domingo, 15 de agosto de 2010

Quem (nos, se, não, des) governa?

Se não fossem os males que sobre o País recairiam, pagava para ver Pedro Passos Coelho Primeiro Ministro. Penso que seria uma boa maneira de o manter calado para o resto da vida, após a sua demissão.
Com o PS ou com o PSD no governo, Portugal não poderá ficar muito pior do que está actualmente. Não vai ser fácil fazer apertar mais o cinto ao cidadão comum enquanto alguns, de tão barrigudos, já só usam suspensórios, porque tem que usar as calças abaixo da gigantesca barriga.

A credibilidade dos Órgãos de Soberania já está pelas avenidas da amargura, os Partidos Políticos já estão esvaziados de Princípios e de Ideologia, o comum dos Cidadãos já está a alhear-se cada vez mais da vida do País, farto de incompetências, compadrios, favoritismos e injustiças, a pobreza (também de espírito) já há muito alastra…
Ainda há pior que isto? (só mesmo a ditadura, mas a Democracia não me parece estar em perigo eminente).

Tenho falado com várias pessoas que, até, admitem que o PSD vai tornar as suas vidas ainda piores, mas que toleram melhor as “fintas” do adversário do que as “rasteiras” dos companheiros…

O actual PS (não tenho dúvidas) não corresponde às expectativas de muitos dos seus militantes, e muito menos às dos seus votantes. Bem pode o Governo justificar-se, mas a verdade é que a situação actual é fundamentalmente obra sua, embora misturada com a crise internacional, a quem não podem ser atribuídas todas as culpas, sob pena de se cair no ridículo, como já aconteceu…

O actual PSD não tem condições para governar, porque lhe falta competência e conhecimento (a avaliar pelas palavras de Pedro Passos Coelho, que começa a ficar perdido no meio do labirinto de interesses do PSD, sem tempo para estudar os “dossiers”).

Se o PS não mudar de agulha, o PSD até pode ganhar as próximas eleições, mas com algumas medidas de “higiene elementar” o PS manterá, folgadamente, o PSD na fila de espera a roer as unhas, porque as pessoas sabem que estamos em tempo de “vacas magras” e ainda não se esqueceram dos governos de direita.
Com actos cirúrgicos leves e bons exemplos, com determinação e sem ceder a chantagens, com clareza e seriedade, o PS pode recuperar o espaço político perdido com alguns actos irreflectidos, ocorridos principalmente na legislatura anterior.
José Sócrates, o Primeiro-Ministro, de longe mais atacado, alguma vez em Portugal, tem conseguido resistir (com alguns custos sociais e outros). Já demonstrou que sabe lutar contra ventos e marés. Assim saiba aprender a reconhecer os seus erros e tenha engenho arte para descartar alguns “estrategas” teoricamente válidos, mas verdadeiras nulidades práticas.

Há muito que o Povo deixou de ser contra os ricos, mas, evidentemente, precisa e exige bem-estar e qualidade de vida.
Quem achar que isso não é possível deve retirar-se da política!

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