O FABRICANTE DE CRISES
Por Celso Neto
Desmentida que está a eficácia
do anterior Governo, à falta de melhor, Passos Coelho passa, agora, o tempo a
“fabricar” crises para tentar dar sentido à teoria do empobrecimento, que
vaticina como solução para Portugal.
Incapaz de mobilizar o
eleitorado do PSD (as sondagens são claras e não há motivo para não serem
fiáveis) continua na sua cruzada de denegrir o País atacando o Governo e o
Presidente da República (que se fartou das suas idiotices) tentando criar uma crise
interna que lhe permita voltar a aparecer como salvador e “justificar” as
calinadas do governo a que presidiu, durante o qual não acertou uma única
previsão e se entreteve a varrer o lixo para debaixo do tapete, com a
colaboração da ministra das finanças e dos seus restantes chefes de fila…
A seguir a Cavaco Silva,
Passos Coelho foi a pior catástrofe que aconteceu em Portugal. Com as suas
políticas o País recuou várias décadas, nada tendo conseguido de positivo,
relativamente à dívida e ao défice!
A maioria dos portugueses não
comunga do pensamento da direita retrógrada e batoteira que reduz tudo a
cifrões, desvaloriza completamente o trabalho, endeusa os mercados, desumaniza
a sociedade, especula e destrói o setor público… tudo para parir “meia dúzia”
de ricaços que assim podem fazer chorudas negociatas e prosseguir a missão de
explorar quem trabalha a seu mando.
A direita social (que ainda
existe em doses mínimas) é “ridicularizada” pelas elites políticas,
constituídas por tecnocratas analfabetos sociais, como é o caso das atuais
lideranças do PP/PSD. Ao nível das cúpulas PP/PSD, a direita social democrata,
hoje, praticamente não existe!
Alguns sociais democratas do
PS parecem sentir aconchego e nutrem simpatia por esta socia democracia
mascarada dos partidos da direita…(sinceramente não percebo a “ternura” do PS,
perante algumas “figurinhas” ávidas de poder!)
Com todas as suas virtudes e
defeitos o Governo liderado por António Costa tem alterado o rumo que estava a
ser seguido por Passos Coelho. Os Partidos que o suportam têm conseguido
entender-se no essencial. Espero que assim continuem e mostrem aos portugueses
que é possível uma alternativa ao miserabilismo protagonizado pelo PP/PSD e
pelas tais figurinhas do PS.
Enquanto não cair ao Rio,
Passos continuará com os seus amedrontamentos a fabricar crises e a inventar
problemas para tentar denegrir o Governo… Ainda não percebeu (talvez devido à
sua leve capacidade de raciocínio) que não é isso que os portugueses querem!
Termino com uma dúvida que me
apoquenta há algum tempo: - Porque é que Francisco Assis não funda um Partido
com Passos Coelho?