O QUE (NÃO) VEMOS
Por Celso Neto
Agora que (espero)
acabaram os incêndios florestais, até ao próximo verão, gostava de perguntar (a
quem de direito e dever) de quem é a culpa de construir habitações e empresas
isoladas em plena floresta e de fechar os olhos ao matagal que circunda
perigosamente as pequenas e grandes aldeias e vilas do nosso Portugal.
Gostava também que
(quem de direito e dever) me informasse do resultado da investigação resultante
da detenção dos incendiários.
Já agora gostava
que (quem de direito e dever) me explicasse o motivo pelo qual continuamos a permitir a plantação e a existência de
eucaliptos nas nossas florestas, depois de sabermos a catástrofe ambiental que
eles representam em termos de desertificação dos solos e de diversidade de
espécies.
E anda, para
terminar, gostava que (quem de direito e dever) me dissesse quem são os grandes
responsáveis (locais) pelo estado calamitoso do nosso ordenamento florestal e
(se alguém souber) os milhares de milhões que foram gastos com os incêndios e
quem os recebeu.
Perante estes e
muitos outros graves problemas sem resposta, os nossos (isentos e conceituados)
jornalistas mostram-nos a floresta a arder, pessoas a sofrer, animais a ser
salvos, entrevistas de oportunistas políticos, fotografias os mortos e tudo o que
menos interessa.
Entreguem a carta
de jornalista! Metem nojo!
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