É CRIME, DIGO EU…
Por Celso Neto
Qualquer cidadão da Região de Viseu que viaje pelas
autoestradas e IPs “semeados a esmo” pelo País, tem dificuldades em encontrar
nomes suficientemente feios e "educados" que bastem, para chamar aos
excelentíssimos senhores membros do Governo, deste e de todos os que o
antecederam, na nossa história democrática.
É insultuosa a forma como tem sido tratado a sede do
Distrito, no que à sua ligação com Coimbra diz respeito! Muito (também) por
culpa dos dois expoentes máximos, políticos locais (José Junqueiro e Fernando
Ruas, que nunca foram capazes de olhar para além do seu umbigo, nesta questão e
em outras de importante monta). Aproveitando e estimulando este
desentendimento, o poder central foi adiando um conjunto de decisões em prol do
desenvolvimento regional, o que culminou com um aumento considerável da
desertificação (motivada pela falta de investimento de empresas, que tem no IP3
uma das suas principais causas).
Todos estes anos de sofrimento e mortes (minoradas à
custa de medidas que tornam a circulação ainda mais lenta) são uma nódoa negra
que manchará eternamente as caras sem honra nem vergonha de quantos são
responsáveis pela atual situação.
O estado de abandono a que foi votado o IP3 é, para
mim, criminoso, porque para além de boicotar (de má fé) o desenvolvimento (por
comparação com a construção de outras vias injustificáveis), põe seriamente em
causa a segurança de quantos são obrigados a transitar nele, diariamente.
Não conheço os trâmites legais que é necessário
percorrer para fazer uma queixa-crime contra o Estado Português pelo atual
abandono do IP3 e pelos (não) motivos que levaram a que se “semeassem
autoestradas” e nunca se avançou para a construção de uma estrutura decisiva
para a Região, mas estou em crer que não faltariam argumentos que, se se
quisesse, seriam capazes de “alavancar” esta queixa, com sucesso…
Se for preciso alguém para protestar, empunhar
bandeiras e chamar nomes adequados aos poderosos cidadãos dos órgãos de
soberania, contem comigo!
Entretanto, se vos apetecer, cantem comigo:
Quando mandavam os reis do Cavaquistão
A resposta era: - Não!
Quando não mandavam os reis do Cavaquistão
A resposta era: - Blá,blá,blá …mas Não!
Agora, com a geringonça a governar
Apaga-se tudo… pra recomeçar!
Os milhões são precisos no Porto ou em Lisboa
… para caminho de “rebanhos” a estrada está boa!
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