sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Quase que acredito…

Uma sondagem cujos resultados me espantam atribui a Cavaco Silva 60% dos votos dos Portugueses o que significa vitória à primeira volta, se esta tendência continuara a verificar-se…
Quando constato que a maioria dos portugueses está de acordo com a forma como Cavaco Silva tem conduzido o seu mandato presidencial (eu acredito nas sondagens), tendo já esquecido os tempos em que foi Primeiro-Ministro, bem como alguns “disparates” bem caros para o País, ocorridos durante a sua “hibernação” e durante este mandato, confesso que quase morro de espanto e tristeza.
O seu posicionamento relativamente ao BPN e à sua gestão criminosa, a defesa que fez do seu Delfim Loureiro, (que segundo dizem vive como um nababo no seu resort de luxo, com o dinheirinho de todos nós), o rendimento eticamente questionável que auferiu da venda, a tempo, do seus investimentos no dito banco (que contribuiu generosamente para a sua campanha anterior) são apenas alguns factos que ajudam a compreender a personalidade deste ser humano que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava e que agora trocou esse “disco” pelo da honestidade.
É certo os segundos mandatos presidenciais são apanágio da nossa Democracia, mas depois de os portugueses terem assistido à forma como apadrinhou e geriu a “salganhada” que conduziu Portugal à situação calamitosa em que nos encontramos, parece-me de muito mau gosto que o queiram para voltar a ser presidente da República, tal como Sócrates ou Passos Coelho para chefes de Governo.
Portugal tem que seguir novo rumo onde, em minha opinião, estes três senhores não têm lugar ao leme. É necessário eleger outro Presidente e o PS e o PSD encontrarem novos líderes. Doutra forma não vamos lá! (digo eu!)
Tenho um amigo, radical, que passa o tempo a dizer que o Povo tem memória curta. Quando considera que está a dar tiros nos pés, diz: O Povo é burro! Da melhor maneira que posso e sei tenho tentado demonstrar-lhe que não, mas perante este cenário de maioria absoluta à primeira volta de Cavaco, fiquei sem argumentos.
… e agora, quase que acredito!

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