Considero de extrema gravidade o mais recente “palpite” do Bastonário da Ordem dos Advogados relativo ao comportamento dos Portugueses no próximo acto eleitoral, dia 5 de Junho. Já por várias vezes me interroguei como é possível que um “cromo” destes seja eleito Bastonário e a única explicação que encontro deriva da análise que faço dos advogados que conheço, a muitos dos quais, nunca, em circunstância alguma, compraria uma bicicleta em 2ª mão. Não saberá este senhor que o voto é a essência da Democracia e que a “greve” que propõe é a negação da Democracia e o abrir do caminho para o regresso a um passado que não queremos mais? Nada sei (nem me interessa) do passado deste senhor, mas considero urgente que, mercê da importância do lugar que ocupa, o seu comportamento seja objecto de estudo, para tentar descobrir as razões que o levam a dizer disparates que, em minha opinião, já justificam uma entrada no Guiness. Muito sinceramente, acredito que não estará no pleno uso das suas capacidades intelectuais, e nesse caso o melhor será, talvez, considerá-lo inimputável, antes que o Povo comece a confundir um Bastonário com um qualquer arruaceiro da tasca do Zé da esquina! Marinho Pinto, queiramos ou não, ocupa um lugar, por eleição, de grande relevo e importância na Justiça Portuguesa. Acho que merecíamos uma “coisinha” melhor, mas não foi essa a opinião dos advogados… Mas, meus senhores: isso é um problema dos advogados. Elegeram-no, agora aturem-no! Nós, os comuns cidadãos, é que não somos obrigados a suportar as suas cretinices que, como é o caso desta, ferem os mais elementares princípios cívicos e representam atestados de menoridade e atentados à nossa dignidade. Não seria mais útil e adequado que Marinho Pinto se preocupasse, de forma serena e responsável, com os problemas da Justiça Portuguesa, com o papel que os advogados exercem e deviam exercer, com os “desvios deontológicos” de alguns, com a identificação e resolução dos entraves à Justiça…? São cada vez menos os que acreditam nas elites da nossa classe política, mas imaginar que uma não ida às urnas pode ser parte da solução do problema é confundir puro malte escocês com água de malvas, à semelhança dos partidos que confundem política com populismo! As opiniões proferidas por Marinho Pinto merecem-me, como disse no início, pouca credibilidade. A gravidade de algumas delas, no entanto, não se adequa ao silêncio de quem, por direito e dever, recai a obrigatoriedade de zelar pelo Estado de Direito. Depois da derrapagem, com saída do trilho, de Fernando Nobre, só nos faltava ter que aturar este caramelo a falar de greve, por um dia, à Democracia… Porca miséria!
domingo, 17 de abril de 2011
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