terça-feira, 24 de outubro de 2017

O QUE (NÃO) VEMOS

O QUE (NÃO) VEMOS
Por Celso Neto

Agora que (espero) acabaram os incêndios florestais, até ao próximo verão, gostava de perguntar (a quem de direito e dever) de quem é a culpa de construir habitações e empresas isoladas em plena floresta e de fechar os olhos ao matagal que circunda perigosamente as pequenas e grandes aldeias e vilas do nosso Portugal.
Gostava também que (quem de direito e dever) me informasse do resultado da investigação resultante da detenção dos incendiários.
Já agora gostava que (quem de direito e dever) me explicasse o motivo pelo qual continuamos   a permitir a plantação e a existência de eucaliptos nas nossas florestas, depois de sabermos a catástrofe ambiental que eles representam em termos de desertificação dos solos e de diversidade de espécies.
E anda, para terminar, gostava que (quem de direito e dever) me dissesse quem são os grandes responsáveis (locais) pelo estado calamitoso do nosso ordenamento florestal e (se alguém souber) os milhares de milhões que foram gastos com os incêndios e quem os recebeu.

Perante estes e muitos outros graves problemas sem resposta, os nossos (isentos e conceituados) jornalistas mostram-nos a floresta a arder, pessoas a sofrer, animais a ser salvos, entrevistas de oportunistas políticos, fotografias os mortos e tudo o que menos interessa.


Entreguem a carta de jornalista! Metem nojo!

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