O dia 14 de Novembro foi de
greve geral. Convém não esquecer este ”pormenor”, tentando fazer da desordem
junto à Assembleia o “acontecimento do dia”!
O dia 14 ficará na história
como dia de greve geral em vários países europeus e nunca como dia de desordem,
até porque o lamentável incidente nada teve a ver com a manifestação cívica
associada à greve geral.
Em Democracia temos que
condenar veementemente quaisquer desacatos que envolvam violência, seja em dia
de greve geral ou em qualquer outro e em qualquer circunstância. A desordem põe
em causa as justas reivindicações do povo que está a ser espoliado dos direitos
e regalias que foi conquistando ao longo de séculos. A violência, em
Democracia, apenas serve para ameaçar a liberdade e “legitimar” perdas de
direitos fundamentais como sejam o direito de nos reunirmos e protestarmos
contra aquilo que consideramos estar mal. (Evidentemente que em ditadura as
coisas são diferentes e numa situação dessas justifica-se qualquer meio para a
derrubar, menos matar pessoas indefesas).
Considero a luta cívica contra
o atual desgoverno um desígnio nacional, mas até pode acontecer que a maioria
dos Portugueses, no final do mandato, decida renovar a dose… Espero que não
tenha memória curta, mas em caso de amnésia, em circunstância alguma abraçarei
a destruição e a violência para combater um governo eleito. Respeitarei sempre
a legitimidade dos vencedores de eleições livres.
Tenho muita esperança que nos
vamos ver livres destas “bactérias”, porque os pobres e os quase pobres de Portugal,
de todos os partidos, que são a maioria dos portugueses, vítimas de falsas
promessas, que estão a ser obrigados a pagar com língua de palmo as mordomias da
classe dirigente, dos especuladores, dos ladrões do BPN e de outros que tais,
que por aí circulam em completa imunidade, não permitirão certamente serem
governados por vampiros! Estou em crer que prenderam a lição e não vão permitir
que a direita nos governe nos tempos mais próximos!
Post Scriptum
Seria sensato que os lacaios
de Merkel meditassem um pouco no que aconteceu no dia de greve geral e não se
ficassem por análises superficiais. Continuar a insistir na receita de Merkel e
vergar-se a seus pés é escancarar as portas à violência. Só é cego quem não
quer ver!
Aos falsos profetas que nos desgovernam
(e graças à sua vergonhosa ação) juntam-se outros que querem fazer-nos crer que
é com destruição e violência que se aperfeiçoa a Democracia.
Temos que rejeitar ambas as
espécies! Urge “semear” dignidade e paz e exigir exemplo do sopé ao cume!
Se, como tem acontecido até
aqui, as medidas de Vítor Gaspar e de Passos Coelho continuarem a afundar-nos,
considero um imperativo o seu julgamento em Tribunal competente, por descarada
mentira, grosseira incompetência, miopia política e servilismo perante os
especuladores! (além de outros motivos)
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