quinta-feira, 17 de junho de 2010

PORTUGAL PAROU… PARA VER JOGAR A (à) PASSO (S)!

Portugal parou colado à televisão para tentar saborear uma vitória da selecção que ajudasse a melhorar a auto estima colectiva e nos fizesse esquecer por algum tempo as patifarias a que temos sido sujeitos nestes últimos tempos pelos políticos e pelos donos do dinheiro ( alguns deles políticos, digo eu)…
A frustração foi total porque aquilo que muitos consideravam “favas contadas” só não se transformou num pesadelo (da derrota) porque das portas do Céu, alguém esteve a vigiar… Portugal jogou a passo, sem chama, sem alma, sem velocidade, sem ambição, confuso, sem fio condutor, devagar devagarinho, prós lados e para trás, sem ritmo…
Bem pode Carlos Queiroz arranjar os argumentos que entender para justificar as suas opções de recrutamento, técnicas e tácticas e esmiuçar cientificamente as causas deste empate com a Costa do Marfim que, para mim, aquilo foi mau de mais para ser verdade e só a ele pode passar pela cabeça que Portugal dominou e merecia ganhar… (aquela história dos “desgraçadinhos” que tiveram que jogar contra a “prótese” do adversário que colocou em risco a sua integridade física, merecia uma tese de doutoramento)
Quem quer ganhar tem que perder o medo de perder e o que eu vi foi uma equipa medrosa, sem confiança, desajeitada, incapaz de construir jogo, falhando demasiado nos passes, incapaz de rematar com um mínimo de perigo… longe de ser uma equipa serena e coesa.
Faço sinceros votos para que esta equipa aprenda com os erros e no próximo jogo se transforme, porque se tal não acontecer podemos fazer as malas…
Num mero raciocínio académico que não pretende ser nenhum exercício intelectual (porque disso me impede alguma senilidade que começo a notar em mim) enquanto ia pasmando de espanto com a (não) exibição da equipa de todos nós, dei comigo a comparar o jogo com a actuação do líder do PSD, quando “liguei “ jogar a passo com o apelido Passos (também Coelho, que até tem a ver com veloz e que gosta de roer a erva, que é como quem diz, “comer a relva”)
A Selecção jogou a passo, em que o medo de perder suplantou a vontade de ganhar. Passos Coelho disfarça jogar ao ataque, mas a falta de coragem e o medo de governar, impedem-no de apresentar alternativas…
A Selecção jogou sem chama e sem alma, sempre com um pé no medo e outro na glória, incapaz de construir jogadas que abanassem a equipa contrária. Passos Coelho mantém um pé nas políticas do Governo e outro na Oposição, incapaz de fazer o que quer que seja, que “abane” a crise em que estamos mergulhados.
A Selecção jogou devagar devagarinho, para os lados e para trás. Passos Coelho, a passo de caracol, assobia para o lado a dizer que é líder do maior partido da oposição e refugia-se atrás do passado, para justificar a sua falta de coragem para assumir o presente e o futuro.
Alguns elementos da Selecção referiram a sorte, o árbitro e a FIFA (e não a equipa), como culpados pelo que aconteceu. Passos Coelho culpa o Governo por tudo o que de mal aconteceu e partilha com o PS algumas medidas, em nome de um patriotismo que se assemelha à falta de “chama” da selecção.
Para “desvalorizar” as fragilidades os porta-vozes da Selecção tentam fazer passar uma imagem de força e coesão da equipa. Passos Coelho tenta fazer passar a imagem de um PSD unido em torno do seu líder para disfarçar o “ninho de víboras” que hibernam no Partido, à espreita da hora de atacar. (que os portugueses conhecem bem).
A Selecção “rasgou” o favoritismo que lhe era atribuído, por falta de coragem de o assumir. Passos Coelho rasgou o compromisso eleitoral (como já outros o fizeram, é verdade!), mas pelo simples motivo de ter medo de ter que governar Portugal.
Depois deste jogo “A PASSO” e “ À PASSOS” a passagem à fase seguinte complicou-se… A política (com Passos) está mais empobrecida.
O seleccionador pôs o Deco, que gosta de jogar no centro, a jogar na direita e saiu mal. Passos quer pôr a “direita a jogar no centro” e é o que se vê!
Portugal é que paga! Louvado sejais, Senhor!

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