segunda-feira, 21 de junho de 2010

Adeus Saramago...

Saramago foi-se! Confesso que não me sinto muito avalizado para falar dele e da sua obra. Neste breve texto quero, essencialmente, verter que louvo e me vergo à importância da sua obra para a cultura portuguesa e, consequentemente para todos nós portugueses.
O facto de ter sido o único Português a ganhar um prémio Nobel da Literatura, obriga a que o consideremos um grande vulto da nossa cultura, que por razões óbvias, temos que estimar e respeitar, gostemos ou não da sua obra, da cor dos seus olhos ou da sua opção política...
O Estado Português, mesmo tratando-se de um “Comunista” que muitos eleitos e nomeados detestam, tem obrigações a que os seus representantes não podem virar as costas, sob pena de ser lícito pensar que o 25 de Abril já chegou, mas ainda não se instalou na cabeça de muito boa gente, com responsabilidade máxima.
O talento de Saramago, com base no que diz o “mundo” culto e civilizado acerca dele, é algo inquestionável. A grandeza da sua obra literária, também. O seu contributo para a divulgação e prestígio da Cultura Portuguesa é ímpar…
O comportamento de António Sousa Lara, em tempos de má memória, então sub-secretário de Estado da Cultura, já não era para mim, mais do que uma manifestação da sua tacanhez mesquinha e estava praticamente esquecido, porque, como sempre se disse “ vozes de burro não chegam ao Céu”.
O que eu não imaginava era que, na altura da sua morte, depois de ter feito o que fez pela Cultura Portuguesa, os Presidentes da República e da Assembleia da República se iam descartar da sua “obrigação” de estar presentes no seu funeral.
Sinto-me triste e envergonhado com estes nossos representantes! Gente assim, tem que escolher outra ocupação!
Espero que, pelo menos, se curvem perante a sua memória, que nunca pode ser confundida com a de “vulgares tecnocratas”.

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