Estou cheio de curiosidade e desejo de ouvir o que nos
vai dizer a chanceler alemã, quando no próximo dia 12 visitar Portugal. Muito
provavelmente Gaspar e Passos já lhe fizeram chegar aos ouvidos que tudo gira
sobre rodas e não ficarei nada admirado se o seu discurso ignorar completamente
o flagelo em que vive a maioria dos Portugueses depois de, em má hora, terem
escolhido Passos Coelho para primeiro-ministro.
Atarefada como anda com a sua reeleição, a Srª Merckel há
de estar muito pouco preocupada com o que se passa com os Portugueses. O que
ela quer é um Portugal “alinhado” com a sua cadeia de comando, que tem em
Passos, Portas e Gaspar os “lacaios perfeitos”, dispostos a oferecer Portugal
em sacrifício para proteger os “superiores interesses especulativos alemães”.
Espero que, de forma ordeira e cívica, saibamos mostrar à
senhora chanceler o quanto estamos em desacordo com ela. Enquanto o governo não
se atrever a dizer que as eleições vão ser congeladas, temos o direito e o dever
de mostrar o nosso descontentamento, mas não temos o direito de ser desordeiros
nem de recorrer à violência física e à ofensa verbal.
Temos que ser criativos para demonstrar à senhora que é
persona non grata para nós, mas evitar qualquer ação que aos olhos do mundo
comprometa a nossa imagem de tolerância e civismo. Apelo aos criativos
portugueses que encontrem mensagens para lhe serem transmitidas através de
cartazes ou outros meios, que mostrem o nosso descontentamento e provoquem
sonoras gargalhadas!
Antes das próximas eleições, só o bom humor (que
recomendo) e a violência (que rejeito e condeno) podem derrubar este Governo,
antes de ele lançar um imposto sobre a morte, que é a única coisa com que os
portugueses podem, agora, contar como certa!
Não chamem nomes feios a Merckel, Passos, Portas e
Gaspar! Quando muito escrevam a vermelho numa cartolina reciclada: “Epistemológica
e organicamente falando…vós sois o perfeito produto acabado!
Post Scriptum
Quanto já ganhou e vai ganhar a Alemanha com a crise dos
países do sul da Europa?
Quem é o campeão do incumprimento europeu?
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