QUEREMOS…
Por Celso Neto
Os sonhos não podem ter limites
Mas não podem ser meros “palpites”
Tipo…eu sonho e tu pagas, estamos quites!
Numa luta incessante pelo que não temos
Nem sempre pensamos no que fazemos
E depois, às vezes, fingimos que não vemos…
Queremos ser donos do tempo
Descobrir os Segredos do Firmamento
Saber o que o átomo tem lá dentro…
Queremos derrubar as barreiras fronteiriças
E…contra as injustiças
Inventamos silogismos sem premissas…
Queremos virar o mundo do avesso
Ser o fim e o começo
Atingir o infinito ao primeiro arremesso…
Queremos ser donos da vida
Torná-la curta ou comprida
Ter as chaves da entrada e da saída…
Queremos estar onde não estamos
Ir onde não vamos
Acabar o que não começamos…
Queremos ser senhores do mundo
Mudar tudo num segundo
Ser o cimo e o fundo…
Queremos ter uma vida sem “mas” nem “todavias”
Ter dinheiro para gastar todos os dias
Viver apenas de alegrias…
Queremos ter saúde e vida prolongada
Mesmo sem para isso fazermos nada
Confiantes na medicina avançada…
Queremos tudo o que de bom não acontece
Como se houvesse
Espaço e tempo onde tal coubesse…
Queremos ser a luz e a penumbra
Ser o mágico que nos deslumbra
Ser o avião que não cai e o barco que não se afunda…
Queremos ser Todo e ser Parte
Incarnar a alma do “engenho e arte”
Não há coisa boa que nos farte…
Queremos riqueza para deitar fora
Às vezes ignoramos onde o bom senso mora
Não queremos amanhã… queremos agora!
Queremos ser manhã ao entardecer
Ser sensíveis, mas não sofrer
Amar sem padecer…
Queremos respirar o perfume das madrugadas
Acreditar em contos de fadas
E fugir quando as coisas ficam mal paradas…
Queremos sempre mais, ir mais além
Queremos o que ninguém tem
E esquecemo-nos, muitas vezes, de ser alguém…
Queremos ser o giz e a lousa
Ser o ponto em que a sorte pousa
Mas isso… é outra “cousa”!
Mesmo não sendo carta do meu baralho
Digo como o Jesus: - A sorte dá muito trabalho!
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