Agora que vamos ter que voltar a cair no mundo real, recebendo (aqueles que recebem) metade do dinheirinho que tivemos neste mês de euforia consumista, que nos fez sentir reizinhos (cada um à sua maneira e dimensão) vão voltar, provavelmente com mais força, as dores de cabeça, a ansiedade, o desânimo, as irritações, as idas ao médico…
Dezembro é um mês de magia em que muitas dificuldades ficam adiadas, mas o problema é que não ficam resolvidas. Mesmo em tempo de crise, como a que vivemos, acho que ninguém consegue fazer um pequeno pé-de-meia com o 13º mês. Os apelos ao consumismo são tantos e a engrenagem está tão bem montada que raros são aqueles que terminam o mês numa situação financeira melhor do que o iniciaram.
Quando faço as contas ao dinheiro que “estraguei” pelo Natal em “comprinhas de m….” fico a magicar como devem sentir-se aquelas pessoas que não têm dinheiro para comprar nada para oferecer, tal a necessidade que sinto de oferecer prendas pelo Natal, fruto de uma”tradição” que sempre cumpri. O resultado disto tudo é ficar com a casa cheia de coisas que não me são minimamente úteis ou necessárias, acontecendo, certamente, o mesmo com as pessoas a quem dou presentes.
Desregulámos o mundo com as nossas vaidades, o nosso individualismo, o nosso egoísmo e a ambição desmedida de uns quantos. Penso que está na altura de os Portugueses que ainda vivem sem grandes dificuldades, mas que não vivem na abundância, começarem a gastar dinheiro naquilo que é estritamente necessário e meterem o que sobra debaixo do colchão, como faziam os nossos pais e avós. Comer e vestir não está muito caro; (para quem dispensa marcas e gosta de comer em casa) o preço dos transportes (públicos) ainda se aguenta; passear pelas ruas, ler, escrever, visitar e conversar com os amigos é de graça; um pequeno auxílio aos mais necessitados faz-nos bem ao ego…
Os vendedores de ilusões que se danem e vão pregar para outra freguesia. Que vendam ilusões a eles próprios! Pode ser que, assim, daqui a algum tempo, a alta finança especuladora “descubra” que quem trabalha ou já trabalhou precisa de algum dinheiro, mais que não seja, para lhes alimentar o vício explorador. Salvaguarde-se que não tenho nada contra quem é rico, mas tenho tudo contra os corruptos e especuladores a quem desejo permanentes dores de barriga.
Vivo “revoltado” e triste com o que se passa em Portugal com os nossos políticos de meia tigela, autênticas mediocridades, especialistas em pilhar o nosso bolso de contribuintes, mas também vivo feliz por não partilhar das suas ideias.
Que Deus nos dê muita saúde até ao próximo Natal, porque se tivermos que a comprar, estamos mal!
Vem aí Novo Ano. Muitos de nós, infelizmente, temos que aprender a viver pobres e felizes, como o fazem muitos daqueles que nunca conheceram outra condição.
Há que ter esperança! Esta “nata política” não é eterna! E muitos especuladores hão-de morrer a comer dinheiro (se tiverem quem lho chegue à boca)!
Dezembro é um mês de magia em que muitas dificuldades ficam adiadas, mas o problema é que não ficam resolvidas. Mesmo em tempo de crise, como a que vivemos, acho que ninguém consegue fazer um pequeno pé-de-meia com o 13º mês. Os apelos ao consumismo são tantos e a engrenagem está tão bem montada que raros são aqueles que terminam o mês numa situação financeira melhor do que o iniciaram.
Quando faço as contas ao dinheiro que “estraguei” pelo Natal em “comprinhas de m….” fico a magicar como devem sentir-se aquelas pessoas que não têm dinheiro para comprar nada para oferecer, tal a necessidade que sinto de oferecer prendas pelo Natal, fruto de uma”tradição” que sempre cumpri. O resultado disto tudo é ficar com a casa cheia de coisas que não me são minimamente úteis ou necessárias, acontecendo, certamente, o mesmo com as pessoas a quem dou presentes.
Desregulámos o mundo com as nossas vaidades, o nosso individualismo, o nosso egoísmo e a ambição desmedida de uns quantos. Penso que está na altura de os Portugueses que ainda vivem sem grandes dificuldades, mas que não vivem na abundância, começarem a gastar dinheiro naquilo que é estritamente necessário e meterem o que sobra debaixo do colchão, como faziam os nossos pais e avós. Comer e vestir não está muito caro; (para quem dispensa marcas e gosta de comer em casa) o preço dos transportes (públicos) ainda se aguenta; passear pelas ruas, ler, escrever, visitar e conversar com os amigos é de graça; um pequeno auxílio aos mais necessitados faz-nos bem ao ego…
Os vendedores de ilusões que se danem e vão pregar para outra freguesia. Que vendam ilusões a eles próprios! Pode ser que, assim, daqui a algum tempo, a alta finança especuladora “descubra” que quem trabalha ou já trabalhou precisa de algum dinheiro, mais que não seja, para lhes alimentar o vício explorador. Salvaguarde-se que não tenho nada contra quem é rico, mas tenho tudo contra os corruptos e especuladores a quem desejo permanentes dores de barriga.
Vivo “revoltado” e triste com o que se passa em Portugal com os nossos políticos de meia tigela, autênticas mediocridades, especialistas em pilhar o nosso bolso de contribuintes, mas também vivo feliz por não partilhar das suas ideias.
Que Deus nos dê muita saúde até ao próximo Natal, porque se tivermos que a comprar, estamos mal!
Vem aí Novo Ano. Muitos de nós, infelizmente, temos que aprender a viver pobres e felizes, como o fazem muitos daqueles que nunca conheceram outra condição.
Há que ter esperança! Esta “nata política” não é eterna! E muitos especuladores hão-de morrer a comer dinheiro (se tiverem quem lho chegue à boca)!