Final de mais um dia
A noite está sossegada e fria
Vagueio pela cidade
Sinto-a sem alma, sem pulsar...
Abandonada, sem sorrisos
Parada no tempo, sem Esperança
Desprovida de afetos
Alheia às pessoas
Que teimam em permanecer...
Sinto a dor da saudade
A vontade de amar
O pânico dos indecisos
O sonho da bonança
A raiva dos homens retos
A lembrança das coisas boas
O enorme desejo de viver
Dou comigo a pensar em Paz
Nos horrores da guerra
Nos avanços da Ciência
Estremeço, olho para trás
Não é esta a minha Terra...
É preciso um Pacto contra a violência!
Em todas as suas matizes
Desde os sem-abrigo aos doutos juízes
Sinto vontade de chorar
Com o que acontece no meu País
Onde a austeridade para os fracos
Pegou de raiz!
E teima em ficar
Pela mão de governantes insensatos
Que têm como grande objetivo
Que o Povo se mantenha oprimido
Bem longe da Cultura e das decisões
Para disfarçar a “ditadura dos cifrões”!
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