segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FFF

O Fado está triste! Só o Futebol resiste! Fátima lá está… à espera de quem lá vá!
Esta gigantesca crise que está a abalar o País e que não se sabe muito bem quando vai acabar, (muito pelo mau exemplo dos que nos governam) vai, muito provavelmente, fazer-nos voltar ao fado da desgraçadinha, cantado nas feiras e vendido em folhetos. As “cenas de faca e alguidar” já começam a ocorrer um pouco por todo o Portugal… algumas com finais trágicos!
A estúpida gente que nos governa está a levar-nos para o charco, mostrando-se completamente incapaz de mobilizar os portugueses.
São cada vez mais os que deixam de acreditar na política e nos políticos, com as graves consequências que daí podem advir.
Exemplos de radicalismo chegam um pouco de todo o mundo, ao qual temos escapado, para nosso bem comum.
Costuma dizer-se que casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, mas o problema é que diariamente sentimos que a casa tem pão, que vai alimentando as “escandaleiras” dos finórios, dos golpistas, dos…, dos…, dos…, dos coronéis e desses que bem sabeis!
Muito sinceramente temo pela nossa segurança e dói muito ver Cidadãos de Alma Grande serem sujeitos ao vexame de lhes quererem roubar o futuro.

Neste marasmo económico em que vivemos, salva-se o Futebol onde a mercadoria humana qualificada de alto nível enche os cofres dos principais clubes gerando a expectativa dos mais pequenos, a quem de vez em quando lá sai o totoloto, mas que, para seu mal e desespero, têm que viver sem euromilhões.
O Futebol está pujante! Emociona-nos, haja Deus! Tem matéria-prima que baste, compra e vende que se farta, contrariamente ao “resto”do país. Em termos de exportações (que parecem ser a única salvação para a nossa economia) a balança futebolística pende a nosso favor. A dívida (se existe) está controlada. Não consta que se tenha deixado de realizar qualquer transacção por falta de confiança dos mercados… Até pelos noticiários ficamos com a sensação que Portugal gira à volta do futebol, onde o “metal” rola a rodos!
Já ninguém se importa que o Benfica, o Porto ou o Sporting joguem com onze estrangeiros em campo, desde que ganhem… e muito poucos são os que se lembram dos tempos em que o Benfica (e não só) não admitia estrangeiros…
Talvez não fosse de todo descabido substituir esses senhores juízes, advogados e outros doutores da política por Mourinhos, Vilas e Paciências…

Fátima, a quem acabamos por recorrer nas horas de aflição, lá continua à nossa espera convidando-nos a olhar para o alto para pedirmos um milagre em que ainda acreditamos, mas cada vez menos convictamente. As peregrinações continuam, mas as esmolas, segundo o testemunho de alguns crentes que conheço, definham. Nada que se compare à crise profana, mas longe dos velhos tempos…

Deus há-de valer-nos, mas enquanto isso não acontece, está na hora de acrescentar F… aos FFF de antigamente!

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