Todos aqueles que, escondidos sob uma pretensa capa de
autoridade, obrigam colegas a fazer algo que “maltrate e ofenda” a sua
cidadania ou ponha em risco a sua vida, não são Dux, são merda!
Não me vou aqui debruçar sobre a natureza fascista (ou
não) das praxes, mas a“treta” das praxes como práticas integradoras...sempre me
meteu muita impressão e depois de saber o que já veio a lume (depois da
tragédia do Meco), confesso que me enoja!
Tal como existem e se desenvolvem a esmagadora maioria das
“praxes” não passam de mera violência física e mental, que muitas vezes coloca
em alto risco a segurança dos participantes.
O “valentão” que salvou na tragédia do Meco (que, tal
como muitos outros “valentões, muito provavelmente, obrigava os colegas a fazer
coisas que o borrariam de medo se as fizesse) decidiu, agora, sofrer de amnésia
seletiva, para “respeitar” o segredo da praxe, cujos “princípios orientadores” são
definidos por uma “seita de autoritários mentecaptos” da sua igualha. (Seria
bom fazer um levantamento do “ percurso” universitário dos Dux).
“Praxe” na praia do Meco, em alerta vermelho, à noite...é
crime! E, como crime que é, tem que ser punido!
Não se é Dux apenas para mandar! Na hora da verdade é
preciso assumir as responsabilidades. Se o Dux fosse minimamente coerente com a
sua condição, teria tentado salvar os colegas, morrendo (se necessário fosse)
junto dos que “empurrou” para a morte.
Ninguém sabe, senão o próprio, o que verdadeiramente se
passou naquela noite. Se calhar nunca se virá a saber em pormenor, mas não me
parece que o Dux estivesse junto dos que morreram... Estou mais inclinado que estivesse
na retaguarda (com a “valentia” de um Dux) a mandá-los avançar para o mar, a
comer areia, a beber pirolitos...ou qualquer outra “barbárie”.
Post Scriptum
Para que não se perca tudo, que esta tragédia sirva de
lição a todos aqueles que se envolvem nestas ”praxes” criminosas.
A Justiça tem que ter mão pesada para com estas “seitas
académicas” onde se toleram todas as loucuras!
Quem já presenciou o “ vazio cívico”, o “autoritarismo
oco”, a “pobreza criativa” a “violência gratuita”, o “desvario mental”...das, incorretamente
denominadas, praxes académicas e assemelha um Dux a um líder, está a confundir
estilhaços de vidro com diamantes lapidados.
Claro que a solução não é acabar com os Dux e muito menos
com as praxes, mas sim punir severamente os autores dos crimes, coisa que
parece passar ao lado dos doutos reitores que parece não têm tomates para
participar na elaboração de um Regulamento que exclua os prevaricadores da
Universidade.