Esta “farsa”orquestrada por Passos Coelho e pelo PSD com a hábil conivência do PS de José Sócrates (no seu próprio interesse, para “legitimar” o mexer no nosso bolso já depauperado, em defesa do “interesse nacional” de uns quantos privilegiados, deuses terrenos que, pelo facto de o serem, têm direito às nossas orações, aos nossos sacrifícios e aos prazeres do Olimpo) quase nos faz sentir culpados pela “desgraça” que se abateu sobre o País, levando-nos a acreditar que foram os baixos e médios salários e as reformas adquiridas no final do necessário tempo de serviço (nunca inferior a 36 anos e 55 anos de idade) que levaram à actual situação de estagnação do desenvolvimento e de crise financeira.
As peripécias da negociação do Orçamento fazem-me lembrar os meus tempos de criança em que o meu pai me encarregava de andar à frente das vacas (depois de se certificar que eram mansas) enquanto procedia à lavragem das terras que hoje, juntamente com todas as outras que lhes são confinantes, pertencentes a outros agricultores, se encontram incultas por não ser rentável a sua exploração, a partir do momento em que os nossos ministros da Agricultura decidiram que Portugal devia receber subsídios para não produzir e penalizar quem insistisse nas lides agrícolas, obrigando-o a viver na miséria.
Nesse tempo era comum lavrar os terrenos com charruas puxadas por uma junta de bois (não dos actuais, porque esses escrevem-se com Y) ou de vacas, normalmente de pelo amarelo (as amarelinhas, como o meu pai lhes chamava). Durante as lavragens, com alguma frequência uma das vacas, por cansaço, por teimosia, por fome ou por qualquer motivo que só ela sabia, atrasava-se um pouco e daí resultava que a charrua saísse do sítio certo…
Nessa altura o meu pai, com voz de comando de oficial que nunca foi, (porque serviu a Pátria como soldado) dizia “ó rego amarelinha!”e as vacas como que por magia retomavam a marcha certa (uma delas no rego). Se não obedecessem prontamente, picava ligeiramente no traseiro, com uma aguilhada que sempre empunhava, a vaca que queria ficar para trás e tudo se resolvia, durante um tempo, até que uma das vacas voltasse a desatinar…
Era assim que se conseguia uma boa lavragem… e, com mais ou menos picadelas no rabo, as vacas eram sempre premiadas com uma boa refeição de erva fresca.
As peripécias da negociação do Orçamento fazem-me lembrar os meus tempos de criança em que o meu pai me encarregava de andar à frente das vacas (depois de se certificar que eram mansas) enquanto procedia à lavragem das terras que hoje, juntamente com todas as outras que lhes são confinantes, pertencentes a outros agricultores, se encontram incultas por não ser rentável a sua exploração, a partir do momento em que os nossos ministros da Agricultura decidiram que Portugal devia receber subsídios para não produzir e penalizar quem insistisse nas lides agrícolas, obrigando-o a viver na miséria.
Nesse tempo era comum lavrar os terrenos com charruas puxadas por uma junta de bois (não dos actuais, porque esses escrevem-se com Y) ou de vacas, normalmente de pelo amarelo (as amarelinhas, como o meu pai lhes chamava). Durante as lavragens, com alguma frequência uma das vacas, por cansaço, por teimosia, por fome ou por qualquer motivo que só ela sabia, atrasava-se um pouco e daí resultava que a charrua saísse do sítio certo…
Nessa altura o meu pai, com voz de comando de oficial que nunca foi, (porque serviu a Pátria como soldado) dizia “ó rego amarelinha!”e as vacas como que por magia retomavam a marcha certa (uma delas no rego). Se não obedecessem prontamente, picava ligeiramente no traseiro, com uma aguilhada que sempre empunhava, a vaca que queria ficar para trás e tudo se resolvia, durante um tempo, até que uma das vacas voltasse a desatinar…
Era assim que se conseguia uma boa lavragem… e, com mais ou menos picadelas no rabo, as vacas eram sempre premiadas com uma boa refeição de erva fresca.
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