terça-feira, 5 de julho de 2011

Poupem-nos, por favor!

Alguém me diz por que estala o verniz de Francisco Assis? Será da qualidade do propriamente dito, será do diluente que lhe adicionaram, será por ter sido aplicado de forma inadequada ou será simplesmente porque todo o verniz estala?
Para quem sempre manifestou incondicional apoio pela “Democracia muda de Sócrates “ este desejo de debater a todo o vapor, não apenas no interior do partido, mas também na rádio e na televisão, sinceramente cheira-me a demagogia barata, porque que eu saiba quem elege o SG são apenas os militantes com as quotas em dia, (espera-se que pagas pelo próprio). Acho bem que Seguro e Assis tenham direito a um show televisivo para que o Povo possa avaliar as suas capacidades discursivas e argumentativas, bem como a sua presença em “cena”, mas no exterior do partido, tudo o que passe disto, parece-me demasiado…
Empreguem o vosso tempo a estudar “tolerância” e “estratégias activas de participação militante” e a debater interna e amplamente propostas que nos ajudem a sair desta crise em que o PS nos ajudou a mergulhar e verão como o PS se fortalecerá e o Povo voltará a acreditar nele… Deixem-se de propaganda barata… pouco palavreado e muita acção! Ganhem algum tempo a pensar na renovação do partido e na forma de dispensar as lapas que não desgrudam e com a maior naturalidade do mundo, numa falta de ética deplorável, combatem hoje aqueles que apoiaram ontem e vice-versa. A primeira coisa que o PS tem que fazer, se não quer sujeitar-se a um jejum muito prolongado, é alterar o rumo e o estilo e isso não se faz com os dirigentes concelhios, distritais e nacionais que passam a vida a somar derrotas, agarrados ao poder, em seu benefício próprio.
O grande debate é a nível interno! Poupem-nos de banalidades sem qualquer efeito prático. Queiramos ou não, o passado recente foi muito mau. A fotografia está muito tremida… Seria de bom tom que o PS começasse por pedir desculpa aos portugueses pela forma como legislou e governou. Assis não me parece homem para isso, sendo essa uma das razões pela qual apoio José Seguro, que me parece bem menos arrogante.
Ontem passei pelo Hotel Montebelo e com grande estranheza minha vi José Seguro rodeado dos que há bem pouco apoiavam incondicionalmente Sócrates, que na sua vaidade incontida teimou em não sair quando devia, para depois da derrota dar de frosques , deixando o PS na lama. Eis um possível mote para debate interno!

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