Os “abigoiros” controlam a selva onde se escondem em “colónias”
mais ou menos numerosas, abrigados das catástrofes e dispensados de toda a
austeridade…
Disfarçam-se das mais variadas formas, num mimetismo
atroz que nos leva a confundi-los com borboletas! De aspeto cuidado e unhas bem
tratadas, possuem perigosos ferrões capazes de injetar veneno que aniquila um
rebanho de cordeiros em pouco tempo. Têm asas como os tubarões que, na antiga
URSS, voavam baixinho e atacam pela calada os indefesos que se cruzam no seu
caminho.
Há quem diga que sete matam um boi, mas a verdade é que
não se conhecem mortes provocadas pelas suas ferradelas, muito provavelmente
porque o abigoiro chefe apenas permite que atuem em bandos de três ou quatro
para que, até melhor oportunidade, as suas vítimas fiquem apenas amedrontadas e
meias tontas!
São incaraterísticos relativamente à forma como vajam
pela selva. Apresentam-se de ar sonolento, sorridente, ativo ou matreiro, conforme
melhor lhes convém para iludir o pagode, que os observa receoso, de longe,
dividido entre as suas virtudes e pecados.
Hábeis fingidores, especialistas no domínio da mentira,
escolhem meticulosamente as suas presas… (sempre as mais enfraquecidas!) São
dotados de um melodioso zumbido que lhes permite entrar no nosso ouvido, de
forma a que confundamos um arrazoado de notas soltas e desafinadas com uma
opereta.
É preciso ter muito cuidado com eles!
Post Scriptum
Alguém me disse que atuam ao serviço do mal, mas que são
vulneráveis à urina! Se cruzarem com algum… mijem-lhe em cima!
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