Somos um dos países mais envelhecidos do mundo, mas continuamos a agir sem consciência dos problemas que isso acarreta. Os velhos cidadãos comuns não contam para o totobola e a sua solidão e o seu sofrimento passam despercebidos e são praticamente ignorados.
Os vários Poderes instituídos, geridos, em boa parte, por reformados de luxo, que já deviam estar a cuidar das suas vidinhas e não a (des)cuidar das nossas, parecem ignorar esta realidade, certamente considerando que somos um país envelhecido, não por termos falta de jovens, a quem matam a esperança, mas sim porque estamos a durar demais… Claro que os velhos nos dias de hoje vivem melhor do que viviam nos tempos bíblicos em que eram abandonados no monte, mas daí até podermos dizer que os nossos velhos são bem tratados vai uma grande diferença…
Nos últimos dias tivemos conhecimento de algumas mortes de pessoas idosas que viviam sozinhas, em situações que nos deviam encher de vergonha, particularmente às autoridades e às famílias… São casos arrepiantes de desleixo, a rondar o crime. O caso da senhora que esteve 9 anos morta dentro de casa (e que vai “ficar em águas de bacalhau”) é a vergonha, o ridículo, a infeliz anedota das autoridades deste nosso Portugal. É também um caso chocante de irresponsabilidade familiar, uma falha gravíssima ao seu dever de vigilância. Para mim um crime!
Independentemente da responsabilidade dos poderes instituídos e dos familiares (que não podemos deixar passar em branco) cada um de nós, quando vive só e sente que está a envelhecer, deve continuar a lutar pela vida contrariando a tendência de ficar cada vez menos comunicativo e fechar-se na sua carapaça… O Poder Local (fértil em Municípios e Juntas de Freguesia) assim como os Governos Civis (depósito de cartas de condução apreendidas e pouco mais) têm mais que obrigação de ter uma base de dados das pessoas (pelo menos das mais idosas) que vivem sós e estar atento ao que se passa com elas.
Morrer esquecido talvez seja a pior coisa deste mundo, porque significa que terminámos sozinhos o nosso percurso, isolados, em completa solidão.
Renovar o conceito de família, sem partir do pressuposto de que ela é uma instituição caduca, é necessário e urgente
Retirar os velhos das suas casas separando-os das suas raízes familiares é algo que só devia acontecer em casos extremos, mas infelizmente está a transformar-se numa prática corriqueira. É por isso que me apetece gritar quando me dizem que os lares residenciais são um negócio em expansão…
Se a actual mentalidade relativamente aos velhos continuar no mesmo rumo, daqui por uns anos, um velho é algo semelhante a pouco mais que coisa nenhuma e morrer esquecido é algo parecido!
Neste “país de tarot” a abarrotar de ilusionistas, médiuns, bruxos, larápios, judas, alquimistas, doutores, mágicos, figurões e fariseus… o que podes fazer, meu Deus?
Os vários Poderes instituídos, geridos, em boa parte, por reformados de luxo, que já deviam estar a cuidar das suas vidinhas e não a (des)cuidar das nossas, parecem ignorar esta realidade, certamente considerando que somos um país envelhecido, não por termos falta de jovens, a quem matam a esperança, mas sim porque estamos a durar demais… Claro que os velhos nos dias de hoje vivem melhor do que viviam nos tempos bíblicos em que eram abandonados no monte, mas daí até podermos dizer que os nossos velhos são bem tratados vai uma grande diferença…
Nos últimos dias tivemos conhecimento de algumas mortes de pessoas idosas que viviam sozinhas, em situações que nos deviam encher de vergonha, particularmente às autoridades e às famílias… São casos arrepiantes de desleixo, a rondar o crime. O caso da senhora que esteve 9 anos morta dentro de casa (e que vai “ficar em águas de bacalhau”) é a vergonha, o ridículo, a infeliz anedota das autoridades deste nosso Portugal. É também um caso chocante de irresponsabilidade familiar, uma falha gravíssima ao seu dever de vigilância. Para mim um crime!
Independentemente da responsabilidade dos poderes instituídos e dos familiares (que não podemos deixar passar em branco) cada um de nós, quando vive só e sente que está a envelhecer, deve continuar a lutar pela vida contrariando a tendência de ficar cada vez menos comunicativo e fechar-se na sua carapaça… O Poder Local (fértil em Municípios e Juntas de Freguesia) assim como os Governos Civis (depósito de cartas de condução apreendidas e pouco mais) têm mais que obrigação de ter uma base de dados das pessoas (pelo menos das mais idosas) que vivem sós e estar atento ao que se passa com elas.
Morrer esquecido talvez seja a pior coisa deste mundo, porque significa que terminámos sozinhos o nosso percurso, isolados, em completa solidão.
Renovar o conceito de família, sem partir do pressuposto de que ela é uma instituição caduca, é necessário e urgente
Retirar os velhos das suas casas separando-os das suas raízes familiares é algo que só devia acontecer em casos extremos, mas infelizmente está a transformar-se numa prática corriqueira. É por isso que me apetece gritar quando me dizem que os lares residenciais são um negócio em expansão…
Se a actual mentalidade relativamente aos velhos continuar no mesmo rumo, daqui por uns anos, um velho é algo semelhante a pouco mais que coisa nenhuma e morrer esquecido é algo parecido!
Neste “país de tarot” a abarrotar de ilusionistas, médiuns, bruxos, larápios, judas, alquimistas, doutores, mágicos, figurões e fariseus… o que podes fazer, meu Deus?
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