Os muito praticados “métodos” de permissividade total perante o comportamento espontâneo das crianças, que hoje proliferam no seio de muitas famílias e que a escola vai sendo obrigada a adoptar para não haver processos disciplinares instaurados pelos papás aos professores, têm que ser postos em causa. A espiral de violência das crianças e dos adolescentes está a disparar para níveis indesejáveis que comprometem a sociedade democrática, pacífica e solidária do futuro, que temos o dever de ajudar a construir.
A ideia partilhada por muitos pais de que contrariar a criança e o jovem pode provocar danos nefastos irreparáveis na sua personalidade, impingida por alguns “pedagogos da treta” que só escrevem e não experimentam, está a conduzir-nos para labirinto que termina num beco sem saída!
Depois da “descoberta” de que todos os comportamentos indesejáveis e incorrectos das crianças têm por base uma qualquer disfunção ou doença e se considera qualquer castigo ou reprimenda como um “acto condenável” deixou de haver possibilidade para a imposição de normas na escola e para a obrigatoriedade do seu cumprimento.
Os professores passaram a ser uma espécie de bobos da corte perante a rebeldia e a falta de educação de muitos alunos que a frequentam. A juntar aos motivos anteriormente referidos há que acrescentar o facto de muitas famílias terem deixado pura e simplesmente de “investir” na educação dos filhos…
No que ao Estado diz respeito, os ministros da educação das últimas décadas passaram o tempo a copiar experiências de outros países (muitas vezes já em desuso) que o governo seguinte sempre “meteu no saco”, sem fazer uma avaliação minimamente isenta e rigorosa. Os campeões do facilitismo, muito provavelmente inspirados no seu percurso académico, desvalorizaram completamente o papel dos professores. As duas últimas ministras com currículo de qualidade duvidosa (em minha opinião) em articulação com o Eng. Sócrates desferiram a machadada final nos docentes que serviram de bode expiatório da incompetência governativa que acabou por vitimar a esperança dos portugueses no futuro.
O resultado da desautorização dos professores está à vista! Num clima de impunidade quase total, as nossas crianças e jovens perderam as referências das margens onde devem fazer o seu percurso. O”rio”, desejavelmente largo, deixou de ter margens e inevitavelmente começaram as “inundações”, provocando o caos em que vivemos!
A palavra de ordem passou a ser apagar o passado, como se tudo dele fosse mau…
Não, não estou a defender o regresso ao passado da “menina de cinco olhos”, do medo aterrorizador, da discriminação, das injustiças… estou apenas a dizer que se pare para pensar e que se mantenha a Escola como local de aprendizagens, onde as normas definidas por quem de direito sejam respeitadas. Quem não cumprir com as suas obrigações deve ser chamado à atenção e castigado. Se isto for devidamente explicado e aplicado com isenção, parece-me que as crianças e os jovens não ficarão traumatizados!
Vai sendo altura de deixar de confundir liberdade com falta de educação e asneira com criatividade.
O pior que se pode fazer a uma criança é não a ajudar a distinguir aquilo que pode e não pode fazer!
Claro que de pouco valerá a escola educar no sentido do estudo (trabalho) diário e do cumprimento de princípios e normas e depois continuarmos a dispensar os criminosos da prática de um qualquer trabalho cívico que ajude a reparar os danos sociais que provocaram.
A educação pelo trabalho é desprezível? “Branquear” a preguiça e a falta de empenho das crianças e jovens contribui para a sua estabilidade emocional? O sacrifício é desprezível, em termos educativos? Desvalorizar os comportamentos anti-sociais das crianças e dos jovens contribui para a sua felicidade no presente e no futuro? Não ter medo de nada é um “atributo” de cidadania? É legítimo e socialmente correcto viver melhor na cadeia do que a trabalhar ou no desemprego?
Penso que é preciso rever as nossas “ferramentas educativas”, mas provavelmente estou errado, porque essa não é a opinião dos eruditos principescamente pagos para pensar nessas coisas… e quem sou eu para dar lições a esses iluminados? Ah, mas nomes feios… disso não se livram!
A ideia partilhada por muitos pais de que contrariar a criança e o jovem pode provocar danos nefastos irreparáveis na sua personalidade, impingida por alguns “pedagogos da treta” que só escrevem e não experimentam, está a conduzir-nos para labirinto que termina num beco sem saída!
Depois da “descoberta” de que todos os comportamentos indesejáveis e incorrectos das crianças têm por base uma qualquer disfunção ou doença e se considera qualquer castigo ou reprimenda como um “acto condenável” deixou de haver possibilidade para a imposição de normas na escola e para a obrigatoriedade do seu cumprimento.
Os professores passaram a ser uma espécie de bobos da corte perante a rebeldia e a falta de educação de muitos alunos que a frequentam. A juntar aos motivos anteriormente referidos há que acrescentar o facto de muitas famílias terem deixado pura e simplesmente de “investir” na educação dos filhos…
No que ao Estado diz respeito, os ministros da educação das últimas décadas passaram o tempo a copiar experiências de outros países (muitas vezes já em desuso) que o governo seguinte sempre “meteu no saco”, sem fazer uma avaliação minimamente isenta e rigorosa. Os campeões do facilitismo, muito provavelmente inspirados no seu percurso académico, desvalorizaram completamente o papel dos professores. As duas últimas ministras com currículo de qualidade duvidosa (em minha opinião) em articulação com o Eng. Sócrates desferiram a machadada final nos docentes que serviram de bode expiatório da incompetência governativa que acabou por vitimar a esperança dos portugueses no futuro.
O resultado da desautorização dos professores está à vista! Num clima de impunidade quase total, as nossas crianças e jovens perderam as referências das margens onde devem fazer o seu percurso. O”rio”, desejavelmente largo, deixou de ter margens e inevitavelmente começaram as “inundações”, provocando o caos em que vivemos!
A palavra de ordem passou a ser apagar o passado, como se tudo dele fosse mau…
Não, não estou a defender o regresso ao passado da “menina de cinco olhos”, do medo aterrorizador, da discriminação, das injustiças… estou apenas a dizer que se pare para pensar e que se mantenha a Escola como local de aprendizagens, onde as normas definidas por quem de direito sejam respeitadas. Quem não cumprir com as suas obrigações deve ser chamado à atenção e castigado. Se isto for devidamente explicado e aplicado com isenção, parece-me que as crianças e os jovens não ficarão traumatizados!
Vai sendo altura de deixar de confundir liberdade com falta de educação e asneira com criatividade.
O pior que se pode fazer a uma criança é não a ajudar a distinguir aquilo que pode e não pode fazer!
Claro que de pouco valerá a escola educar no sentido do estudo (trabalho) diário e do cumprimento de princípios e normas e depois continuarmos a dispensar os criminosos da prática de um qualquer trabalho cívico que ajude a reparar os danos sociais que provocaram.
A educação pelo trabalho é desprezível? “Branquear” a preguiça e a falta de empenho das crianças e jovens contribui para a sua estabilidade emocional? O sacrifício é desprezível, em termos educativos? Desvalorizar os comportamentos anti-sociais das crianças e dos jovens contribui para a sua felicidade no presente e no futuro? Não ter medo de nada é um “atributo” de cidadania? É legítimo e socialmente correcto viver melhor na cadeia do que a trabalhar ou no desemprego?
Penso que é preciso rever as nossas “ferramentas educativas”, mas provavelmente estou errado, porque essa não é a opinião dos eruditos principescamente pagos para pensar nessas coisas… e quem sou eu para dar lições a esses iluminados? Ah, mas nomes feios… disso não se livram!
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