A vós, meus patifes

Fieis lacaios
Do deus dinheiro
Por que raios
Não ides pró estrangeiro?
Cambada de agiotas!
Cretinos, reles, safados…

Por que nos pifais as notas
E nos deixais depenados?

Rasgai o vosso projeto, já esgotado
Convosco não vamos a nenhum lado!
As vossas previsões estão sempre erradas
E só servem de motivo para sonoras gargalhadas
Dos especuladores a quem servis
Manada de imbecis!

Estamos fartos de vos ouvir
A ameaçar-nos com o que há de vir…
Precisamos de quem nos dê esperança
E saiba equilibrar os pratos da balança

Parem de jogar ao rapa
Só austeridade: mata!

Ai como eu gostava de vos ver partir
Com a certeza de não voltarem a vir
As vossas teorias ruinosas
Que alimentam vossas bocas gulosas
Estão a levar-nos pró abismo
Enquanto sorris com cinismo
De quem trabalha
Para ganhar uma migalha!

Ide, ide para sempre
Quase já não há ninguém que aguente!
O povo vive à míngua
Já não fala a vossa língua!
Parem com os vossos horrores
Seus analfabetos doutores!

Post Scriptum
Não haverá quem nos valha
E nos livre desta insensível canalha?

Versos à toa

Quem te mandou querer ser livre

Ter asas e voar

Sonhar com um futuro melhor

Viver feliz, querer trabalhar

Ter esperança e paz ao teu redor?

Não sabias que há Gaspares por todos os cantos

A extorquir os mais fracos, mas com ar de santos…

Esqueceste que ter Habitação, Saúde e Educação

Não é para qualquer vilão?

Não te chega o Pão?

Devias a Deus estar agradecido

Por teres nascido

E ainda não teres morrido!

Não sabes que a Segurança Social

Está a arruinar Portugal?

Não são os políticos nem os especuladores

Com os seus roubos e negociatas

Que provocam estes horrores

E te põem de gatas!

São os malvados dos trabalhadores

Que agora, até, querem ser doutores!

Porque deixaste de pensar nos teus antepassados

Que eram analfabetos e viviam felizes com dois cruzados?

Esqueceste que o mundo é dos ricos

E que para ti estão reservados apenas uns troquitos?

Quem te disse que és gente

Que pensa, sofre e sente?

Aprende a viver de mão estendida

Adere a essa forma de “não vida”

Ajuda a manter de pé o Banco Alimentar

E as Instituições de caridade

Não melindres quem gosta de dar…

Agradece a quem te tira tudo pra te dar metade!

Lembra-te que o Céu é dos humildes e dos ignorantes

Como diz o prior na Santa Missa

E mesmo sabendo que isso era dantes

Nunca digas porra, diz apenas chiça!

Respeita a vontade de Gaspassos

Fica quedo, surdo, mudo e de olhos baços!

Poupa muito, poupa sempre meu amigo

Portugal precisa é de poupança

Não coloques os especuladores em perigo

Não pares de lhes encher a pança

Se saíres do estado de coma profundo

Não queiras ser o salvador do mundo

Mas pensa no teu contributo

Para não morrermos de escorbuto!

Imagens… e depois?

Os desordeiros que no passado dia 14 transformaram um dia de Greve Geral num “assunto secundário” devem ser severamente castigados. Penso que é isso que defende a esmagadora maioria dos Portugueses, embora haja muita e boa gente a quem o desespero de uma vida sem saída, pode levar a cometer atos reprováveis, mas que não passam certamente por incendiar, destruir e apedrejar.

O Governo e a sua “máquina informativa” conseguiram, apesar da grande adesão à greve, reduzir os efeitos da sua política desastrosa (o défice não para de aumentar e as previsões de Gaspar são já best seller da risota mundial) a umas dezenas de extremistas que vieram para a rua atirar pedras à polícia.

Apesar de prontamente o ministro da administração interna vir separar os acontecimentos, ele e os seus conselheiros sabem perfeitamente que o Povo ordeiro (também macambúzio e triste) não tolera comportamentos de violência fortuita e a partir do momento em que assistiu àquele espetáculo televisivo em direto, a greve geral varreu-se da sua mente…

Sábios na arte da demagogia, conseguiram a proeza de a esmagadora maioria dos portugueses não fazer, hoje, a mínima ideia da percentagem de adesão…

Para isso muito contribuiu certamente o Mister das equivalências Relvas. Pode não ser licenciado, mas a baralhar é mestre e em artes ocultas é doutor!

Ainda agora dá mostras da sua arte quando, mais uma vez, vai passar entre as gotas de chuva num assunto muito mal explicado que levou à demissão da direção de informação da RTP. Em simbiose perfeita, PSP, MAI e RTP omitem a natureza das imagens que foram vistas pela polícia (uma vez que não já não se pode negar este facto). E, dada a necessidade de todas as entidades terem “o dever de colaborar, nos termos da lei, com as autoridades de investigação criminal, tendo em vista a descoberta da verdade” preenche-se a “lacuna legislativa” que tal impede, passando a vigorar que “para efeitos de investigação criminal, visionar e ter acesso a imagens de televisão não editadas ou não transmitidas publicamente de acontecimentos com relevância de índole criminal”.

Simplicíssimo, como se vê!

E depois?

Depois, depois, depois…. Depois é tarde demais!

Post Sriptum

Não ficarei muito surpreendido se um dia destes Macedo ou Relvas, com a “lata” que os carateriza, convocarem uma conferência de imprensa para, em nome da verdade e da transparência que caracteriza este governo desde a primeira hora, informarem o Povo Português que a polícia esteve na RTP a ver as imagens do dia 14, porque na Esquadra não podiam ser vistas com nitidez, uma vez que os televisores (devido à austeridade, da culpa do PS) ainda são a preto e branco!

Se foram as imagens editadas e transmitidas ou outras… isso não interessa! Os Ministros e a Polícia estão acima dos Tribunais! O Governo faz o que quer, mesmo que seja inconstitucional!

Que rico Estado de Direito!

Dos profissionais da desordem aos lacaios de Merkel

O dia 14 de Novembro foi de greve geral. Convém não esquecer este ”pormenor”, tentando fazer da desordem junto à Assembleia o “acontecimento do dia”!

O dia 14 ficará na história como dia de greve geral em vários países europeus e nunca como dia de desordem, até porque o lamentável incidente nada teve a ver com a manifestação cívica associada à greve geral.

Em Democracia temos que condenar veementemente quaisquer desacatos que envolvam violência, seja em dia de greve geral ou em qualquer outro e em qualquer circunstância. A desordem põe em causa as justas reivindicações do povo que está a ser espoliado dos direitos e regalias que foi conquistando ao longo de séculos. A violência, em Democracia, apenas serve para ameaçar a liberdade e “legitimar” perdas de direitos fundamentais como sejam o direito de nos reunirmos e protestarmos contra aquilo que consideramos estar mal. (Evidentemente que em ditadura as coisas são diferentes e numa situação dessas justifica-se qualquer meio para a derrubar, menos matar pessoas indefesas).

Considero a luta cívica contra o atual desgoverno um desígnio nacional, mas até pode acontecer que a maioria dos Portugueses, no final do mandato, decida renovar a dose… Espero que não tenha memória curta, mas em caso de amnésia, em circunstância alguma abraçarei a destruição e a violência para combater um governo eleito. Respeitarei sempre a legitimidade dos vencedores de eleições livres.

Tenho muita esperança que nos vamos ver livres destas “bactérias”, porque os pobres e os quase pobres de Portugal, de todos os partidos, que são a maioria dos portugueses, vítimas de falsas promessas, que estão a ser obrigados a pagar com língua de palmo as mordomias da classe dirigente, dos especuladores, dos ladrões do BPN e de outros que tais, que por aí circulam em completa imunidade, não permitirão certamente serem governados por vampiros! Estou em crer que prenderam a lição e não vão permitir que a direita nos governe nos tempos mais próximos!

Post Scriptum

Seria sensato que os lacaios de Merkel meditassem um pouco no que aconteceu no dia de greve geral e não se ficassem por análises superficiais. Continuar a insistir na receita de Merkel e vergar-se a seus pés é escancarar as portas à violência. Só é cego quem não quer ver!

Aos falsos profetas que nos desgovernam (e graças à sua vergonhosa ação) juntam-se outros que querem fazer-nos crer que é com destruição e violência que se aperfeiçoa a Democracia.

Temos que rejeitar ambas as espécies! Urge “semear” dignidade e paz e exigir exemplo do sopé ao cume!

Se, como tem acontecido até aqui, as medidas de Vítor Gaspar e de Passos Coelho continuarem a afundar-nos, considero um imperativo o seu julgamento em Tribunal competente, por descarada mentira, grosseira incompetência, miopia política e servilismo perante os especuladores! (além de outros motivos)

PORTUGAL, PORTUGAL,PORTUGAL…

Portugal tem tudo o que qualquer mortal precisa para gastar dinheiro:

- Modernas autoestradas, imensos stands, muitas imobiliárias, “verdadeiros artistas”, paisagens de sonho, hotéis de luxo, belas praias, casinos, confortáveis salas e recintos de espetáculos, restaurantes de qualidade, tecnologias avançadíssimas, monumentos belíssimos, superfície comerciais das mais gigantescas da Europa, riquíssima gastronomia, conceituadas escolas e universidades, hospitais topo de gama, tribunais competentíssimos … etc., etc., etc… A ÚNICA COISA QUE NOS FALTA É DINHEIRO, APESAR DE PAGARMOS JUROS À AGIOTA!

Alguém me consegue explicar o que andaram a fazer estes FDP nos últimos 35 anos? (Salazar eu sei que foi uma refinadíssima m…) Estou a tentar organizar uma quermesse com as figuras mais sonantes da nossa praça política. Alguém me compra uma “rifa” daquelas enroladinhas em papel de seda às cores? (Sai sempre um prémio.)

Isabel Jonet

São muito injustos os portugueses das redes sociais e tantos outros! A senhora nunca disse que os pobres têm que se habituar à pobreza! Ela só disse que "os portugueses vivem muito acima das possibilidades e que "vamos ter que empobrecer muito, vamos ter que reaprender a viver mais pobres". Por lapso não disse que aqueles que vivem na pobreza não precisam de empobrecer mais… Pudera!

Os mal-intencionados que, tal como eu, pensam que a senhora não tem perfil para presidir a Banco Alimentar Contra a Fome que se deixem de conversa fiada, porque quem tem razão é ela…Ela é que sabe e o Gaspassos é que manda….

Quando muito ela disse que os remediados têm que viver à sua imagem e semelhança, mais pobres do que nascemos, a reaproveitar a sopinha da véspera, a não ir a concertos e obviamente a outros eventos culturais, a andar a pé e a reutilizar a água de lavar a prótese dentária para lavar o rabinho e depois despejar na sanita!

Sinceramente não sei como alguém se atreve a pedir a sua demissão! Ela limita-se a ser uma pobre de espírito daquelas a quem Deus abençoa e de quem será o Reino dos Céus, à semelhança de tantos outros que, de papinho cheio, se disponibilizam para “ajudar” quem lançam na miséria!

Não sei onde foram descobrir este belo exemplar da hipocrisia para presidir ao Banco Alimentar que mede os donativos a peso… Sei que o kilograma não será a medida mais apropriada e que se ela continuar em funções a credibilidade da Instituição ficará muito abalada, com todos os prejuízos daí resultantes.

Sei ainda que senti nojo quando ouvi a sua entrevista e que ouvir o seu nome me provoca náuseas!

Vem aí a senhora Merckel

Estou cheio de curiosidade e desejo de ouvir o que nos vai dizer a chanceler alemã, quando no próximo dia 12 visitar Portugal. Muito provavelmente Gaspar e Passos já lhe fizeram chegar aos ouvidos que tudo gira sobre rodas e não ficarei nada admirado se o seu discurso ignorar completamente o flagelo em que vive a maioria dos Portugueses depois de, em má hora, terem escolhido Passos Coelho para primeiro-ministro.

Atarefada como anda com a sua reeleição, a Srª Merckel há de estar muito pouco preocupada com o que se passa com os Portugueses. O que ela quer é um Portugal “alinhado” com a sua cadeia de comando, que tem em Passos, Portas e Gaspar os “lacaios perfeitos”, dispostos a oferecer Portugal em sacrifício para proteger os “superiores interesses especulativos alemães”.

Espero que, de forma ordeira e cívica, saibamos mostrar à senhora chanceler o quanto estamos em desacordo com ela. Enquanto o governo não se atrever a dizer que as eleições vão ser congeladas, temos o direito e o dever de mostrar o nosso descontentamento, mas não temos o direito de ser desordeiros nem de recorrer à violência física e à ofensa verbal.

Temos que ser criativos para demonstrar à senhora que é persona non grata para nós, mas evitar qualquer ação que aos olhos do mundo comprometa a nossa imagem de tolerância e civismo. Apelo aos criativos portugueses que encontrem mensagens para lhe serem transmitidas através de cartazes ou outros meios, que mostrem o nosso descontentamento e provoquem sonoras gargalhadas!

Antes das próximas eleições, só o bom humor (que recomendo) e a violência (que rejeito e condeno) podem derrubar este Governo, antes de ele lançar um imposto sobre a morte, que é a única coisa com que os portugueses podem, agora, contar como certa!

Não chamem nomes feios a Merckel, Passos, Portas e Gaspar! Quando muito escrevam a vermelho numa cartolina reciclada: “Epistemológica e organicamente falando…vós sois o perfeito produto acabado! 

Post Scriptum

Quanto já ganhou e vai ganhar a Alemanha com a crise dos países do sul da Europa?

Quem é o campeão do incumprimento europeu?

AFINAL

Afinal as cadeiras a que o dotor Relvas teve equivalência existiam! Só que, como não havia alunos, estavam guardadas na arrecadação...