José Sócrates foi apupado em Faro à chegada à cerimónia das comemorações do Dia de Portugal.
Pertenço àquele reduzido número de portugueses que considera que as Forças Armadas, da forma como estão estruturadas, são uma “sanguessuga” dos nossos bolsos. Não concordo que se marche contra os canhões e acho que o Dia de Portugal devia estar muito acima daquela “militarice” toda. Mexem comigo algumas condecorações e indultos. Mas… uma coisa não posso deixar passar em claro: um momento daqueles não pode ser aproveitado para “cenas”que comprometem a solenidade da cerimónia e dão uma imagem pouco abonatória do nosso país (que não pode ser confundido com umas dezenas de arruaceiros).
José Sócrates, que critico bastante e de quem não sou grande admirador, pelo seu manifesto desrespeito pelos mais fracos (que quando votei nele, pensava que iria defender) fez e continua a fazer muitas coisas de que discordo completamente, mas esse facto não pode ser combatido em cerimónias solenes, que pretendem (não sei se o conseguem) que não esqueçamos a nossa memória colectiva e nos afirmemos perante o mundo (parte do qual nos está a ver).
Reconheço e admiro a resistência física e psicológica de José Sócrates bem como o seu esforço de fazer passar uma imagem de Portugal, alicerçada num optimismo nem sempre justificado e sensato. Com os seus defeitos e virtudes acho que não pode comparado com Passos Coelho ou Paulo Portas (catástrofes nacionais) e penso que se tivesse governado no tempo e no lugar de Cavaco Silva, Portugal hoje seria diferente, para melhor.
Muitos portugueses têm mil razões para não gostar de José Sócrates. Alguns, com quem falo, estão a descobrir, aos poucos, que o novo líder do PSD não tem arcaboiço para ser alternativa, porque lhe falta em coragem aquilo que lhe sobra em demagogia, ao querer estar com um pé no poder e outro na oposição. Outros não conseguem perdoar-lhe o que fez e pensam que um Governo do PSD ou do PSD/CDS será melhor… Outros defendem um governo de unidade da esquerda, mesmo sabendo que isso não vai ser possível enquanto reinar a mentalidade dos actuais líderes partidários. Há quem acredite em Paulo Portas (este facto merecia um estudo sociológico) e até já vi pobres a “pedir um Salazar”…Há quem considere (nos quais me incluo) que o PS precisa de um “safanão” renovar-se, deixar de assobiar para o lado, combater a corrupção e a injustiça social, através de medidas que a todos responsabilizem e valorizem o trabalho…
Todos nós temos (ou devíamos ter) uma “visão” para o país e criticar sem medo o que consideramos errado, mas há que saber estar e não escolher a Cerimónia do Dia de Portugal para apupar o primeiro-ministro, seja ele quem for, gostemos ou não dele e das suas políticas.
Em Democracia não faltam oportunidades, formas e lugares para manifestar o nosso descontentamento. Como o fizeram os “canalhas” em Faro, nunca!
Pertenço àquele reduzido número de portugueses que considera que as Forças Armadas, da forma como estão estruturadas, são uma “sanguessuga” dos nossos bolsos. Não concordo que se marche contra os canhões e acho que o Dia de Portugal devia estar muito acima daquela “militarice” toda. Mexem comigo algumas condecorações e indultos. Mas… uma coisa não posso deixar passar em claro: um momento daqueles não pode ser aproveitado para “cenas”que comprometem a solenidade da cerimónia e dão uma imagem pouco abonatória do nosso país (que não pode ser confundido com umas dezenas de arruaceiros).
José Sócrates, que critico bastante e de quem não sou grande admirador, pelo seu manifesto desrespeito pelos mais fracos (que quando votei nele, pensava que iria defender) fez e continua a fazer muitas coisas de que discordo completamente, mas esse facto não pode ser combatido em cerimónias solenes, que pretendem (não sei se o conseguem) que não esqueçamos a nossa memória colectiva e nos afirmemos perante o mundo (parte do qual nos está a ver).
Reconheço e admiro a resistência física e psicológica de José Sócrates bem como o seu esforço de fazer passar uma imagem de Portugal, alicerçada num optimismo nem sempre justificado e sensato. Com os seus defeitos e virtudes acho que não pode comparado com Passos Coelho ou Paulo Portas (catástrofes nacionais) e penso que se tivesse governado no tempo e no lugar de Cavaco Silva, Portugal hoje seria diferente, para melhor.
Muitos portugueses têm mil razões para não gostar de José Sócrates. Alguns, com quem falo, estão a descobrir, aos poucos, que o novo líder do PSD não tem arcaboiço para ser alternativa, porque lhe falta em coragem aquilo que lhe sobra em demagogia, ao querer estar com um pé no poder e outro na oposição. Outros não conseguem perdoar-lhe o que fez e pensam que um Governo do PSD ou do PSD/CDS será melhor… Outros defendem um governo de unidade da esquerda, mesmo sabendo que isso não vai ser possível enquanto reinar a mentalidade dos actuais líderes partidários. Há quem acredite em Paulo Portas (este facto merecia um estudo sociológico) e até já vi pobres a “pedir um Salazar”…Há quem considere (nos quais me incluo) que o PS precisa de um “safanão” renovar-se, deixar de assobiar para o lado, combater a corrupção e a injustiça social, através de medidas que a todos responsabilizem e valorizem o trabalho…
Todos nós temos (ou devíamos ter) uma “visão” para o país e criticar sem medo o que consideramos errado, mas há que saber estar e não escolher a Cerimónia do Dia de Portugal para apupar o primeiro-ministro, seja ele quem for, gostemos ou não dele e das suas políticas.
Em Democracia não faltam oportunidades, formas e lugares para manifestar o nosso descontentamento. Como o fizeram os “canalhas” em Faro, nunca!
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