quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pulpo (manjares do Olimpo)

Arroz de Polvo malandrinho
Com acompanhamento musical de cavaquinho
O restaurante é fino, tipo gourmet
Onde se come e...o pagode não vê!
A ementa é requintada
Ninguém sai sem comer nada!
Há quem coma até mais não
Mas há quem tenha moderação!
O polvo é uma delícia
Tenrinho e apetitoso
De regalar o palato...
E os ases da “perícia”
Dizem: - Está delicioso
E tem cheirinho a pato!

É um manjar do Olimpo
Este arrozinho a correr
E quem quiser ser mais “limpo”
Tem duas vezes para nascer!

É uma “pouca-vergonha”
O que se passa em Portugal
A crise é medonha
Mas para “eles” nada está mal...
Dizem pra quem quer ouvir
Que a crise está de saída
E ameaçam com o que pode vir
Se os mandarmos à vida!
Pior que isto é impossível!
Já nada nos mete medo
Vão ter mesmo que “largar”
Precisa-se de gente credível
Para acabar com o degredo
Que teima em continuar...

É um manjar do Olimpo
Este arrozinho a correr
E quem quiser ser mais “limpo”
Tem duas vezes para nascer!
Estamos fartos de amanhã
Sem passado e sem presente
Já basta de nhã nhã nhã...
Temos que seguir em frente!
Está tudo feito em cavacos
Ao ritmo de santanetes
Quem é que é o mais velhaco
E mais hábil nos joguetes?
Está a chegar ao fim
O reino da mediocridade
E do criminoso encobrimento...
E não me digam a mim
Que não há cumplicidade...
Palavras, leva-as o vento!

É um manjar do Olimpo
Este arrozinho a correr
E quem quiser ser mais “limpo”
Tem duas vezes para nascer!


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