segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Coisitas sem importância...

A bagunça provocada pelos carros mal estacionados nas imediações do Palácio do Gelo em Viseu, nos dias de euforia natalícia e de Fim de Ano (e não só) traz-me à mente a muito provável possibilidade de haver dois pesos e duas medidas para com os condutores que “querem entrar com os carros para dentro” dos estabelecimentos comerciais, consoante se trate de pequeno comércio tradicional ou de grandes superfícies.
Passei, com muitas dificuldades, várias vezes na rua traseira do Palácio do gelo (uma delas ia mesmo batendo num “distraído” que estacionou mal e abriu a porta à papo seco) e nunca lá vi nenhum daqueles “zelosos senhores, eficientíssimos “ sempre presentes quando estacionamos bem e nos dirigimos a um qualquer estabelecimento sem tirar ticket, porque só vamos demorar uns minutinhos, cujo pagamento a máquina não aceita. (Como é possível que, em plena rua, pública e feita para nos servir, nos obriguem a pagar minutos de estacionamento que não vamos utilizar?!) Ao que isto chegou!
Considero que pagar estacionamento nas ruas da (minha) cidade é um abuso de poder, mas como o dinheiro reverte numa parte considerável para os bolsos de beneméritos tipo Belmiro e outros, aceito pagar (com muitas dores de estômago) pelos mui altos fins a que o dinheiro se destina…, mas parece-me super abuso de poder obrigarem-me, na rua, a pagar por tempo que não vou utilizar! Aquele tecto mínimo de custo de estacionamento dá-me a volta aos fígados, mesmo num continente em que 2 euros são uma moeda, sendo 1 dólar uma nota, nas terras do Tio Sam…
A autarquia, tanto quanto sei, utiliza os tostões que arrecada em apoios sociais humanitários e outros de igual valia, pelo que não me atrevo a chamar nomes feios aos responsáveis pela prática do estacionamento pago nas ruas da cidade, mas não me parece que tivesse sido pior que as suas iluminadas mentes traduzissem as suas brilhantes ideias em pinturas de penicos…
O papel dos senhores agentes nisto tudo, nem sei nem me interessa. Sei apenas que não me parece isento e parece-me cinzento. Se, efectivamente, o é ou não, isso ultrapassa a tonelagem da minha camioneta.
Ah! Já me esquecia. Meus senhores: Regulem o estacionamento nas imediações do Palácio, nem que vos custe muito! É que, aquelas ruas e parte da obra foram feitas com o dinheirinho de todos nós, através de incentivos a fundo perdido, paguinhos com língua de fora, em pré morten, com o dinheirinho dos nossos impostos…
Termino com as palavras sábias de um falecido anónimo: A rua também é minha! Tratem bem dela, excelências!

2 comentários:

  1. Se calhar acontece isso, porque o Palácio de Gelo é o império de um conhecido Grupo empresarial....
    Então a nossa eficientissima policia municipal ou PSP ia aplicar o selo aos utentes desse local? Nem pensar...
    Para isso existem as outras ruas..... nessas imediações é que não. São carros em 2ª fila, são carros em cima do passeio, são carros nos lugares de ambulâncias ou de táxis e muitas vezes em cima da passadeira dos peões e então na dita cuja rua de trás é caótico, ou quando os camiões de descarga de mercadorias resolvem fazer manobras e bloqueiam a estrada, isso ninguém vê... pelo que me leva a compreender que esse local tem um estatuto próprio diferente de todos os outros locais da cidade. Haja Deus.

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  2. Então e tens visto a Polícia em algum lado a controlar o trânsito? É um pandemónio! E chamam a isto desenvolvimento...

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