Já não há searas no meu País...
Agora são coutos de caça ao coelho e à perdiz
Que ali vivem para “cumprir” vaidades
Dos “parolos ricos” das vilas e cidades!
Quando olho o abandono dos campos e do mar...
Apetece-me chorar!
A floresta abandonada e ardida...
Portugueses sem alma e sem vida
A pedir esmola de mão estendida!
Tudo isto porque meia dúzia de ladrões
Só pensam em ganhar milhões...
No deserto dos eucaliptais
Vê-se que os “não humanos”
São cada vez mais!
Terrorismo não é só matar
É também desertificar!
Coitados dos cães e dos gatos
Obrigados a viver com estes mentecaptos!
Benditos sejam os jovens e as crianças
Que envolvemos nestas andanças...
Que Maomé me dê um castigo
Se não for verdade aquilo que eu digo!
Que Deus ou Alá me concedam o perdão
Ou me matem se não tenho razão!
Ai como eu gostava de um mundo novo
Em que quem mandasse fosse o Povo!
E como eu gostava de ver longe do meu País
Aqueles que escapam sempre por um triz!
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