Os analistas financeiros “acreditados”, contrariamente às previsões do Governo, estão a desferir sobre Portugal um ataque cerrado, influenciando negativamente o nosso futuro que, tudo indica, não vai ser fácil.
Nunca compreendi muito bem o optimismo do 1º Ministro, mas nunca estive de acordo que tivéssemos que “parar” o país, como defendia o PSD, para nos reabilitarmos. Com as dúvidas que resultam dos meus fracos conhecimentos de economia, mas tomando como base o nosso passado histórico, sempre considerei Portugal um país maravilhoso, com um Povo acolhedor, corajoso, laborioso e sensato, “ingredientes “ que nos permitem alimentar a esperança de “voltarmos a dar cartas ao mundo”, bastando para tal, em minha opinião, que acordemos e deixemos de fazer de conta que a política não é nada connosco… A crise em que vivemos não é, nem pode ser considerada inultrapassável, residindo o problema, quanto a mim, na falta de coerência com que a atacámos, fazendo recair sobre aqueles que pouco ou nada têm o “fardo” dela e deixando incólumes os “vampiros” que para ela contribuíram, dela se aproveitaram e continuam a alimentar-se. As medidas que o PEC contempla não ao âmago das questões que é necessário enfrentar, como são por exemplo a corrupção, o despesismo, as fugas ao fisco e o sistema judicial, para só referir algumas.
Todos sabemos que os especuladores não fazem outra coisa que não seja procurar “fragilidades” com que possam “saciar-se à grande”, mas atenção senhores políticos (eleitos e nomeados), a forma como nos posicionámos perante a crise, colocou-nos a jeito para sermos “fecundados”…(eu sei que muitos de vocês não foram, por isso mantenham-se calmos!)
Com o seu miserabilismo militante o PSD e o PP publicitaram pelos quatro cantos do mundo algumas das nossas debilidades, e, com o seu optimismo pouco sustentado o PS esqueceu-se de “fazer os trabalhos de casa” e enveredou por caminhos que facilmente os analistas internacionais (especuladores em proveito próprio?) fizeram acreditar que não nos levam a bom porto, baixando drasticamente a confiança dos investidores…
Depois de ter contribuído para que as “manchetes” em todo o mundo nos considerassem uns “inválidos”, o PSD pela voz do seu líder vem agora disponibilizar-se para ajudar a “salvar” Portugal dizendo que estamos a ser "alvo de um ataque especulativo enorme", e, como tal, é preciso mostrar que as diferenças entre o PSD e o Governo não impedem o combate à crise. Não adiantou qual a sua receita para a ultrapassar, mas, sinceramente, não acredito muito nas palavras do novo líder, não consigo descortinar nada de novo e não acredito que um Governo PSD seja sinónimo de melhoria para o País (bem pelo contrário!)
Espero que o Governo PS, que em algumas alturas me fez lembrar o ministro da propaganda iraquiano (salvaguardadas as devidas diferenças democráticas), consiga finalmente dizer ao senhor ministro das Finanças que os livros por onde estudou e cujas “receitas” nos aplicou, estão desactualizados e como tal deve demitir-se! (para ser ministro não basta parecer uma competente e boa pessoa; é preciso “mostrar bom serviço” e como se comprovou, o dele foi péssimo!)
Fico a “torcer” para que o PS descubra “medidas eficazes para reduzir significativamente a despesa pública que não sejam, ainda, mais penalizantes para quem já está enterrado até ao pescoço e “obrigue” o Governo a cumpri-las.
Aos senhores do défice e das análises especulativas desejo um bom repasto de notas de 500 €, ouro, prata e jóias seguido de uma súbita dor de barriga, com as “vulgares” consequências...