quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

CABRAS SAPADORAS

CABRAS SAPADORAS
Por Celso Neto


Que nome havemos de chamar às cabras, para que elas (tal como os bombeiros, e bem!) não se sintam ofendidas.
Com os ajustes diretos a fazerem cada vez mais parte do nosso quotidiano, talvez fosse bom que esta questão das “cabras sapadoras” fosse objeto de um concurso público, para se escolher um nome adequado para os animais (bodes incluídos), que têm como principal missão evitar catástrofes idênticas às que aconteceram no ano transato.
Confesso que a designação não me arrepia, mas a avaliar pelos testemunhos que tenho lido, de pessoas ligadas aos bombeiros, admito que se possam sentir melindrados.
Eu, que não tenho nenhum tipo de interesses relacionados com madeira, aviões, produtos consumíveis de uso e combate a incêndios, indústria de transformação automóvel e tudo o que se possa imaginar relativamente incêndios florestais, preferia ver os bombeiros a fazer outro tipo de ações, diversas das que hoje fazem e deixar de ver as florestas a arder!
Não me parece impossível separar as zonas florestais das áreas de cultivo e sou de opinião que em algumas zonas, a única coisa boa que se pode fazer é lançar-lhe o fogo, devidamente controlado.
Prefiro mil vezes comer um cabritinho serrano assado do que ouvir as sirenes dos bombeiros a caminho de um incêndio florestal.
Que venham lá as cabras e os bodes! Chamem-lhe o que quiserem.

Com as cabras e os bodes a pastar
E os bombeiros e as bombeiras a apagar
Diga-me lá quem souber

O que é que Jaime Marta Soares quer?

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