sexta-feira, 21 de outubro de 2016

PEDRO DIAS

PEDRO DIAS
Por Celso Neto


Pedro Dias é manchete nos jornais e canais televisivos. É a “novela” mais barata que temos, com todos os ingredientes para a mediocridade de uma sociedade onde quem trabalha tanto pode ganhar quinhentos como quinhentos mil euros por mês,  que meia dúzia de filhos da puta nos tentam vender como justa!
Por mais voltas que dê ao meu “entendimento” não consigo perceber o mediatismo que está a ser dado ao caso Pedro Dias, ou melhor, não consigo compreender a complacência das autoridades competentes perante a presença de uma comunicação social que transmite ao minuto toda a ação das forças de segurança destacadas para o local.
Não haverá na nossa Constituição um pequeno paragrafo que salvaguarde a possibilidade de a comunicação social poder ser impedida de transmitir seja o que seja sobre a investigação de um crime?
Para que serve aquele aparato todo de viaturas e homens fardados?
Será que os competentíssimos chefes das nossas forças de segurança não descortinam que não estamos em New York?
A quem interessa todo este mediatismo?
À segurança das populações não é certamente, porque como se tem visto, Pedro Dias chega sempre primeiro, o que significa eficácia zero do dispositivo montado, com a comunicação social a prestar todas as informações necessárias para que Pedro Dias possa ser ajudado sem grande risco, por amigos ou por quem quer que seja.
Pedro Dias não é um homicida qualquer! As razões que o levaram a cometer estes crimes horrendos só ele as pode revelar se for capturado.
Há que dar tempo ao tempo e deixar trabalhar as forças de segurança com calma e tranquilidade, fora da pressão mediática. As câmaras e os “diretos” só atrapalham a investigação!
Os donos dos media, os diretores de informação e muitos senhores jornalistas têm que aprender a ser gente! A avidez por um “direto” da captura de Pedro Dias é ignóbil! Há de faltar muito pouco para que se transmita uma “morte e direto” a troco de uns tostões pagos a uns familiares se escrúpulos.

Compete aos políticos não deixar transformar Portugal numa República das bananas, pondo um ponto final na coscuvilhice doentia que é apanágio de um Povo macambúzio e triste!

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