QUANDO DECIDIMOS MUDAR
Por Celso Neto
Pintei os meus sonhos mais bonitos
Com cores vivas de esperança
Baixei o tom dos meus gritos
Aveludei os passos da minha “dança” …
Convidei a paz para me visitar
Saboreei a vontade de um novo começar
Deixei-me cegar pelo brilho das estrelas
E agora, cada vez me dá mais prazer vê-las…
Ponderei os contras e os de prós de uma vida nova
Mesmo com os pés já voltados para a cova…
Desafiei a imensidão do infinito
Com palavras obscenas que não repito…
Perfumei-me com jasmim dos poetas
Insultei os adivinhos e os profetas
E os que nos amedrontam com Deus e o diabo
E não nos deixam sentir felizes, porque é pecado!
Rejeitei os que dizem que o nosso destino é sofrer
Para alcançar a Glória na hora de morrer…
Recusei aderir aos libertinos
Condenei corruptos, ladrões e assassinos
Quando voltei com o pincel à minha tela
Pintei tudo com água e fui-me a ela…
e rasguei-a!
Porque já não era “aquela” a minha ideia!
Vieram-me à mente os imemoriais Arquitetos
E decidi “repintar” apenas os afetos …
Numa “tela” sem princípio nem fim
Descobri “a insignificância de mim!”
Transformei o Universo e a nossa Natureza
No expoente máximo da Beleza
E o Caos na sua Ordem perfeita
Numa verdade insuspeita!
A quem se considera “importante”
Digo que não passa de um ignorante!
Porque o Universo segue a sua cadência
Independentemente da nossa existência
A Terra é um pontinho e nós “um nada”
À espera da morte certa e anunciada…
Peço que os donos da miséria e da guerra
Sejam banidos da face da Terra!
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