segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

NOSSA SENHORA DOS ASSÉDIOS

NOSSA SENHORA DOS ASSÉDIOS
Por Celso Neto

Mostrai-nos os bons caminhos
Protegei-nos do assédio que nos causam os “peitinhos”
E dos mamilos empinados, sem mais nada
Por debaixo da camisola molhada!
Ajuda-nos a analisar aquele decote estudado
Para mostrar as maminhas, mas só de lado!

Rogai por nós em qualquer lugar
“Castigai-nos” com as malícias de um longo olhar
Permiti que os lábios frescos e sensuais
Se movimentam, se entreabram… e coisas mais!
Ensina-nos a lidar com os rabinhos torneados na perfeição
Que são flechas apontadas ao nosso coração
Protegei a beleza, a elegância e o porte
Daquelas mulheres “de morte”
Que nos poem a cabeça num turbilhão
E que “só olhar para elas” nos provoca uma ereção!

Fazei com que os corpinhos esbeltos com tudo no lugar
Nos continuem a “massacrar”
Mesmo se as sereias desnudadas sobre as rochas
Tiverem que “vestir” umas galochas…
Permiti que nos dias em que não há vendaval
Possamos ver muito “fio dental”
Só coberto com uma tirinha de pano
Mesmo nos dias frios do ano!

Ajudai-nos a compreender aquele olhar penetrante
Aquele remexer no cabelo provocante!
Permiti que ouçamos a linguagem picante quanto baste
Sem que a líbido de nós se afaste!
Deixai-nos respirar os odores e o perfume
Que transformam o desejo em lume!
Brindai-nos com o cruzar de pernas elegante e atrevido
Que as põe ao leu e o “resto” escondido!

Protegei quem nos abraça e se “aparafusa”
E nos segreda que o beijo já não se usa
Quem nos aperta a mão quase até ferir
E quem nos põe os neurónios a bulir…
Esclarece-nos sobre as donzelas que falam de sexo a toda a hora
Devemos “explorar” ou virar costas e ir embora?
O que havemos de fazer com as que não usam roupa interior
E se espreguiçam e afastam as “caminhantes” cheias de calor?
E com as que convidam para um jantarinho
E depois aparecem só com um “trapinho”?
E com as que nos tocam muito quando falam para nós

E com as que languidamente nos olham e arrastam a voz?

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