domingo, 14 de outubro de 2018

NO REINO DA FALCATRUA


NO REINO DA FALCATRUA
Por Celso Neto

Não tenho conhecimento de alguma entidade ou instituição que tenha resistido a uma “averiguação” detalhada. Está na massa do sangue português uma espécie de “vírus” que impede que os altos responsáveis de serem sérios, resistindo, a toda e qualquer tentação, de converter (também) em seu benefício, os êxitos do seu desempenho…
É lamentável que políticos e gestores ao mais ato nível se envolvam em negociatas de toda a espécie, numa vergonhosa cumplicidade entre o mundo dos negócios e a política, de que resulta o recrutamento de políticos de alta craveira para gestores empresariais ou o infame favorecimento de empresas no acesso aos dinheiros púbicos.
Somos um País declaradamente corrupto numa transversalidade que engloba políticos, magistrados, forças da ordem, empresários, forças armadas, ministérios, etc., etc., etc.
Só está “imaculado” quem nunca foi investigado nesta dança de troca de favores, de dinheiros e não só!
Muita coisa permanece opaca na nossa (já não tão) jovem Democracia, mas não vejo ninguém
muito preocupado com isso.
Um problema muito sério é que isto passa-se a todos os níveis da sociedade, pois se um pobre encontrar um miserável, só não o engana se não puder…
 É a lei (democrática?) do mais forte, sempre disposto a explorar a fragilidade alheia, encapotada por algo designado “negócio”!
 É caso para dizer que a nossa Democracia pode ser caricaturada como uma reunião em que dois lobos e uma ovelha se sentam à mesma mesa para debater como se vão alimentar ao jantar…
Ditosa Pátria que tais filhos (dp) tem!

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