sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A vós, meus patifes



Fieis lacaios
Do deus dinheiro
Por que raios
Não ides pró estrangeiro?
Cambada de agiotas!
Cretinos, reles, safados…
Por que nos pifais as notas
E nos deixais depenados?

Rasgai o vosso projeto, já esgotado
Convosco não vamos a nenhum lado!
As vossas previsões estão sempre erradas
E só servem de motivo para sonoras gargalhadas
Dos especuladores a quem servis
Manada de imbecis!

Estamos fartos de vos ouvir
A ameaçar-nos com o que há de vir…
Precisamos de quem nos dê esperança
E saiba equilibrar os pratos da balança

Parem de jogar ao rapa
Só austeridade: mata!

Ai como eu gostava de vos ver partir
Com a certeza de não voltarem a vir
As vossas teorias ruinosas
Que alimentam vossas bocas gulosas
Estão a levar-nos pró abismo
Enquanto sorris com cinismo
De quem trabalha
Para ganhar uma migalha!

Ide, ide para sempre
Quase já não há ninguém que aguente!
O povo vive à míngua
Já não fala a vossa língua!
Parem com os vossos horrores
Seus analfabetos doutores!

Post Scriptum
Não haverá quem nos valha
E nos livre desta insensível canalha?

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