segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

É preciso ter descaramento...

Com a demagogia que o caracteriza o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares anunciou os “aumentos” das pensões. A pensão mínima passa a ser 254 euros, a pensão rural 234 euros e a pensão social 195 euros.
Nada sei das posses e das capacidades intelectuais do ministro (sei que, tal como os outros, vive como um príncipe à nossa custa), mas não me parece que faça a mínima ideia do que é viver com este rendimento mensal. Se a tivesse não teria tido o descaramento de chamar os jornalistas para anunciar esta medida, cujo dinheiro foi retirado do Rendimento Social de Inserção, destinado também aos mais pobres… (com muitas falcatruas à mistura, atestadas por entidades que deviam ser idóneas, mas infelizmente nem sempre o são.)
Quem, friamente, tem o descaramento de obrigar a viver com estas quantias irrisórias pessoas que trabalharam uma vida, muitas vezes em condições desumanas, não passa de um tosco analfabeto social que nunca devia ser ministro.
Os aldrabões dos nossos políticos arranjam maneira de tapar as crateras do BPN, da Madeira, da Saúde, da TAP, do Metro, da Carris… da PQOP, mas para arranjarem meia dúzia de tostões para ajudarem a ter uma vida minimamente digna a quem trabalhou, não são capazes de encontrar uma saída…
Vergada pelo peso dos sacrifícios constantes esta gente nada reivindica! Tudo aceita! Considera esta “esmola” uma dádiva divina colocada nas mão dos políticos! Vive resignada pelo medo de ficar sem nada, se levantar ondas…
É por isso que a canalha de todos os partidos se mantém “serena” perante esta vergonhosa realidade de viver com 200 euros mensais de rendimento.
A cada minuto que passa os governantes anunciam que 2012 vai ser um ano muito difícil. Este aumento de 7 euros nas pensões mais baixas, melhor seria que o governo o metesse no “pacote…”de apoio aos ricaços! (Sugiro “pacote passos” para especuladores bolsistas abonados; “pacote portas” para empresários de grande envergadura; “pacote gaspar” para latifundiários avantajados…)
Estas mentes perversas que aspiram a que a semana de trabalho venha a ser de 100 horas e o salário mínimo de 250 euros têm que ser varridas definitivamente da sociedade Portuguesa. O facto de sabermos que essa realidade, à qual os nossos governantes fazem vista grossa, quando está em causa o “deus dinheiro”, existe em outras partes do mundo, é mais um motivo para varrermos o “lixo” que tomou conta de Portugal. Não podemos coabitar com crápulas que nos querem fazer regressar à Idade média, depois de nos extorquirem o último cêntimo.

Post scriptum
Cada vez mais pobretanas
Com ricaços à mistura
Enfrentemos os sacanas
Antes que chegue a ditadura.

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