quinta-feira, 13 de março de 2014

O (anti) Manifesto

Os fistores do governo, apadrinhados por Cavaco, querem-nos fazer crer que o debate sobre o problema da nossa dívida pode assustar os mercados...que (inocentes, coitadinhos!) não conhecem os nossos meandros, de fio-a-pavio.
Penalizados pelos Portugueses pelo seu analfabetismo social, estes “macacos” querem agora fazer-se passar por ingénuos bem-intencionados!
Coveiros de Portugal, ao serviço dos grandes especuladores (cujo único propósito é o empobrecimento do País) o que querem é ter sempre à mão uma “legião de famintos” que não reivindique direitos e satisfaça os seus caprichos, bruscamente interrompidos em 25 de Abril de 1974. (Estava lá guardada!)
Aumentam o desemprego e os impostos, rasgam direitos, cortam nos salários e nas reformas, aniquilam as pequenas empresas, destroem as famílias...para poderem manter as suas escandalosas mordomias e as vergonhosas "imunidades” de um bando, cujos “contornos” começam a saber-se...
A troco disto, vendem Portugal ao desbarato!
As reações do presidente e do primeiro-ministro ao Manifesto para a restruturação da dívida são o espelho do debate e do entendimento que querem aprofundar na sociedade portuguesa! Apregoam uma coisa aos sete ventos e fazem precisamente a contrária!
Enfiam-nos num beco sem saída e depois sacodem a água do capote, tentando convencer-nos que é possível sair dele! Procedimento miserável!
Tentam a todo o custo denegrir a imagem de pessoas de capacidade e prestígio inquestionáveis, para fazer vingar a sua tese, errada, de que a dívida é sustentável diminuindo o consumo interno e apostando na austeridade, sem desenvolvimento, como se uma renegociação séria e justa com os nossos credores seja um crime! Procedimento miserável!
Portugal quer pagar o que deve! Somos um País que quer honrar os seus compromissos de devedor, mas quem nos empurrou para esta situação, também, tem que nos ajudar a sair dela...
 A divida portuguesa é um problema exclusivo de Portugal ou é também um problema Europeu? Para que serve a EU senão for para diluir o fosso entre países pobres e ricos? Como é que os países em desenvolvimento sobrevivem com as mesmas “regras” dos países desenvolvidos? Os países do sul servem para quê, na EU?
Quanto vale a nossa plataforma continental marítima? Não vale nada? É para ser vendida a patacos? Os mercados desconhecem o seu valor?
Quanto vale a Lusofonia? E a nossa posição estratégica? E o nosso mar? E as nossas praias e o nosso sol? E a nossa Cultura e o nosso Património? E a nossa simpatia e humanismo?
A única riqueza é a bolsa e os mercados?
O que é que andam a fazer estes políticos de merda, que nos desgovernam? Patifes!
 As “falácias” em que, segundo pessoas de reconhecida competência técnica e política, assenta a sustentabilidade da nossa dívida só podem (para bem de todos) conduzir à sua reestruturação! Por mais honesto e trabalhador que alguém seja, não pode pagar cinco se só consegue ter quatro! O rigor tem que ser palavra-chave, mas a competência não pode ser palavra vã!
Cavaco está no poder desde “alferes”. É o principal responsável pela situação em que vivemos! Passos e Portas têm o passado que todos conhecemos! Mais que não fosse, por pudor, deviam ficar calados sobre assuntos de interesse nacional. (Sei que não é possível devido às funções que desempenham e por isso é que eu defendo que já não as deviam ter!)


Post scriptum
O PS, mais uma vez, está a tentar passar entre os pingos da chuva. Não me parece bem, porque tem a responsabilidade de governar! (para mim em aliança com a esquerda, se as eleições o permitirem, como penso que vai acontecer). Espero que, já, nas Europeias os Portugueses não tenham memória curta e demonstrem que não querem “canalha” no poder!

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