domingo, 22 de julho de 2018

ESQUINAS DA VIDA


ESQUINAS DA VIDA
Por Celso Neto

Pedi ao nada que me desse o tudo
Enfrentou-me com ar sisudo…
Seguiu-se um silêncio de cor lilás
Senti o mundo a andar para trás!
Respirei o sim que roubei ao vento
Envolto em nãos, que eram mais de um cento…

Avistei a vida, perdida a passear
Pedi-lhe para durar a “imensidão do mar”
Olhou para mim e retorquiu:
Lembra-te que à morte ninguém fugiu!
Morrer já sem vida não faz sentido
Durar uma eternidade era um castigo!

Imaginei a morte sentada ao luar
A decidir quem é que hoje ia matar…
Senti um arrepio na “espinha”
E pedi-lhe para hoje não ser a minha…
Ficou quieta a espreitar pelo postigo
E disse-me que para morrer basta estar vivo!

Ainda em sonho, cruzei-me com a vaidade humana
Vestida a rigor, com cara de sacana
A rasgar os valores e a pensar só em si
Praguejei pqp…, c…, f… pipipipi…..
Acordei a pensar que não vale a pena tanta merda…
Porque depois de morrer, já ninguém herda!


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