a cidade.
Uma outra possível explicação para este atentado ao património e ao bom gosto poderá ser facilitar-nos a vida quando algum forasteiro nos perguntar onde fica a Sé Catedral, o Museu Grão Vasco ou a Igreja da Misericórdia, pois podemos facilmente resolver o problema dizendo que ficam ao lado do Ruas’mamarracho (umas águas furtadas panorâmicas tipo fabbbore) sito na Rua Grão Vasco, nº 12.
Seja qual for a finalidade ou o motivo, o que me parece é que ninguém de bom senso pode admitir uma coisa destas! É dever de todos os visienses lutar pela demolição deste mono.
Para terminar (por hoje) e falando em “linguagem agrícola” direi que estragaram as culturas tradicionais e substituíram-nas pela cultura do milho e, depois da malha, quem ensacou o cereal deixou a eira muito mal varrida.
Optei por escreve-lo em linguagem “macarrónica” para condizer com a qualidade de uma obra de ampliação em altura, erguida no coração do Centro Histórico da Cidade de Viseu. Desconheço quem foi o autor do projecto, mas consigo enxergar que ele só avançou com a aprovação do mui conceituado corpo técnico urbanístico da Câmara Municipal e com o aval do não menos competente e digníssimo poder político, presidido por Fernando Ruas, autarca de mérito e valor, que muito (bom e mau) tem feito pela cidade, mas que com aquele mamarracho borra a escrita todinha, de alto a baixo e para os lados, não se conseguindo compreender como é que caiu nesta patetice .
Ninguém acreditaria que em pleno coração do Centro Histórico alguma vez alguém se atrevesse a edificar uma monstruosidade assim, mas uma coisa é certa: a obra está feita, parece estar segura, não consta que tenha sido clandestina e como tal, em nome do interesse público, alguém tem que explicar como é que aquele aborto ali nasceu.
Viseu já era conhecida como a cidade do “prédio alto da Caixa”, erguido e mantido graças ao poder corporativo que se borrifou e continua a borrifar para a cidade, sempre que isso colida com os seus interesses. Ficou também tristemente famosa pelo arrancamento das lajes graníticas carregadinhas de história, que umas más línguas dizem (mas eu não acredito e o leitor certamente também não) terem ido para paragens estrangeiras a “custo zero”e outras dizem que a autarquia só teve que pagar o transporte…
Admito que a criatividade urbanística que fertilizou o génio dos arquitectos e engenheiros da autarquia em harmonia com a inovação que caracteriza as decisões do poder político tenham parido aquela imbecilidade para a cidade de Viseu andar nas bocas do mundo e atrair visitantes, mas não me parece que essa seja a forma adequada para divulgar a cidade.
Uma outra possível explicação para este atentado ao património e ao bom gosto poderá ser facilitar-nos a vida quando algum forasteiro nos perguntar onde fica a Sé Catedral, o Museu Grão Vasco ou a Igreja da Misericórdia, pois podemos facilmente resolver o problema dizendo que ficam ao lado do Ruas’mamarracho (umas águas furtadas panorâmicas tipo fabbbore) sito na Rua Grão Vasco, nº 12.
Seja qual for a finalidade ou o motivo, o que me parece é que ninguém de bom senso pode admitir uma coisa destas! É dever de todos os visienses lutar pela demolição deste mono.
Para terminar (por hoje) e falando em “linguagem agrícola” direi que estragaram as culturas tradicionais e substituíram-nas pela cultura do milho e, depois da malha, quem ensacou o cereal deixou a eira muito mal varrida.
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