domingo, 22 de julho de 2018

ESQUINAS DA VIDA


ESQUINAS DA VIDA
Por Celso Neto

Pedi ao nada que me desse o tudo
Enfrentou-me com ar sisudo…
Seguiu-se um silêncio de cor lilás
Senti o mundo a andar para trás!
Respirei o sim que roubei ao vento
Envolto em nãos, que eram mais de um cento…

Avistei a vida, perdida a passear
Pedi-lhe para durar a “imensidão do mar”
Olhou para mim e retorquiu:
Lembra-te que à morte ninguém fugiu!
Morrer já sem vida não faz sentido
Durar uma eternidade era um castigo!

Imaginei a morte sentada ao luar
A decidir quem é que hoje ia matar…
Senti um arrepio na “espinha”
E pedi-lhe para hoje não ser a minha…
Ficou quieta a espreitar pelo postigo
E disse-me que para morrer basta estar vivo!

Ainda em sonho, cruzei-me com a vaidade humana
Vestida a rigor, com cara de sacana
A rasgar os valores e a pensar só em si
Praguejei pqp…, c…, f… pipipipi…..
Acordei a pensar que não vale a pena tanta merda…
Porque depois de morrer, já ninguém herda!


sábado, 21 de julho de 2018

FRAUDE ou INVEJA?


FRAUDE ou INVEJA?
Por Celso Neto

Ainda há fumo nos ares de Pedrogão, depois da calamidade do ano passado. Fumo negro de fraude e muito provavelmente de corrupção, pois naquele interior abandonado tantos anos, os “poderes” conhecem a “geografia” local. As poucas pessoas que por lá ficam conhecem-se bem e não se me apresenta difícil os autarcas e outras entidades conseguirem fazer um trabalho sério, de apoio às vítimas dos incêndios.
Se tal não aconteceu é porque funcionou o caciquismo e o compadrio em que a política se envolve, para conseguir “arrebanhar” os votos necessários para eleição das suas elites…
Um tal de Alves, presidente de profissão diz que é inveja dos seus opositores! Aguardemos os acontecimentos, mas até lá não resisto a transcrever um comentário que muitas vezes ouvi da boca de um amigo: - “Não me diga semelhante tal…que até me faz parece impossível!”

Arranje lá uns dinheiros
Eu saberei agradecer bem
Mas quero ser dos primeiros
Enquanto o cofre ainda tem…

Vai ser algo complicado
Vamos ver o que se arranja
E se a casa não tiver telhado
Isso cá para o “je”… é canja!

Seja breve por favor
Meu caríssimo senhor
Pode acabar a “massaroca”…

Eu cá estou nas eleições
Venham de lá os cifrões
E vai ver que ninguém nota!

terça-feira, 17 de julho de 2018

CRIMES AUTÁRQUICOS


CRIMES AUTÁRQUICOS
Por Celso Neto

Não consigo perceber os motivos por que ainda não foram acusados e presos os presidentes de Câmara e de Junta de Freguesia que continuam a fazer vista grossa à lei que os responsabiliza pela limpeza da floresta, nas zonas de proteção a habitações e povoações e às estradas.
Compreendo que possa haver dificuldades de varia ordem, mas o estado em que se encontram alguns locais demonstra empenhamento zero, na resolução deste problema. Tudo leva a crer que uma boa parte dos nossos autarcas pertence ao grupo dos criminosos que chantageiam o Estado, impedindo que se tomem medidas adequadas no combate aos incêndios, na mira de manter de pé um lobby para quem os incêndios proporcionam chorudos lucros e uma estrutura incompetente e dispendiosa que vive na sua sombra.
Pôr em perigo a segurança dos cidadãos é crime! O que faz uma boa parte dos nossos autarcas não é menos que isso… Como tal, devem ser julgados e presos!
Há dinheiro para jantaradas, festas e romarias e não há dinheiro para assegurar a segurança dos cidadãos?

Post Scriptum
O que se diz relativamente aos autarcas é válido para outros governantes que mantém o ordenamento florestal no estado calamitoso em que se encontra.
Criminosos!

domingo, 15 de julho de 2018

LEILÃO DE GENERAIS


LEILÃO DE GENERAIS
Por Celso Neto

Fui assistir a um leilão de generais
Mas não desses que pensais…
Eram generais daqueles a fingir
Dos que até tiram vontade de rir…
Comprei oito dúzias por uma ninharia
Eram “peças” que quase ninguém queria
Estavam num saco, amontoados ao acaso
Com a validade fora de prazo…
Um caiu ao chão e partiu-se
Uma velhinha disse ah!... e sorriu-se!
Ficou transformado em cacos…
Ela exclamou: - são mesmo fracos!
Será por serem tantos?
…há generais por todos os cantos!

Voltei atrás para comprar mais um cesto deles
Mas só encontrei mesmo coisa reles...
Uma dúzia a vintém, era o seu custo
Alguém a meu lado disse:  é um preço justo!
O vendedor retorquiu: - são baratos demais
…mas já não posso ver tantos generais!
Não sei quem fez tanta bonecada
Que não serve para nada!
As crianças gostam de brincar aos generais
Mas quando os veem já não querem mais…
Eles querem generais de ação
Daqueles que se contam pelos dedos da mão…

sábado, 14 de julho de 2018

VÊM AÍ OS NOSSOS EMIGRANTES



VÊM AÍ OS NOSSOS EMIGRANTES
Por Celso Neto

Vêm aí os nossos emigrantes e o meu desafio é que os recebamos em festa, com cortesia e simpatia, mesmo que alguns (felizmente cada vez menos) ainda venham com aqueles tiques de vaidade de “novos ricos” que os impede de falar português com os seus acompanhantes, onde se incluem filhos e netos…
Pela parte que me toca continuarei a ter por eles muito respeito e estima e a todos felicito pelo facto de virem a Portugal passar férias e matar saudades das terras onde nasceram e se criaram até terem que partir em busca de melhores condições de vida.
Para aqueles que se fazem acompanhar de seus filhos e netos, fica aqui registado um grande abraço e um pedido para falarem com eles em Português. Não falar em Português com as crianças e jovens significa estar a roubar-lhes a grande oportunidade de aprenderem facilmente uma língua falada em todos os cantos do mundo, que para além de todo o enriquecimento cultural que daí resulta, bem lhes pode facilitar a vida, no caso de terem que emigrar para outras paragens…
Fica aqui veemente expresso o meu pedido a todos os nossos emigrantes: - Em Portugal, falem português!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O CALVÁRIO DOS PROFESSORES

O CALVÁRIO DOS PROFESSORES
Por Celso Neto


Sendo obrigados a desempenhar o papel de pais, orientadores, mediadores culturais, psicólogos, assistentes sociais, ente outras funções, os professores continuam a ser vitimas de “verdugos comunicacionais” que tudo fazem para denegrir a sua importante função social, tentando fazer passar a imagem de que são uma elite privilegiada, mimada, ociosa e bem paga.
Claro que os professores são e devem ser uma elite! A elite dos que ensinam, competente e corresponsável pelo ordenamento mental livre das crianças e jovens! E isso…não é “coisa” de pequena monta!
Tais “verdugos”, sejam jornalistas, políticos ou simples mortais, não conhecem minimamente o que é ser professor, a importância da sua função e os “martírios que passa para a desempenhar com honra e dignidade. Gostava de ver esses “papagaios” a dar aulas um mês numa Escola Básica ou Secundaria… (Havia de ser lindo!)
O que os últimos governos têm vindo a fazer aos professores é criminoso. A desvalorização e o stress continuo a que os condenaram têm reflexos sociais altamente negativos, ao ponto de Portugal ser um dos países em menos bons alunos querem ser professores.
São muitos os estudos internacionais que sugerem que a qualidade dos professores é decisiva para evitar o abandono escolar e para melhorar o sucesso educativo, e, com esta política é toda uma nação que está em perigo, pois no futuro que se adivinha os professores terão que ser profissionais altamente competentes e qualificados para poderem desempenhar com sucesso as complexas ações a que são sujeitos, numa sociedade em que a Família intervém cada vez menos na Educação das crianças e jovens!
Sabemos que as restrições orçamentais são o motivo de muitas das situações criadas e disso se podem queixar também outros grupos profissionais, mas isso não pode ser motivo para comprometermos tão perigosamente o nosso futuro coletivo. Há sacrifícios que não se podem pedir a quem trabalha honradamente, ou então os nossos líderes políticos que não se fartam de apregoar liberdade, justiça, democracia… têm que nos explicar melhor o que é essa coisa de tirania e escravatura. (O “fosso gigante entre os “tostões” e os “milhões” é o quê?)
Trazemos os ladrões à solta, pagamos o que nos roubaram e não há dinheiro para pagar a quem trabalha?
Alguma coisa vai mal neste oásis populista de hipocrisia, onde uma grande parte dos nossos deputados e governantes, do poder e da oposição, melhor seria dedicarem-se à pesca e dar lugar a professores!
E antes de terminar: Quer ser professor?









quinta-feira, 5 de julho de 2018

A CAMINHO DO CENTRÃO


A CAMINHO DO CENTRÃO
Por Celso Neto

Num bailinho ensaiado a rigor
O Povo é obrigado a “dançar” a sua dor…
Um passo à esquerda, um passo a trás
Rosa em tons laranja e o Cravo em tons lilás
Um passinho em frente, dois saltos à direita
Ao som da orquestra “Hipocrisia perfeita”

Palavra dada palavra honrada, já lá vai…
Isso era no tempo do meu avô e do meu pai…
 Nos dias de hoje a “coisa” é diferente
O mundo é de quem rouba e de quem mente!
A política é feita de estratégia e contrabalanços
E no fim, quem paga são os “tansos”
Sempre os mesmos, como manda a tradição
Num cenário de hoje sim, amanhã não!
Em vez de se fazer política séria, faz-se “fintas”
É assim a vida dos troca tintas!

quarta-feira, 4 de julho de 2018

AUTO ESTRADA DOS ASSALARIADOS


AUTO ESTRADA DOS ASSALARIADOS
Por Celso Neto

Depois das vergonhosas e lamentáveis declarações de Sua Excelência, o Primeiro Ministro, Sr Doutor António Costa acerca das obras do atual IP3 e das suas consequências na vida dos assalariados portugueses só me ocorre um “adjetivo”: - Vão-se f… !
O dever de um governo é fazer opções, mas… alto lá! Opções com critério, justiça e prioridade compreensível!  Nunca para afirmar um eu quero, posso e mando enviesado, desrespeitando todos os compromissos assumidos faltando à palavra dada, navegando em lógicas contraditórias.
Se é preciso dinheiro há que ir busca-lo em primeiro lugar a quem o roubou e castigar quem permitiu que tal acontecesse. Depois é preciso renegociar/anular negócios ruinosos que foram feitos e castigar os responsáveis políticos que os fizeram/permitiram.

As negociatas bancárias que estiveram na origem de todas as poucas vergonhas já causaram quantas penas de prisão?
O que fizeram Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, O Governo, o Banco de Portugal e os Tribunais para pôr trancas na porta, mesmo depois da casa roubada?
Então e agora têm que ser os assalariados a suportar as obras do IP3?

Para quem não saiba sou professor reformado. Conheço bem as dificuldades atuais dos professores e o trabalho constante a que são obrigados, os desalentos por que passam, as inquietudes em que vivem, as ansiedades a que os obrigam…
Sem que nada tenham feito para isso viram a sua profissão desprestigiada, e os seus rendimentos abruptamente diminuídos por governantes que se tivessem um pingo de vergonha na cara, há muito deviam ter pedido desculpa pelo seu servilismo aos interesses da Escola Privada, com os resultados (alguns, poucos) que se conhecem, porque muita “comunicação social” é “filha dessas escolas)
(Como representante máximo do servilismo jornalístico, elejo o “quatro patas”, Miguel Sousa Tavares)

O que estão a fazer com os professores é insultuoso! Penso que o fazem devido à origem social da maioria deles! Faz parte do pensamento político que acha que filho de pobre, tem que ser pobre, de que a direita trauliteira portuguesa tanto gosta.
Pena é que o Governo se deixe ir por esse caminho!
Não sei o que vão fazer o PCP e o Bloco de Esquerda perante esta falta de caráter do Governo, designadamente do Primeiro Ministro. Pessoalmente continuarei a votar à esquerda, e, para ser vexado e ver outros a serem-no mais que eu, prefiro sê-lo pela direita! Pelo menos sabemos com o que contamos!

segunda-feira, 2 de julho de 2018

ALDRABICES


ALDRABICES
Por Celso Neto

Às vezes tenho vergonha de ser cidadão deste País
Fico “desenculatrado” com as coisas que Costa diz e desdiz…
Espero que o zé povinho consiga compreender
Que governar assim… não pode ser!
Metam na prisão os que roubam o nosso dinheiro
E obriguem-nos a pagar por inteiro
Os milhões que voaram e não nos dizem de quem nem para que lugar
Não podemos ser nós que temos que os pagar…
A pantominice atinge o cumulo da desfaçatez
Quando se tenta justificar as mentiras com as obras no IP3
Portugal continua a ser um país de brandos costumes
Com falsários, mentirosos e ladrões aos cardumes
Exceto os políticos e sua numerosa equipa
Quem mais trabalha mais trabalhado fica!
As pessoas deixaram de ser “números” para serem “cousas”
E os compromissos são escritos a giz nas antigas lousas”!
O meu voto só vale mesmo um
Mas pela minha parte… ficais em jejum!