terça-feira, 12 de outubro de 2010

REPÚBlá blá blá…

Sinto-me enjoado quando ouço os mais altos servidores da Nação (e os menos altos, também) falar dos princípios e valores Republicanos que há cem anos animaram um conjunto de homens , fartos de aturar as peripécias de um sistema que, por estar tão apodrecido, se desmoronou com alguma facilidade. (O que eles sabem de história!… mas seria bem melhor que em vez de nos brindarem com lições da dita e apelos aquilo que não temos, nos concedessem a graça de deixar de mexer no nosso bolso, quase vazio.)
Tal como tem vindo a acontecer nas últimas décadas, a apatia de um povo à míngua, nessa altura, foi perpetuando um regime que sistematicamente o desrespeitava e ignorava as suas legítimas aspirações, fazendo dele um autêntico burro de carga, ao serviço dos seus caprichos. Passados que são 100 anos, a apatia do Povo, adormecido com a “árvore das patacas da Europa”, (plantada e arrancada várias vezes com subsídio), continua a ser uma triste realidade, permitindo que uma classe política oportunista e incompetente (e seus afilhados) viva à grande, gaste o que lhe apetece, esbanje o que lhe der na gana e o obrigue a pagar a factura do seu “repasto”.
Ao convite nacional de participar nas comemorações o povo respondeu com quase total ausência, na maior parte dos sítios em que as bandas tocaram o hino e os “fanfarrões” se preparavam para “botar” discurso demorado. Que bom seria para a nossa Democracia que esta ausência tivesse sido consciente, mas mesmo que não o tenha sido, se os nossos políticos quiserem parar um pouquinho para pensar, já podem extrair desta ausência algumas conclusões. No caso de a ausência significar apatia, a situação é grave e deve merecer especial atenção.
É minha convicção que os senhores políticos da posição e da oposição que são responsáveis pela situação actual do nosso País, através das suas “sábias”(in)decisões, vão deixar de ser impunes. Aqueles que teimarem em considerar-nos atrasados mentais, vão ser confundidos com canhões quando o Povo começar a cantar o Hino!
E se isso acontecer, o novo 25 de Abril que já ouvi muitos defender, não vai certamente ser meigo… Enquanto é tempo, sejam sérios, assumam as vossas (ir)responsabilidades e (in)competências, agindo em conformidade. Há muita terra para cavar e muita gente que vê para lá do dinheiro, único Deus que, à percentagem, adorais e servis fielmente!

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