AMARELO maio
Por Celso Neto
Vem aí o maio das giestas em flor
E a Vida não está fácil, não senhor!
Para quem vive de ordenados de miséria
A “coisa” está a ficar perigosamente séria!
Para os que estão ou vão ficar no desemprego
A vida pode transformar-se num degredo!
Felizmente, não é essa a minha situação
Mas a pobreza faz-me doer o coração…
Somos um país de distribuição de subsídios
Espero que não se transforme num país de suicídios!
Somos os reis das assimetrias regionais
Muitos não têm nada, alguns (poucos) têm demais!
A classe média baixa está a ficar sem cheta
Graças aos nossos políticos, vendilhões da treta!
Os políticos continuam de cabeça enfiada na areia
Só pensam em Lisboa e em barriga cheia!
Interior com aldeias e vilas desertificadas
Cidades “entupidas”, poluídas e superlotadas
Os campos estão desertos e existem só para arder
Para os “bolsos” de uns quantos(muitos) abastecer!
É mais um 1º de maio com flores de tojo
De mentiras e promessas que já metem nojo…
Os sindicatos são armas políticas de arremesso
Que escondem a face e mostram o avesso…
Muitos políticos são uns intrujões trauliteiros
Que vendiam o pai por trinta dinheiros
Na defesa dos seus próprios interesses e bem-estar
Esquecem os deveres de quem está a governar
A Assembleia tem vindo a ser um ninho de lacraus
Os Governos albergam incompetentes, muito maus…
A justiça é o que bem sabemos
A Presidência é um barco sem remos…
A direita fascista e a esquerda caviar
Só querem impedir qualquer governo de governar
O povo macambúzio não gosta de ir votar
Somos um país (quase) impossível de governar
O mais completo pobretana
Perante um ainda mais pobre, torna-se um sacana!
Com gente desta e a pensar assim
A pobreza não irá ter fim!
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