… com AMOR!
Por Celso Neto
Aqui sorrio, ali choro
Escondido na Utopia onde moro…
Vou visitar a Felicidade e volto já
(Possivelmente ela nem lá está…)
Há dias a Esperança veio abraçar-me
Vinha tão bela, cheia de charme!
Perguntei-lhe pela Verdade
Informou-me que tinha morrido de tenra idade…
Falámos de Ciência, de Arte, de Política e de Sabedoria
E também de Igualdade, Justiça, Liberdade e Democracia
Nisto, chegou o Amor que é um grande amigo meu
E levou-me a passear pra lá do céu
Não sei se fomos ao purgatório ou ao inferno
Ele disse-me que era o oriente eterno…
Olhei para ele com ar espantado
Ele disse: - Vamos embora, estou cansado!
(Cansado da guerra e da violência,
mas não posso perder a paciência!)
Pegou-me na mão, levou-me dali
À procura da Paz que eu nunca vi…
(E nunca verei, de certeza absoluta
Maldade humana… filha da puta!)
Perguntei-lhe pela solidariedade fraterna
Acordei! ... numa caverna!
Sem Amor os seres humanos tornam-se irracionais
Pensam em si próprios, no dinheiro e pouco mais!
Os nossos interesses em primeiro lugar
O resto que resolva quem cá ficar…
Mantemos a fome como corolário
Quem não pensa como nós é adversário!
De adversário a inimigo é um “instante”
Quem caiu em desgraça… que se levante!
Em vez de bom senso promovemos o ódio
Numa disputa sangrenta pelo 1º lugar no pódio!
Pessoas de qualquer condição
Não toleram que lhe digam “não!”
Quando um pobre tenta enganar um desgraçado
O êxito do “colarinho branco” está explicado!
A ambição desmedida do excesso
É tolerada e considerada um sucesso
Nos caminhos do progresso!
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